Cinco dicas para o sucesso da influência no contexto das lives

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Opinião

Cinco dicas para o sucesso da influência no contexto das lives

Na profusão de informações, existe um quinteto que não pode ser ignorado pelas marcas nesse tipo de marketing


22 de maio de 2024 - 14h00

A creator economy continua a crescer em ritmo exponencial. No Brasil, 55%* da população conectada à internet residencial afirma gostar de assistir, ouvir ou ler conteúdo sobre cinema e TV feito influenciadores e criadores de conteúdo, tema líder em consumo nas redes.

O Brasil, que está entre os países de maior consumo de mídias sociais no mundo* conta, indiscutivelmente, com os criadores de conteúdo mais bem-sucedidos por engajamento e influência no mundo real**.

Uma faceta das redes sociais que continua a superar outras mídias, mas é inexplorada pelos profissionais de marketing, são os influenciadores de live streaming. A audiência para essa modalidade de transmissão deve chegar a 1,41 bilhão de pessoas até 2025***. Isso se deve, principalmente, à mudança contínua da audiência da TV convencional para plataformas de vídeo ao vivo no Instagram, TikTok e YouTube.

O vídeo ao vivo permite que os influenciadores se envolvam com o público em tempo real, sem pré-gravar e postar seu conteúdo. Os criadores aproveitam a interatividade e o imediatismo da transmissão ao vivo para gerar maior autenticidade e experiências imersivas com seus seguidores. Essas transmissões também criam um senso de urgência e exclusividade, incentivando os espectadores a sintonizar em horários específicos para não perder o conteúdo.

Os profissionais de marketing podem se beneficiar do engajamento com influenciadores de live streaming para a integração perfeita de vitrines de produtos, sessões interativas de perguntas e respostas, colaborações e making offs. Os números reafirmam a comprovada eficácia dos influenciadores, com o aumento dos investimentos em publicidade no Brasil chegando a US$ 458,20 milhões em 2024*. O mercado deve demonstrar uma taxa de crescimento anual de 10,30%, levando a um volume de mercado projetado de US$ 748,20 milhões até 2029*.

O crescente crescimento do livestreaming torna essa nova categoria muito procurada, com vantagens e diferenciais altamente relevantes para muitos anunciantes. Então, se você está montando uma estratégia de marketing para o segundo semestre de 2024, aqui estão as 5 principais coisas a serem consideradas:

1. Um portfólio diversificado de nano a mega influenciadores

O poder dos nano influenciadores não deve ser subestimado, pois esses perfis de influenciadores pequenos, mas direcionados, são ideais para promover pequenas empresas ou campanhas de nicho. O livestreamer macro, no entanto, gera maior escala e influência, e como eles têm um custo menor do que os mega Influencers, são ideais para as marcas se relacionarem. Com base nesses insights, é importante abordar o espaço do criador de livestreaming como parte de uma carteira de investimentos. Entregar um alto volume de micro a médios influenciadores pode ser difícil de ser feito em escala sem usar uma plataforma para automatizar o processo.

2. Aprofunde as conexões da marca com diversos streamers

A audiência sente uma conexão mais profunda com os influenciadores de transmissão ao vivo, dada sua autenticidade. As marcas têm a oportunidade de alcançar um melhor equilíbrio de públicos multiculturais, e podem avançar seus esforços de diversidade e inclusão concentrando-se em criadores minoritários ou de maiorias minorizadas. Quando solicitados a responder, mais de 20% dos criadores de livestream no Brasil pertencem a comunidades sub-representadas (dados proprietários em amostra de 500 indivíduos). Pode haver limitadas opções de mídias proprietárias diversas, mas as marcas podem aumentar seu compromisso em apoiar esse perfil de creators, e realmente apoiar suas comunidades. Isso não é apenas a coisa certa a fazer, mas também é bom para os negócios das marcas, dadas as taxas de engajamento mais altas com os consumidores devido ao conteúdo autêntico e relacionável que impulsiona maior desempenho / ROI desses canais.

