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Opinião

A mobilidade e a carteira digital: quais são os próximos passos?

Quantas oportunidades podem existir no mercado em um momento de tamanha transformação e que ainda não foram pensadas em conjunto ou tiradas do papel?


16 de janeiro de 2020 - 13h53

(Crédito: Djedzura/iStock)

Falar de mobilidade urbana deveria ser motivo para atrair investimentos e ideias inovadoras. E, principalmente, no Brasil, o debate está cada vez mais intenso devido aos constantes desafios de acesso e locomoção.

Uma onda de mudanças tecnológicas está transformando o comportamento das pessoas em grandes metrópoles. Soluções de transporte e pagamento surgem periodicamente, mas como integrar os sistemas e oferecer praticidade para a população?

Em um contexto de um país grande como o Brasil, é de se considerar que grande parte das cidades não conta com planejamento urbano, o que causa intensidade do trânsito nas vias e, por consequência, custos sobre o tempo improdutivo dos trabalhadores. Segundo levantamento da Levee, startup brasileira de análise de inteligência artificial para aumentar a produtividade das empresas, o congestionamento das grandes metrópoles gera cerca de R$ 98 bilhões de custos por ano, tanto pela perda de produção não concretizada quanto pelos gastos adicionais com combustível, pois muitos colaboradores moram longe de seus locais de trabalho e passam muito tempo no trânsito, ou, ainda, por questões relacionadas ao trânsito, faltam no trabalho.

Por isso, cada vez mais é inevitável pensarmos em disponibilizar serviços maleáveis, que ofereçam fluidez no trânsito, mas que também tornem a vida do brasileiro mais prática e acessível. E um exemplo de serviço que opera para complementar o mercado de mobilidade são os que democratizam o uso de passagens eletrônicas em pedágios e estacionamentos em todo o Brasil. Essa tecnologia, além de gerar economia em tempo e dinheiro para os motoristas em pedágios, diminui o risco de fraude para as empresas, traz mais eficiência operacional, além de contribuir para uma cadeia de outros serviços do setor.

Em paralelo às tecnologias de mobilidade, surgem as carteiras digitais: opções de serviços financeiros e de pagamento. Cada vez mais presentes e com custos operacionais baixos, essas fintechs estão revolucionando o comportamento do consumidor, criando a necessidade da integração de serviços dentro de uma mesma plataforma. Ou seja, o que antes era apenas uma aspiração, hoje se tornou realidade.

Mas quantas oportunidades podem existir no mercado em um momento de tamanha transformação e que ainda não foram pensadas em conjunto ou tiradas do papel? Quanto mais as empresas liderarem as mudanças e se abrirem à inovação, mais consistentes se tornam o desenvolvimento e a transformação do mercado. Mais do que acompanhar a mudança, é necessário ser/liderar a mudança. Mais do que prover a mobilidade e o pagamento, é preciso que as empresas sejam parte desse movimento.

Hoje, apenas seis milhões de veículos usam os pedágios automáticos no Brasil, e o país enxerga o potencial de quadruplicar o público dos pedágios automáticos e crescer em mobilidade, facilitando cada vez mais os meios de pagamento. O Estado de São Paulo, com maior penetração no Brasil, tem 60% de pedágios automáticos, o Rio de Janeiro, 18%; o Paraná, 13%; e o Rio Grande do Sul apenas 8%. Para isso, há um incentivo de uso dos pedágios automáticos, que já vem acontecendo por meio do desconto de 5% no valor das passagens automáticas nas rodovias estaduais (Entrevias e Via Paulista), válidas para todas as novas concessões e renovações.

Agora, o grande desafio está em se reinventar nesse contexto e focar para criar um mercado à frente, ainda que isso também signifique abrir mão da estabilidade presente. Ainda não sabemos o impacto do que virá, mas é necessário apostar, uma vez que o caminho ainda está sendo traçado com novidades que vem de todos os lados. Não espere!

**Crédito da imagem no topo: Slavemotion/iStock

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