Prefeitura considera touro da B3 publicidade irregular
Escultura instalada em São Paulo foi considerada peça publicitária pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana; B3 retirou a obra da cidade
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Meio & Mensagem
23 de novembro de 2021 - 18h49
Atualizada em 24/11, às 8h03
A escultura do touro de ouro, que foi instalada no último dia 16 em frente à Bolsa de Valores brasileira, a B3, foi retirada do centro de São Paulo.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), orgão da Secretaria Municipal de Urbanismo responsável por fiscalizar o cumprimento da Lei Cidade Limpa, concluiu nessa terça-feira, 23, que a escultura, que faz referência ao touro de Wall Street, é uma peça publicitária que foi instalada de forma irregular e que, por isso, deveria ser removida do local.
A retirada do Touro de Ouro aconteceu na noite da própria terça-feira, 24. A B3 foi responsável pela remoção da obra.
O debate da CPPU avaliou se a escultura poderia ser considerada uma obra de caráter cultural, de interesse público, ou se trata-se de uma peça publicitária. A conclusão foi de que o touro dourado é uma peça publicitária e que não teve autorização do governo para ser instalada. Os membros da comissão criticaram o fato de a obra ser associada a uma das marcas de seu idealizador, Pablo Spyer, sócio da XP e presidente da empresa de educação financeira Vai Tourinho.
Segundo a Folha, o debate dividiu a comissão. Alguns membros argumentaram que a escultura atraiu público para a região central da cidade, o que é positivo para o comércio. Na decisão final, cinco integrantes consideraram a estatueta uma peça publicitária enquanto quatro votaram pela permanência da obra.
Em nota enviada à Folha, a B3 havia informado, no entanto, que a escultura do touro possui autorizações vigentes dos orgãos municipais, requisitados pela empresa Dmaisb Arquitetura e Construção, que faz parte do projeto. Segundo a empresa, a Dmaisb obteve alvará da Prefeitura no dia 15 de novembro.
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