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De olho em venda, Odebrecht muda liderança da Otima

Violeta Noya abre espaço a presidente temporário que acompanhará negociação de venda da operação


14 de fevereiro de 2017 - 13h31

Na próxima semana, Violeta Noya, presidente da Otima, vai se afastar temporariamente da liderança da empresa de abrigos de ônibus. O motivo é sair do dia a dia das operações para dar espaço às negociações de venda da empresa, colaborando na coordenação dos trabalhos de dentro da Odebrecht, acionista majoritária.

Durante sua ausência, assume Adriano Ferreira, diretor financeiro do vertical de rodovias da Odebrecht TransPort. Não há tempo predeterminado para o período de negociação, mas a expectativa é que a venda seja comunicada nas próximas semanas. Fechado o negócio, poderá haver ou não mudanças na equipe – Violeta inclusa – a depender das articulações entre os executivos atuais e a nova proprietária.

Segundo apuração de Meio & Mensagem, duas empresas concorrem pela Otima. A francesa JCDecaux, conforme já noticiado, é uma delas. A outra é um fundo de capitais não-identificado.

Lava-Jato
As notícias sobre a venda da Otima se aqueceram nesta semana após reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, noticiando a conclusão da compra pela JCDecaux. Ao Meio & Mensagem, ambas negaram o acordo.

A Odebrecht tem acelerado sua venda de ativos desde a escalada da Operação Lava-Jato, que tem derrubado o valor de mercado do grupo. No ano passado venderam, por exemplo, a Odebrecht Ambiental.

Além do grupo, a Otima tem outros três acionistas minoritários – Grupo Bandeirantes, APMR Investimentos e Kalítera Engenharia – que não estão se desfazendo, no momento, de suas partes no negócio. A empresa conquistou, em 2012, o edital de manutenção e venda de mídia por 25 anos de mais de 7 mil abrigos de ônibus e 14 mil totens em São Paulo. A Otima também possui mobiliário no Boulevard Olímpico do Rio de Janeiro e acordos comerciais para venda de inventário em Belo Horizonte.

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