Globo Repórter: desafios de uma marca de 47 anos
Nova temporada do programa foca nas soluções que brasileiros encontraram para enfrentar a pandemia
Globo Repórter: desafios de uma marca de 47 anos
BuscarGlobo Repórter: desafios de uma marca de 47 anos
BuscarNova temporada do programa foca nas soluções que brasileiros encontraram para enfrentar a pandemia
Thaís Monteiro
3 de fevereiro de 2021 - 6h00
Nesta sexta-feira, 5, o Globo Repórter volta para a programação da Globo com uma nova temporada que promete não só cumprir as pautas de turismo e meio ambiente já conhecidas pelo público, mas trazer mais matérias sobre comportamento e que tipo de soluções a população do Brasil tem adotado para enfrentar de forma melhor a pandemia da Covid-19, que continua a atormentar o País.
Dentre as novidades, a Globo promete viagens a locais pouco explorados, aprendizados sobre novas culturas e conteúdo sobre comportamento e saúde. A intenção do jornalístico é manter a função de escape aos telespectadores que lhe foi atribuída em 2020, possibilitando-os viajar e explorar aventuras mesmo cumprindo as regras de distanciamento social.
Com 47 anos no ar e mais de três mil programas realizados, o Globo Repórter teve uma trajetória marcada por reportagens de temas quentes, reportagens especiais sobre um assunto de repercussão na semana e, nas últimas décadas, passou a adotar uma postura de pautas com mais enfoque no entretenimento, aventura e turismo.
De acordo Amauri Soares, diretor do canal TV Globo, o Globo Repórter tem a audiência mais consolidada do canal na faixa pós novela das 21h. “Internamente, dizemos, brincando, que o Globo Repórter é uma blue chip da TV Globo. O programa tem a capacidade única de entregar semana após semana resultados únicos de audiência. Este resultado foi construído ao longo destes anos pelo Jornalismo da TV Globo, que soube, sempre, renovar e inovar. Sem nunca perder a magia do Globo Repórter. Que é apresentar toda sexta-feira um conhecimento novo, uma jornada nova, uma descoberta. É como dizemos nas chamadas do programa – Globo Repórter: um programa, várias descobertas”, explica.Em 2019, o programa passou por novas mudanças com a saída do apresentador Sérgio Chapelin, que ocupou o posto por 23 anos seguidos na sua última passagem pelo Globo Repórter, e deu boas vindas à Glória Maria e Sandra Annenberg como apresentadoras fixas. Já em 2021, o Globo Repórter ganhou Mônica Barbosa como editora-chefe. Mônica foi editora do Jornal Nacional, chefe do escritório da emissora em Nova York, e teve uma breve passagem pelo Globo Repórter como chefe de redação em 2015, mas logo teve que ceder o cargo para assumir como editora-chefe do Bom Dia Brasil.
Ao Meio & Mensagem, Mônica divide detalhes sobre a nova temporada do Globo Repórter e qual função o programa tem na grade de jornalismo da Globo.
Meio & Mensagem – Que tipo de abordagem você quer dar ao Globo Repórter enquanto editora chefe? Qual é a sua missão nessa posição?
Mônica Barbosa – Eu acho que o Globo Repórter é um programa muito vitorioso e minha intenção não é reinventar, porque não faria o menor sentido. Ele é um sucesso e líder de audiência desde sempre, é um programa que está no coração das pessoas. Existe uma relação afetiva com o brasileiro, então não teria sentido vir com uma nova proposta. Estamos sempre muito antenados com as novidades do mundo e para que, em termos de tecnologia, para que possamos fazer um programa melhor. Estamos sempre muito atentos para trazer tudo que pode Ele super funciona e só queremos ir melhorando ele.
Você foi editora de diversos programas da Globo, incluindo o Jornal Nacional e o Bom dia Brasil. Na sua percepção, o que o Globo Repórter traz de especificidade jornalística que o difere dos demais programas informativos da casa?
