Por que a The Body Shop está encerrando sua jornada no Brasil
Saída da marca do País segue enxugamento global da companhia que, desde o ano passado, pertence ao Grupo Auréa e vive recuperação judicial no Reino Unido
Por que a The Body Shop está encerrando sua jornada no Brasil
BuscarPor que a The Body Shop está encerrando sua jornada no Brasil
BuscarSaída da marca do País segue enxugamento global da companhia que, desde o ano passado, pertence ao Grupo Auréa e vive recuperação judicial no Reino Unido
Roseani Rocha
6 de janeiro de 2025 - 13h05
Um comunicado em seu perfil brasileiro no Instagram anunciou o fim da história de uma década da The Body Shop (TBS) no País. Nele, a companhia de beleza, que era dirigida aqui pela executiva Paula Pimenta, afirma que “Com o coração cheio de emoção e gratidão, encerramos uma linda década ao seu lado aqui no Brasil” e exalta questões como a luta contra testes em animais, a celebração da diversidade e “o empoderamento e o amor por todas as formas de beleza”.
Além disso, afirma que seu e-commerce estará disponível para compras enquanto durarem os estoques – há itens com até 70% de desconto – e que o SAC funcionará mesmo após o encerramento das vendas. Acrescenta, ainda, que as redes sociais da marca também funcionarão até 31 de janeiro para esclarecer dúvidas e receber mensagens.
Em outro momento do comunicado no Instagram, a marca afirma: “Nossa história não termina aqui – ela vive em tudo que construímos juntos”. De fato, internacionalmente, a história não termina, mas vive um de seus momentos mais desafiadores.
A saída da TBS do Brasil é parte de um contexto global, em que a companhia, de origem inglesa, vive um processo de recuperação judicial no Reino Unido e tem enxugado estrutura em outros países.
Já em março do ano passado, por exemplo, a empresa encerrou todas as suas operações no mercado norte-americano e havia anunciado o fechamento de 33 das 105 lojas que possuía no Canadá.
A TBS foi fundada em 1976 por Anita Roddick com uma loja – já marcada por sua emblemática fachada verde-escura – em Brighton. A marca ganhou visibilidade, relevância e terreno por sua proposta, então, ousada e inovadora, de que era possível fazer de um negócio uma força para o bem coletivo.
O comércio justo e ético com as comunidades fornecedoras de matérias-primas em diferentes regiões do mundo e a transparência na comunicação – jamais prometia milagres ou transformar as mulheres em alguém que não eram – foram valores transmitidos por Anita até sua morte, em 2004.
Listada na Bolsa de Valores de Londres em 1984, em 2006, a TBS foi adquirida pelo Grupo L’Oréal. Já em 2017 foi comprada pela Natura & Co, por cerca de R$ 5 bilhões. A marca fez parte do portfólio da multinacional brasileira até 2023, quando foi vendida ao fundo de private equity Aurelius e a Natura voltou a se concentrar na América Latina.
Já em 2024, a marca fundada por Anita passou novamente para um novo dono, um consórcio liderado pelo Grupo Auréa.
Compartilhe
Veja também
Festival de Verão Salvador 2025 bate recorde de receita em patrocínios
Edição de 2025 do festival conta com cerca de 20 marcas parceiras, entre elas, Banco do Brasil, Tim, Amstel, Coca-Cola, Nivea e Smirnoff
Média de avaliações de bares e restaurantes no Google é de 4,3 estrelas
Estudo da Abrasel, em parceria com a Harmo, revela que mais de 83% dos reviews desses estabelecimentos tiveram 4 ou 5 estrelas