Cultura urbana: Riachuelo cria collab com estilistas das periferias
Com vendas iniciadas nesta semana, peças são assinadas por cinco designers de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
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Caio Fulgêncio
19 de julho de 2023 - 16h29
A Riachuelo acaba de lançar CRIA, collab da varejista com cinco novos estilistas de diferentes estados, vencedores do 1º Desafio do Instituto Casa dos Criadores de 2022. A coleção de roupas agênero streetwear, que começou a ser vendida na segunda-feira, 17, se propõe a celebrar a efervescência da cultura urbana.
Para a criação das peças, as mineiras Francceska Jovito e Gabriela Silva; a baiana Fernanda Lima; o carioca Geremias Marins; e o paulista Hector Luquini se inspiraram nas próprias vivências em comunidades periféricas do País. As narrativas se materializaram em camisetas oversized, moletons, calças cargo e wide leg, croppeds, coletes, macações, parkas, jaquetas e vestidos.
A cartela de cores inclui, principalmente, preto e branco, terracota e bege, em estampas inspiradas no grafite e molduras urbanas. Além disso, Marins conta que a CRIA é fruto também de observação das movimentações dos territórios periféricos.
O estilista ressalta que, mesmo oriundos de localidades diferentes, o grupo de estilistas conseguiu se conectar facilmente na escolha do tema da collab. “Priorizamos a liberdade dos corpos em cada peça, sendo essa uma coleção agênero. Diversidade, estilo e liberdade são pilares da CRIA”, ressalta.
Além da comercialização em território nacional, Fernanda considera que a parceria com Riachuelo é uma forma de “ocupar espaços que, normalmente, não são de fácil acesso para jovens negros”. Dessa forma, conforme Gabrielle, as peças propõem “um novo olhar para a estética que vem das comunidades”, além de inspirar novos artistas.
“Através dessa coleção, a Riachuelo nos proporcionou acesso e visibilidade, abrindo um leque de possibilidades para nossa expressão, trabalho e, principalmente, nossas falas. Podemos hoje ser uma das referências para pessoas que vem dos mesmos lugares e vivenciam o mesmo que os estilistas”, inclui Francceska.
Marcella Kanner, head de comunicação corporativa e marca da Riachuelo, considera que a collab se alinha perfeitamente aos propósitos da companhia. “Queremos ser uma marca cada vez mais plural, democrática e representativa. E, além disso, que consiga ser um propulsor na transformação de vidas por meio da moda, gerando trabalho, renda e incentivando a profissionalização”, diz.
Conforme a executiva, o investimento em formar novos profissionais para o mercado é, de fato, uma maneira efetiva de criar olhares atuais e críticos para o setor. “Em outras palavras, temos esse compromisso de apoiar iniciativas que levem educação, provocando a construção de novas narrativas que transcendam a moda, para além da região ou contexto sociocultural e étnico”, finaliza.
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