Como o Globo Repórter não tem compromisso da notícia do dia a dia, ele consegue levar para as pessoas um respiro numa sexta-feira à noite, como o que está acontecendo de interessante no mundo, os bons exemplos no dia a dia de brasileiros. Ele te preenche de maneira positiva, especialmente em um momento pesado como esse. As pessoas não estão podendo sair, respirar, viajar e fazer coisas que elas normalmente faziam como ver paisagens novas e entrar em contato com a natureza. É claro que, falando dessa temporada, o programa não é só isso. Ele não é só paisagem, ele é sempre agregado com pesquisa, novidades e descobertas novas dessa área de meio ambiente.
O Globo Repórter já vem com algumas transformações significativas, como a saída do Sérgio Chapelin e a entrada da Sandra Annemberg. Mas o que 2021 reserva de transformações para o programa? Vocês adotam uma nova linha editorial?
Muitas aventuras, viagem, natureza e meio ambiente, mas também mostrar muito o que está acontecendo na vida das pessoas e pegar os bons exemplos e soluções que as pessoas estão encontrando na vida delas e levar isso como saída e possibilidade. Temos exemplos muito interessantes para mostrar que existem saídas e formas de diminuir a angústia do que estamos vivendo.
Como você descreveria a nova dupla formada por Gloria e Sandra?
Elas se complementam, têm uma química boa e um astral muito bom. Elas tÊm a cara do programa e são totalmente afinadas com a equipe. A ideia é elas fazerem matérias também como repórteres. Com a pandemia, essa atividade fica restrita, então elas estão mais como apresentadoras. Mas elas são totalmente integradas à equipe de uma forma virtual, porque temos muitas reuniões virtuais.
Quais foram os desafios que a pandemia impôs na produção do programa?
Temos um protocolo bem rígido para não colocar a equipe em risco, mas temos conseguido fazer bons programas com o básico do básico para não aglomerar. Como muitos programas são ao ar livre e sobre meio ambiente, facilita. Mas também vamos mostrar brasileiros com soluções inovadora na casa deles. Algumas entrevistas são virtuais, mas também estamos usando repórteres locais de cada região do País. É importante representarmos vários estados do Brasil, isso enriquece muito o programa.
O Globo Repórter era um programa que misturava reportagens especiais com algum caso de grande repercussão. De uns anos para cá, ele se consolidou na estratégia editorial de exibir turismo e natureza. Quais são as razões dessa linha editorial?
Nós vemos que o perfil do programa mudou ao longo dos anos. Eu percebo que algumas pautas que antes estaria no Globo Repórter estão no Fantástico, como matérias de denúncia ou com outro tipo de impacto. O Globo Repórter veio com uma linha mais agradável para o telespectador de sexta-feira a noite. Uma coisa mais positiva. Acredito que cada programa tem seu perfil. Acho que o Globo Repórter pode fazer isso porque é um programa semanal diferente dos jornais diários, que têm a preocupação do factual. O Globo Repórter pode se dar esse luxo de escolher os temas e tentar trazer um respiro para as pessoas.
Quais são os desafios de gerir uma marca de programa jornalístico de quase 48 anos?
É enorme, uma responsabilidade muito grande e muito legal. Eu sinto essa responsabilidade de coordenar uma equipe que tem um legado grande. O programa está no coração das pessoas. É o sonho de muitos jovens jornalistas trabalhar no Globo Repórter. As pessoas tem carinho e admiração. Então não é só uma grande responsabilidade, mas um motivo de grande alegria.
Compartilhe
Veja também
Globo amplia atuação no marketing de influência com Serginho Groisman
Após Tadeu Schmidt, Eliana e Maria Beltrão, Serginho Groisman é mais um apresentador da casa a ter seus contratos comerciais geridos pela Viu
Com Mercado Pago, Record chega a 7 cotas no Brasileirão
Banco digital integra o time de patrocinadores das transmissões na emissora, que já conta com Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Burger King