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Mídia mudou o olhar sobre o morro

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Mídia mudou o olhar sobre o morro

De acordo com Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas, mesmo com estereótipos, as novelas ajudaram a mudar o conceito das pessoas sobre o morro


14 de março de 2016 - 4h30

Com o fim da novela A Regra do Jogo, na última sexta-feira, 11, a safra de telenovelas da Rede Globo tendo comunidades carentes como pano de fundo se encerra.

Nos últimos anos, houve uma série de tramas que trataram do tema como Duas Caras, em 2007, Salve Jorge, 2012, Babilônia e I Love Paraisópolis, em 2015. Agora, a emissora dá um tempo para o assunto e inicia uma nova fase de fantasia com folhetins como Velho Chico, que estreia nesta segunda-feira, 14 e Eta Mundo Bom, exibida desde janeiro na faixa das 18h.

Em entrevista ao Meio & Mensagem, Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa), entidade que trabalhar para possibilitar um ambiente de negócios nas comunidades, explica que os enredos ambientados em comunidades serviram, independentemente das licenças poéticas e dos exageros, para conscientizar às marcas que existe um público em potencial nessas localidades.

“Ajudou a quebrar o estereótipo de que quem mora na comunidade só consome o básico. Hoje você tem bancos, lojas de móveis, eletrodomésticos, agências de viagens e uma série de outros negócios instalados nas comunidades”, diz Athayde. Segundo ele, também ajudou a contribuir para desfazer a imagem de que em favela só existe miséria.

Um ponto importante, no entanto, é que, com o aumento de empresas nos ambientes das comunidades, a Cufa se preocupa em conscientizar as marcas de que atuar e se relacionar com esse público deve ser algo de longo prazo. “Não adianta chegar se instalar e levar o dinheiro embora, é importante dialogar e estar presente”, ressalta.

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