As empresas não estão preparadas para lidar com a felicidade dos seus colaboradores!
E nem para lucrar mais com isso
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Que futuro estamos construindo? Dia 20 de março é Dia Internacional da Felicidade, talvez não exista data melhor para pensar a felicidade no ambiente de trabalho. Se ela está diretamente ligada à produtividade e ao lucro, será que o caminho que estamos seguindo realmente busca esses resultados?
No cenário atual, nos deparamos com uma realidade no mercado de trabalho que afasta os profissionais da felicidade e os negócios dos resultados.
A pesquisadora, psicóloga e professora da Universidade de Yale, Laurie Santos, em sua participação no SXSW, trouxe pontos relevantes sobre a Ciência da Felicidade e seu impacto positivo nos negócios quando a felicidade dos trabalhadores é priorizada. Segundo ela, funcionários felizes são sinônimo de maior produtividade na empresa e, consequentemente, melhores resultados.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Center for Positive Organizational Scholarship, da Universidade da Califórnia, colaboradores felizes são, em média, 31% mais produtivos e três vezes mais criativos.
Empresas e organizações, compostas por pessoas, precisam estar atentas à identidade de seus colaboradores e como o bem-estar individual de cada um influencia diretamente no crescimento dos negócios.
A falta de ambientes amigáveis e de uma cultura organizacional que valorize o bem-estar individual e coletivo dos funcionários resulta em adoecimento e desmotivação entre os profissionais. Segundo estudo da The School of Life, 64% dos líderes estão lidando com ansiedade, 27% com estresse e 20% enfrentando completo desgaste emocional, precisando lidar com o burnout.
Compreender a realidade individual de cada organização é imprescindível para criar uma cultura onde a felicidade seja uma aliada. Muitas vezes, as iniciativas dos negócios para contribuir com um futuro mercado de trabalho que priorize as pessoas não estão alinhadas com as práticas reais do dia a dia. Ao olharmos para as metas de diversidade e inclusão no mercado, que têm como objetivo aumentar a diversidade nas empresas e construir ambientes seguros e amigáveis para os profissionais, percebemos um desalinhamento entre a percepção da empresa, líderes e funcionários.
Sem dúvidas, as iniciativas de diversidade e inclusão dentro das organizações são um dos caminhos para que os profissionais sejam felizes no ambiente de trabalho, sendo livres para serem quem são e com a segurança de que a equidade será assegurada em suas carreiras. Porém, segundo a Pesquisa Global de Diversidade e Inclusão, há uma percepção divergente dentro dessas iniciativas. Enquanto 56% dos líderes acreditam que a diversidade é um valor declarado dentro da empresa, apenas 39% dos funcionários concordam com isso.
Não podemos pensar no futuro do mercado de trabalho sem considerar a felicidade dos profissionais. O bem-estar tem sido uma demanda cada vez mais presente nas novas gerações e nos novos profissionais. Em um mundo pós-pandemia, os valores e prioridades mudaram e estão mudando. Para a Geração Z – nascidos entre 1995 e 2010 –, o bem-estar e a felicidade vêm antes da carreira. Segundo o relatório da Fruitful Insights, empresa de análise do bem-estar organizacional, 77% afirmam que abandonariam o emprego em prol da saúde mental e felicidade.
Durante o painel de Laurie Santos no SXSW, ela destaca exemplos diretos de felicidade no trabalho, mostrando que é possível construir métricas de bem-estar nas organizações para construir práticas possíveis. Sentir-se desafiado sem estar sobrecarregado, cultivar relacionamentos positivos com colegas e líderes, encontrar significado no trabalho, alcançar um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal, desfrutar de um ambiente de trabalho positivo, são alguns dos exemplos trazidos por ela.
Cabe um esforço coletivo para que a Ciência da Felicidade seja colocada em prática, que o bem-estar seja parte da cultura organizacional e que as empresas estejam prontas para lidar com a felicidade dos funcionários. Comprometimento com a qualidade de vida deve ser coletivo, e as organizações devem se enxergar como uma comunidade em busca de objetivos comuns para um mercado de trabalho mais leve, feliz, inovador e, acima de tudo, com bons resultados.
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