Bombril respeita legado, mas quer resultado
Segundo o CEO Luiz Gustavo Silva, a nova fase da comunicação da empresa, agora com a Africa, será focada em vendas
Segundo o CEO Luiz Gustavo Silva, a nova fase da comunicação da empresa, agora com a Africa, será focada em vendas
Luiz Gustavo Pacete
17 de julho de 2017 - 7h19
A escolha pela agência Africa, por parte da Bombril, anunciada na última sexta-feira, 14, marca uma nova e importante fase para a fabricante de produtos de limpeza. Após quase dois anos sem investir em marketing, em meio a um processo de reestruturação financeira, a empresa retoma o aporte de investimentos em comunicação. De acordo com Luiz Gustavo Silva, CEO da Bombril, a estimativa é que o investimento seja de até R$ 5 milhões no segundo semestre deste ano em toda sua estratégia de marketing que envolve publicidade, vendas e PDV.
A última agência a atender a Bombril foi a DPZ (atual DPZ&T), que conquistou toda a conta do anunciante em 2013, interrompendo uma parceria de mais de 30 anos que havia entre a Bombril e o publicitário Washington Olivetto, responsável pela criação de campanhas memoráveis e que manteve Bombril na conta da WMcCann até 2013. Sobre esse legado, Silva explica que “foi de extrema importância”, no entanto, na realidade atual da empresa, o marketing deverá ser mais orientado ao resultado e menos às campanhas de massa.
“No processo de reestruturação da empresa fizemos várias pesquisas e identificamos que o último grande investimento em uma campanha de massa (com Ivete Sangalo, Monica Iozzi e Dani Calabresa, em 2015) não deixou um legado para a marca. Foi uma transição muito forte para os consumidores que já possuíam uma relação com Carlos Moreno, o Garoto Bombril”, diz Silva.
O executivo explica que respeita as celebridades que participaram da campanha, mas que não houve um efeito prática para as marcas. Ele reforça que, a partir de agora, as ações de marketing devem ser específicas para ajudar na venda dos produtos. Sobre um eventual retorno de Carlos Moreno como garoto-propaganda, Silva reforça a importância do ator para a marca, mas deixa claro que não está nos planos repetir os formatos anteriores.
“Não descartamos a volta de Carlos Moreno, porém, se ocorrer alguma parceria com o ator não será em uma grande campanha. Percebemos que existe uma associação muito forte dos consumidores com ele e foi isso que ficou do passado”, diz Silva. O CEO reforça que outro objetivo da empresa neste momento é falar com o público jovem. “Não estamos falando de rejuvenescer a marca, mas de dar capacidade a ela de dialogar com as novas gerações”, diz o executivo.
As mil e uma utilidades de Carlos Moreno
Por fim, Silva explica que segue em curso um grande estudo sobre o potencial das marcas da Bombril e a eventual reformulação de cada uma delas. Desde que deu início a seu processo de reestruturação, a Bombril descontinuou cinco marcas de um total de 27. “Estávamos em segmentos que não faziam sentido do ponto de vista estratégico e a melhor escolha foi focar nos mercados em que somos líderes, diz Silva reforçando que o foco atual da companhia está nas marcas Limpol, Mon Bijou e Sapolio Radium,
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