Acertos e falhas do Troféu Imprensa
A cerimônia que já é boa merece alguns ajustes para que fique ainda melhor
A cerimônia que já é boa merece alguns ajustes para que fique ainda melhor
Neste domingo, o SBT apresentou mais uma edição do tradicional Troféu Imprensa, que premiou os destaques da televisão brasileira em 2015. Os três indicados de cada categoria são indicados pelo público, via internet, e um júri, composto por jornalistas de diversos veículos da área, escolhe os vencedores.
Aqui cabe uma crítica ao formato: o público pode indicar seus preferidos para cada categoria, mas não deveria ser o único fator determinante para isso. Dessa forma, vemos discrepâncias em algumas indicações, em virtude de ações virtuais ou, até mesmo, a falta de conhecimento dos canais da votação por grande parte das pessoas. A participação decisiva do público poderia ficar restrita ao Troféu Internet, criado com essa finalidade.
Como no Oscar, os integrantes de uma “academia”, composta por jornalistas e críticos especializados, deveriam receber essas pré-indicações do público e votar para escolher os vencedores, com um quórum muito maior do que o apresentado no programa. Seria o ideal para o prêmio realmente ser reconhecido como o mais importante da televisão brasileira.
A TV paga também merecia melhor atenção na premiação, visto que cresce a cada dia, ainda mais com os incentivos dados às produções nacionais. Programas de entrevistas, humorísticos, esportivos, jornalísticos, infantis e séries poderiam concorrer ou ter suas próprias categorias. De todos os indicados do ano passado, apenas um veio da TV por assinatura: Marília Gabriela Entrevista, do GNT.
Aqui ficam minhas modestas contribuições ao resultado final:
Na categoria Melhor Novela, eu tiraria Cúmplices de Um Resgate para colocar Além do Tempo.
Em Melhor Apresentadora ou Animadora de TV, faltou Monica Iozzi, que se destacou no ano passado no Vídeo Show.
O Troféu Imprensa, com o magistral comando de Silvio Santos, afiado como sempre, não deixa de ser um grande programa, muito divertido de se acompanhar
Em Melhor Programa Humorístico, vimos o maior erro da noite, com a ausência do Tá no Ar entre os indicados. Espero que isso seja corrigido no ano que vem, com a magnífica temporada do programa em 2016. O Encrenca também poderia estar na lista.
No prêmio de Melhor Ator, Tonico Pereira ou Tony Ramos, em seus papeis por A Regra do Jogo, poderiam estar na lista dos indicados.
Já em Melhor Atriz, Larissa Manoela tem futuro, mas ainda não é a hora. Marieta Severo poderia estar no lugar, por Verdades Secretas, bem como Irene Ravache por Além do Tempo.
Mas tivemos bons momentos também: a vitória de Verdades Secretas na categoria de Melhor Novela; Ricardo Boechat como Melhor Apresentador de Telejornal; e, finalmente, a conquista de Celso Portiolli como Melhor Apresentador. Em 2016, caíram dois tabus: Di Caprio venceu o Oscar e Portiolli levou o Troféu Imprensa.
Outra oportunidade desperdiçada pelo Troféu Imprensa e utilizada com maestria pelo Oscar: poderia ser feita uma homenagem aos que nos deixaram em 2015. Imagine um clipe, com uma trilha emocionante, mostrando imagens de Marília Pêra, Beth Lago, Yoná Magalhães, Luis Carlos Miéle, Cláudio Marzo, Elias Gleizer, Inezita Barroso, Antônio Abujamra, Carlos Manga, Roberto Talma, Sandra Moreyra, entre muitos outros. Fica a dica para o ano que vem…
Mesmo assim, o Troféu Imprensa, com o magistral comando de Silvio Santos, afiado como sempre, não deixa de ser um grande programa, muito divertido de se acompanhar. Com esses pequenos ajustes, ficaria ainda melhor.
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