Quem são os patrocinadores do Carnaval pelo Brasil?
Retomada da folia após a pandemia deve movimentar R$ 8 bilhões na economia e atrai patrocinadores para os blocos de rua e os camarotes
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Giovana Oréfice
16 de fevereiro de 2023 - 16h32
*Atualizada em 17/02 às 14h07
Depois de dois anos sem a festa, o Carnaval tem sua retomada marcada pela procura de patrocinadores para a festa em alguns campos. Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a festividade deve movimentar mais de R$ 8 bilhões em 2023.
A receita virá da combinação de segmentos que se envolvem no evento. A CNC espera que o Carnaval alimente os setores de bares, restaurantes, hotelaria, hospedagem e até mesmo empresas de lazer e de cultura. Este é o primeiro ano que a festa acontece sem restrições de isolamento social desde o início da pandemia e com níveis de vacinação avançados no País.
Entre os patrocinadores, a Ambev investiu no Carnaval com Brahma. A marca será a bebida oficial dos blocos de rua de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Florianópolis. Há ainda ativações em alguns blocos de Belo Horizonte e patrocínio oficial do Galo da Madrugada, em Recife.
Em Salvador, a gigante das bebidas entra no Carnaval também com o Zé Delivery. Estarão presentes também Pepsi, TikTok e Aposta Ganha. Segundo o prefeito Bruno Reis, as cotas somam mais de R$ 30 milhões em investimento das marcas.
Pela primeira vez, as cinco cotas de patrocínio do Carnaval da capital fluminense foram comercializadas. A operação está sendo viabilizada pela Dream Factory. Os patrocinadores são Kwai, Zé Delivery, Águas do Rio e Elma Chips; além da patrocinadora máster Brahma. O investimento total gira em torno dos R$ 39 milhões.
Ao lado da Together, da Ambev, há o projeto de comercializar cotas para outras capitais brasileiras. “Percebemos que existe essa oportunidade, que começa esse ano e vem como um compromisso de longo prazo, de termos um pacote nacional de carnaval de rua para oferecer para as marcas”, diz Duda Magalhães, sócio e presidente da Dream Factory.
Itaipava está presente em Recife com patrocínios. A marca está presente no Olinda Beer, festival de rua, além do Carnavalito, Camarote da Villa, na Itaipava Arena Fonte Nova. O Oba Festival, em São José do Rio Preto, São Paulo, também tem Itaipava como patrocinadora.
Já o Galo da Madrugada, um dos maiores blocos de rua do Brasil, desfila no próximo sábado, 18. A promessa de uma festa grandiosa em sua retomada tem os seguintes patrocinadores: Brahma, Fundação da Cultura da Cidade de Recife, Esportes da Sorte, Secretaria da Cultura de Recife, Vivo, Empetur, Bradesco, Governo de Pernambuco, Jeep, Pitú, Lei de Jeep, Bradesco, Brasil Gás. Além disso, há também patrocínio do Governo Federa, Ministério da Cultura e Lei de Acesso à Cultura.
Nos dias de desfiles, inclusive o das escolas de samba campeãs, o Sambódromo do Anhembi recebe o Camarote Bar Brahma. A atração tem como parceiros oficiais Galera.bet, BYD, Chandon, Brimex, Bruna Tavares, Jack Daniels, Expo Center Norte, Onodera, Amázzoni Gin, Telesena, L’Occitane Au Brésil. Absolut, 51, Expo Telecom, Aqua Coco e Chopp Brahma Express. Terra entra como media partner.
Já o Camarote 011 tem como parceiros Jack Daniels, Cepêra, Copag, Tickt360, Maui Papeis, Ice Hit, Açaí Tradição, Novotel Center Norte, Vem de Glitter, Thikará Sake, BananaZinha, Ale Light, Gelo-A, Easy Booze, Baly, Engov, Bozzano, Monange, Intimus, Ipanema, Pizza Creck e Lindoya.
No Rio de Janeiro, o camarote N°1, dentro da Marquês de Sapucaí, é viabilizado pelos patrocínio de Brahma e Johnnie Walker. Já Tuc e #TogetherBand entram como parceiros, e o Uol como media partner.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, o modelo de patrocínio apresentado em dezembro era dividido em 18 cotas, totalizando um valor de R$ 21,5 milhões. O Sistema Fecomércio-MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais e a Rede de Supermercados BH foram os patrocinadores do Carnaval mineiro anunciados até o momento. O restante do montante do financiamento será arcado pela Prefeitura da cidade, conforme indica O Estado de Minas.
A capital mineira não é a única com dificuldades. A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), do Rio de Janeiro, recorreu à Brasília por falta de patrocinadores para os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial. O Valor Econômico estima que o patrocínio avaliado em R$ 5 milhões deverá vir dos Correios. Além disso, a Liesa já conta com a participação de nomes como Golden Cross, Águas do Rio e Light.
O mesmo acontece em São Paulo. A União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), associação sem fins lucrativos que representa escolas e blocos carnavalescos junto ao poder público, notificou dificuldades para receber investimentos. No geral, conta com aporte da Prefeitura e interesse de empresas – que diminuiu. Apenas algumas escolas conseguiram aporte de comércios pequenos e locais.
Para Alexandre Magno (Nenê), presidente da associação, a falta de patrocínio se dá pela falta da cobertura da grande mídia e conhecimento mais aprofundado da festa, além de questões raciais e religiosas. “Estamos trabalhando agora, inclusive, fomentando as informações da UESP, explorando sobretudo as questões sociais. Hoje, as empresas estão voltadas para essas questões do social, ambiental e de diversidade. Estamos mostrando para eles como trabalhamos isso e movimentamos essas dimensões”, explica Nenê.
A UESP congrega 64 agremiações de diversas partes da cidade, que participam dos eventos populares fomentando o comércio local e a geração de empregos. Sob o slogan “Carnaval do Povo”, a entidade completa 50 anos em setembro e prepara as comemorações para o ano que vem. Foram disponibilizadas cinco cotas de patrocínio.
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