Tok&Stok muda novamente o comando
Um ano após o retorno da fundadora Ghislaine Dubrule como CEO, o fundo Carlyle, que controla a empresa de móveis e decoração, a tirou do cargo
Um ano após o retorno da fundadora Ghislaine Dubrule como CEO, o fundo Carlyle, que controla a empresa de móveis e decoração, a tirou do cargo
Roseani Rocha
18 de julho de 2024 - 12h12
Com uma dívida que foi estimada em R$ 600 milhões, a Tok&Stok – um dos principais players de móveis de artigos de decoração para casa do mercado nacional – chegou a fechar algumas de suas lojas. Depois, num movimento de reestruturação, há um ano, trouxe de volta à operação, como CEO, Ghislaine Dubrule, que fundou a marca, com seu marido Régis, em 1978.
A missão de Ghislaine parecia ser restabelecer pilares que haviam feito o sucesso da Tok&Stok, como a pronta entrega, design de produto (muitos deles feitos em colaboração com artistas nacionais) e experiência de loja. Mas, segundo o jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, 18, uma reunião do Conselho de Administração acabou definindo sua saída da operação.
O argumento seria de que os números da empresa ainda não tinham melhorado o suficiente nesse período – Ghislaine, cuja família tem 40% da empresa, queria permanecer no cargo, para buscar uma melhora nos resultados mais em longo prazo.
Ela defenderia, por exemplo, a permanência abertas de lojas deficitárias, dando a essas unidades um período maior para recuperação, e, por outro lado, criticava uma política agressiva de promoções e preço, que poderia afetar negativamente a marca.
Segundo o Valor, o novo CEO deverá ser o executivo Guilherme Santa Clara, que terá foco em “reestruturação de negócios e revisão de custos”.
Em entrevista recente ao Meio & Mensagem, o diretor de marketing da Tok&Stok, Ricardo Romano (ex-Westwing) disse, ao falar sobre o momento do setor como um todo, que “já foi melhor, mas também já foi pior”. Além disso, afirmou que 2024 vinha mostrando sinais de recuperação, o que fazia a empresa prever um crescimento em “duplo dígito baixo”.
Romano também exaltou o fato de a marca ter 97% de awareness junto ao público AB, segundo dados Kantar (o que explicaria a resistência de Ghislaine em entrar em guerras de preço e fragilizar esse asset).
A empresa foi procurada para comentar a mudança no cargo de CEO, mas respondeu que não se pronunciará no momento.
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