3. Nem tudo é jogo

Quando pensamos em livestreaming, normalmente pensamos em videogames. O Twitch é a principal plataforma de transmissão ao vivo para gamers, com mais de 31 milhões de usuários mensais. No entanto, existem muitas outras plataformas, incluindo YouTube, Kick e TikTok, que oferecem transmissão ao vivo.

Embora os jogos sejam enormes, um dos principais impulsionadores do crescimento do livestreaming é, na verdade, o conteúdo não relacionado a eles. Atualmente 40% de todas as transmissões ao vivo em 27.000 criadores**** não estão vinculados ao universo dos games. Isso ocorre porque o público da transmissão ao vivo está mudando e se tornando mais mainstream. O conteúdo “não-gamer” está aumentando 4 inclui esportes, música e canais “apenas de bate-papo”. Portanto, as táticas de influenciadores de transmissão ao vivo devem ser consideradas como parte de uma estratégia maior. Vídeo ao vivo é vídeo ao vivo, independentemente da plataforma em que está sendo consumido.

4. A IA dá à transmissão ao vivo um novo significado para a personalização

Com a IA, as marcas podem criar campanhas de marketing personalizadas que se adaptam e mudam rapidamente, revolucionando a forma como as marcas promovem seus produtos e serviços. Ao analisar dados de comportamento, preferências e hábitos do consumidor, os profissionais de marketing podem obter insights sobre hábitos e interesses de compra, emoções e motivações da audiência. O aprendizado de máquina processa milhares de dados por minuto, incluindo engajamento do usuário, preferências de conteúdo, interesses do público, dados geográficos e dados externos, como preços promocionais e clima, com otimização em tempo real e configuração de peças criativas. As marcas podem ressoar profundamente junto aos consumidores em canais de transmissão ao vivo altamente engajados em um nível mais pessoal e emocional.

5. Livestream e-commerce ou social commerce – uma mina de ouro inexplorada

Espera-se que a indústria de social commerce cresça continuamente, com o volume bruto de mercadorias negociadas por essa via no Brasil ultrapassando os US$10 bilhões em 2029*****. Até oito em cada dez consumidores do país utilizaram novos canais digitais de venda, como WhatsApp e redes sociais, em 2021*. Dez por cento dos brasileiros* disseram ter participado de uma sessão de live commerce no passado e, entre esses, mais da metade havia comprado um produto na ocasião. Quando perguntados se estavam dispostos a participar de um evento de vendas ao vivo no futuro, 88% responderam afirmativamente*.

Em 2023, a principal plataforma utilizada pelos consumidores brasileiros para participar de lives commerces foi o Instagram. 68% dos entrevistados* relataram usar o Instagram para atender às suas necessidades de comércio ao vivo, seguido pelo YouTube, com 47% de participação. O comércio eletrônico ao vivo pode gerar novos fluxos de receita exponenciais para os varejistas do Brasil. Para que as compras ao vivo virem moda no país, marcas e plataformas precisam prestar atenção no que motiva os compradores. Descontos exclusivos são um grande atrativo, juntamente com jogos, quizzes e brindes. As marcas também devem encontrar os influenciadores e o conteúdo certos para gerar entretenimento atrativo para esses momentos.

À medida que o cenário de influenciadores de transmissão ao vivo siga florescendo, o mercado se tornará mais fragmentado com um número crescente de redes, agências e plataformas. Ao navegar por esse cenário dinâmico, lembre-se de que a adaptabilidade é fundamental. Abraçar a natureza em evolução da transmissão ao vivo como parte de um ecossistema maior é fundamental. Marcas ganharão vantagem sobre concorrentes que seguirem encarando o social live streaming como uma tática de marketing menor.

* Statista

** Estudo global Adobe “Creators in the creator economy”.

*** Social Media Explorer

****dados proprietários

***** Research and Markets

 

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