PagSeguro vai à justiça contra comercial da Getnet

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PagSeguro vai à justiça contra comercial da Getnet

Filme da campanha do Grupo Santander, criado pela agência Suno, anuncia solução de portabilidade de maquininhas e expõe equipamento da concorrente pertencente ao Grupo UOL


12 de agosto de 2019 - 11h34

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo acatou petição do PagSeguro referente à mais nova campanha da Getnet. No início de agosto, a empresa do Grupo Santander lançou uma estratégia de comunicação, com a atriz Fernanda Torres, a fim de anunciar solução de portabilidade de maquininhas de cartão vinculadas à celulares. Criada pela agência Suno, a campanha defende a liberdade dos microempreendedores de escolherem a maquininha que melhor atende suas necessidades e, para isso, mostra equipamentos das companhias concorrentes — inclusive a da empresa de meios de pagamento do Grupo UOL.

Agora, após a decisão judicial, a Getnet lança uma nova versão do filme, em que um emoji cobre a maquininha da PagSeguro. De acordo com a queixa da empresa do UOL, “a par de questões regulatórias acerca da legalidade desta ‘solução de portabilidade’, que não constituem o objeto da presente demanda e serão tratadas oportunamente, fato é que o anúncio do Santander Getnet tem destinatário certo e representa uma clara agressão ao PagSeguro”.

A campanha da Getnet começa com a seguinte frase: “Muita gente esconde a verdade por interesse. Não é transparente. Se você comprou uma maquininha, deveria ser livre até para fazer dela outra maquininha e usar com quem te dá mais benefícios. Afinal, é sua”. Ao mesmo tempo em que esse trecho é dito, aparece a imagem de um homem segurando uma máquina que, segundo o documento judicial, faz clara referência à máquina do PagSeguro.

Além disso, a empresa do Grupo UOL constata que a Getnet não apresenta nenhum dado comparativo ou objetivo que possa justificar a campanha. De acordo com artigos do Código Brasileiro de Autorregulação Publicitárias, todo anúncio deve ser respeitoso e conformar-se às leis do País e aqueles com dados subjetivos, de fundo psicológico ou emocional, não constituem uma base válida de comparação perante o consumidor. “Ou seja, o PagSeguro reconhece que não há qualquer ilícito  na simples comparação de serviços e/ou produtos oferecidos por concorrentes através da publicidade, contudo, é totalmente inadmissível a veiculação nacional de campanha publicitária (e/ou a manutenção de tal transmissão) que ataque explicitamente a imagem de empresa concorrente, através de acusações mentirosas, como feito na publicidade em análise pelo Santander Getnet com o PagSeguro”, adiciona o documento judicial.

Veja a nova versão da campanha da Getnet:

*Crédito da foto no topo: divulgação

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