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Opinião

Estratégias de neurociência no impulsionamento da inovação organizacional

Sabemos que a inovação é fundamental para que empresas, de diversos segmentos, sobrevivam em um mercado globalizado


9 de fevereiro de 2022 - 15h20

(Crédito: Andrii Yalanskyi/shutterstock)

O avanço das pesquisas na neurociência nos trouxe descobertas que mostram ser possível utilizá-la para garantir o engajamento necessário dos colaboradores para promover a inovação dentro das empresas. Mas, a teoria por si só não basta, é imprescindível ter a coragem para aplicar a neurociência no ambiente organizacional, uma vez que o mundo corporativo está cada vez mais globalizado, conectado e dependente do poder cognitivo.

Sabemos que a inovação é fundamental para que empresas, de diversos segmentos, sobrevivam em um mercado globalizado, dinâmico e imprevisível. As novidades tecnológicas aparecem cada vez mais e em uma velocidade incrível – lançamentos como carros autônomos, impressoras 3D’s e a Inteligência Artificial, por exemplo, movimentam a economia global. Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2016, indica que, por conta desse cenário, as companhias brasileiras estão em busca de tecnologia para aumentar a inovação e a produtividade. No entanto, se comparado ao nível de outros países no mundo, o Brasil ainda ocupa uma posição muito aquém de sua capacidade de inovar.

Levantamentos feitos pelo Índice Global de Inovação (IGI), publicado pela Universidade de Cornell e que avalia 132 países do mundo, mostram que o Brasil ainda está distante de promover inovação disruptiva, se comparado a outros países. A falta de colaboradores qualificados mostra ser um fator relevante que impede este avanço. Entretanto, existe uma relação entre o potencial de inovação de uma organização e o seu potencial laboral, que precisa ser trabalhado para que a companhia aumente a sua produtividade e tenha mais resultados.

Promover a inovação como um estímulo para atingir melhores resultados na corporação exige, claro, investimentos em P&D e tecnologia. Porém, conduzir as equipes para fazer isso acontecer, é fundamental. Para garantir o engajamento, é necessário que o comportamento seja colaborativo e, mais ainda, entender que não são apenas processos, regimentos ou orientações em reuniões que vão instigar este comportamento nos times.

A compreensão do comportamento humano e a criação de estratégias pautadas na neurociência para induzir resultados de inovação, por meio das pessoas, podem ser soluções viáveis para aumentar o nível inovador das empresas e, por consequência, girar a economia e trazer resultados. Neste contexto, pode ser possível criar relações entre o aumento de produtividade de uma equipe para a inovação, utilizando estratégias da neurociência e modificando o ambiente corporativo. Mais que o investimento em P&D, investir na gestão de pessoas pode ser um caminho assertivo para provocar a inovação organizacional.

A neurociência tem ferramentas importantes para provocar estímulos no comportamento, que podem interferir positivamente na cultura da empresa e, consequentemente, no aumento da capacidade de inovar. Neste cruzamento de informações, que envolvem dados que mostram a necessidade de inovar para prosperar, a teoria e, ainda, cases aplicados em utilizando a neurociência, algumas lições foram aprendidas:

1. Estímulos cerebrais são importantes para a mudança de comportamento, uma vez que nosso cérebro é, naturalmente, programado para economizar energia. No entanto, ele pode ser programado para agir, conforme a necessidade do ambiente. Por este motivo, estimular a colaboração, a criatividade e a resiliência, utilizando a convivência e o local, pode ser fundamental para a construção de um processo inovador.

2. O comportamento é balizado pelo emocional e, dessa forma, é preciso sentir a necessidade por mudança. Trocar o emocional pelo comportamento é uma das estratégias da neurociência, já que pode levar à cultura organizacional almejada na empresa para, assim, seja possível inovar.

3. É preciso conhecimento para controlar a emoção, já que tal sentimento pode ser o motor para gerar a mudança desejada. Porém, para que se torne um fator gerador, é imprescindível que se conheça como a emoção se comporta para, então, decidir se pode ser utilizada para tomadas de decisões.

4. O espaço influencia no comportamento do colaborador e, para que haja a implantação de uma nova conduta, é necessário que tal ação seja sentida para que, efetivamente, possa ser aplicada. Tirar as regras do papel e provocar mudanças no meio ambiente, por exemplo, podem potencializar o resultado almejado. Para construir processos inovadores na empresa, a preparação do local no qual os funcionários estão inseridos pode ser fundamental.

5. A confiança cria felicidade no trabalho e aumenta o nível de motivação, uma vez que possibilita que os colaboradores se sintam seguros em um ambiente para errar e, por meio do erro, construir a solução adequada para determinada situação. Na inovação, o erro faz parte do processo e é reconhecido como parte importante do risco de se achar soluções inovadoras. Vale frisar que equipes de alta performance possuem o fator confiança elevado e estão engajadas.

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