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Opinião

Popularidade não é igual à influência

As marcas precisam reconhecer que o marketing evoluiu da interrupção para conexões e relacionamentos reais, enquanto a publicidade evoluiu para uma forma de storytelling


12 de junho de 2018 - 18h37

Crédito: runeer/iStock

“Estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Táticas sem estratégia é o barulho antes da derrota” — Sun Tzu, estrategista militar chinês.

Acho que você vai concordar quando eu disser que popularidade não é igual à influência. Nós todos sabemos que as pessoas compram de pessoas em quem confiam. Quando se trata de marketing de influência, as marcas devem pensar além de assinar contratos de patrocínio com celebridades excessivamente pagas e procurar criar relacionamentos autênticos com as vozes que importam. Isso não quer dizer que, se uma das Kardashians se encaixa no seu orçamento, você não deve aproveitar o impacto que ela traz à sua marca. É claro que você deve considerá-la, mas somente se existir uma conexão genuína com sua marca ou produto.

As marcas precisam reconhecer que o marketing evoluiu da interrupção para conexões e relacionamentos reais, enquanto a publicidade evoluiu para uma forma de storytelling. Estamos em uma era onde conteúdo é rei — um filme publicitário pode ser o ponto de ignição para muitos momentos na jornada do consumidor. Não se trata apenas do grande anúncio ou de um grande momento da mídia — é sobre todos os momentos que conectam os consumidores a uma jornada pessoal com a marca. Os consumidores sabem quando sua mensagem não tem autenticidade. E eles não têm problema em expor as fraquezas da sua marca nas mídias sociais — criando um impacto negativo para ela.

Outra parte importante nesse contexto é que as pessoas estão cada vez mais mesquinhas com seu tempo — há sempre algo a fazer, sempre outra opção (ou dez) para escolher. Atualmente, o tempo é o bem ativo mais valioso no mundo dos negócios.

Então, como sua marca consegue se manter conectada e relevante perante seus consumidores? As marcas estão constantemente competindo por atenção, portanto, qualquer barreira entre seu consumidor e o acesso que desejam pode ser considerada um problema automático, fazendo com que eles se desconectem da sua mensagem e marca. O que os consumidores realmente querem é um acesso sem barreiras ao que precisam, quando precisam e, o mais importante, como precisam.

Integrar o marketing de influenciadores como um elemento central da sua campanha de marketing permite que a marca se torne uma voz confiável de conversa cotidiana com os consumidores. Tudo está se movendo rapidamente e há muito em jogo para depender de um único gênio criativo para sua marca. Devemos abraçar a criatividade com uma mentalidade de comunidade para criar suas histórias junto a seus consumidores.

Meu exemplo recente favorito de influencer marketing feito corretamente é a nova campanha do Lincoln Navigator com Serena Williams. Sim, Serena é uma grande celebridade, mas sua conexão com a mensagem é autêntica e vai muito além de um acordo básico de declaração de celebridades. A série de Serena com Lincoln foi baseada em mídia social e lançada no fim de fevereiro. A primeira parte parece uma entrevista sem roteiro, com Serena compartilhando a história de comprar seu primeiro Lincoln Navigator com 19 anos de idade. Ela compartilha muitas anedotas pessoais sobre o primeiro carro, incluindo que ela tinha playlists personalizadas apenas para o carro, e até o nomeou de Ginger. É pessoal, peculiar, relacionável e real. Essas são as coisas sobre as quais sua comunidade se importa, porque elas se importam com ela. Eles a tornam mais compreensível e permitem que o consumidor se conecte. É um ganha-ganha para Lincoln, Serena e o consumidor. Isso é marketing de influência executado de maneira correta!

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