Apple: a experiência da loja física
Jornada pelo interior do local vai da aquisição do produto, passa pela configuração personalizada, treinamento em workshops até aulas particulares
Jornada pelo interior do local vai da aquisição do produto, passa pela configuração personalizada, treinamento em workshops até aulas particulares
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16 de abril de 2015 - 1h20
“Mais do que uma loja, somos um ambiente de aprendizagem. Se para o varejo, em geral, a compra é momento que termina a relação com o cliente, para nós é apenas o começo. Queremos fazer da visita à loja uma jornada, que começa da aquisição e vai além. Queremos passar mais conhecimento para as pessoas, deixar um legado para um mundo melhor”, prega o diretor sênior de marketing da Apple para EUA e América Latina, Enrique Atienza. O discurso do executivo é afinado com a linguagem do fundador Steve Jobs, quase uma evangelização sobre o conceito do que é empreender uma venda na empresa.
É com esses princípios que Atienza, um ex-executivo da Levi´s nos EUA, na Apple desde 2013, comunicou formalmente a abertura da primeira loja Apple em São Paulo e a segunda no Brasil e também na América Latina. A primeira loja foi aberta no Rio de Janeiro. A loja fica no shopping Morumbi, zona sul da capital paulista, e abre oficialmente ao público neste sábado, 18, a partir das 10 horas. São 80 funcionários – alguns vindos da loja do Rio e outros admitidos em processos de seleção rigorosos para 169 pontos de conexão para interação com os clientes. Os pontos de conexão são das linhas de iPhones, iPads, Macs, Apple TV e uma série de acessórios exclusivos da marca. Os preços praticados na loja em São Paulo são os mesmos da Apple Store online, ou seja, um iPhone 6 custa a partir R$ 3.499 e pode ser parcelado em 12 ou 24 vezes; um Macbook começa na faixa de R$ 8.499, e também pode ser dividido em 12 ou 24 parcelas e assim por diante. Ou seja, os preços, com loja própria ou não, continuam quase proibitivos.
Os vendedores disputaram o emprego à tapa: foram 15 candidatos por vaga, diz Atienza. Entre os funcionários, existem fotógrafos, artistas e músicos. O treinamento desses funcionários incluiu viagens à sede da empresa em Cupertino, Califórnia e alguns também viajaram a Londres para entender como é vender um produto Apple. Segundo o diretor de marketing da Apple, pelas mais de 423 lojas em todo o mundo passam mais de 1 milhão de pessoas.
A loja do shopping Morumbi tem um padrão similar às lojas globais e está dividida em duas áreas principais: a parte da frente é voltada aos produtos à venda e a segunda parte compreende uma multiplicidade de serviços: a configuração personalizada do iPhone, iPad ou Macbook, gratuita; workshops, previamente agendados online, também gratuitos; atendimento One to One, para clientes que adquiram computadores da linha Mac, com aulas de 30 minutos e 60 minutos; e, finalmente, o Genius Bar, bancada que oferece assistência técnica para problemas de hardware. A jornada empreendida por um cliente na loja física da Apple abrange, segundo a definição de Atienza, todos esses passos. E continua, inclusive, com um programa para crianças, o Youth Programs, com workshops, visitas à loja e Apple Camp (disponível no ano que vem).
Na definição de Atienza, a experiência Apple abrange a compra de um produto da marca e se aprofunda com o pós-venda. Na loja, toda e qualquer dúvida, de software a hardware, será resolvida pelos 80 funcionários. E se estenderá à formação de futuros consumidores Apple com o acesso a crianças. É o princípio de Jobs que faz com que as lojas Apple sejam as mais rentáveis do mundo por metro quadrado.
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