Estou planejando um assalto e preciso de um piloto de fuga
Quem aqui está endividado, levante a mão!
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Vamos fazer um assalto juntos e resolver a nossa vida? A minha, a sua e a de quem mais topar ser nossos comparsas.
Para o plano funcionar, precisamos de uma especialista em imagem e disfarces, aquele que manja muito de tecnologia, a que é uma estrategista nata e planeja cada detalhe da operação, o mestre do improviso se algo sair fora do combinado, a que mantém a moral do grupo elevada e, não menos importante, nosso piloto de fuga.
Vai ter treta, discórdia, mentira, arrogância, bebedeira, sexo, trapaça, algum ferido e talvez uma ou duas mortes. Como todo assalto, o projeto é arriscado, mas com um time de milhões, ninguém vai perceber o estrago que será feito. Basta não largarem as mãos e cada um se concentrar na sua tarefa, ser comprometido e seguir com os combinados.
O QG é um galpão grande e num local estratégico da cidade, para facilitar a fuga em caso de sermos descobertos. Grande o suficiente para acomodar a gangue, os equipamentos e os carros que usaremos antes e no dia do assalto. O cabeça do assalto começa a explicar o esquema. O mano da tecnologia indica como entrará no sistema. A estrategista recomenda alguns caminhos para chegar lá, mas o tempo todo é interrompida pelo mestre do improviso.
Noite após noite o grupo se encontra. Ainda falta achar o piloto de fuga. O tempo corre. Cafés, pizzas, conversas, discussões, ideias, caminhos, irritação. Alguém pensa em desistir. A mana que mantém a vibe do pessoal lá em cima emociona a todos com seu discurso motivacional na tentativa de evitar que ninguém abandone o rolê.
Vamos ensaiar? Sugere a estrategista.
Mas todos estão ocupados demais checando as notificações de seus celulares. Ela então chama o mestre do improviso que, novamente a interrompe. “Ele já não me ouve, não adianta insistir”, pensa. Cola na especialista em imagem, que de fininho atende uma ligação de telefone. Quem faz ligações hoje em dia? Tenta o mano da tecnologia, que dá de ombros para ela. A mana good vibes até topa se todos concordarem. Sobrou o cabeça do grupo, que saiu do galpão atrás do piloto de fuga.
Chega o grande dia. Tudo ocorrendo como o planejado. Taquicardia, palpitações e adrenalina. Assalto em andamento. Montamos um time de milhões. Cada um fazendo a sua parte no tempo certo, sem vacilos. Mas, espera, cadê nosso piloto de fuga? Ferrou!
Quem é você neste grupo? Em muitos projetos que participo como RP, me sinto exatamente como um piloto de fuga: o último a saber. Na minha estreia aqui no Meio&Mensagem, gostaria de trazer essa analogia como um ponto de reflexão sobre a importância de estarmos mais conectados. Humanamente conectados.
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