Marcas podem — e devem — crescer junto com as crianças
Para que essa relação aconteça, é preciso conhecer muito bem o público, e nesse caso, isso acontece através de dois caminhos: entender a criança e entender o responsável
Marcas podem — e devem — crescer junto com as crianças
BuscarMarcas podem — e devem — crescer junto com as crianças
BuscarPara que essa relação aconteça, é preciso conhecer muito bem o público, e nesse caso, isso acontece através de dois caminhos: entender a criança e entender o responsável
Quem não tem uma memória afetiva com algum produto ou marca de sua infância? Cheiros, texturas, cores, sons… Quando somos crianças temos a habilidade de criar laços de confiança com aquela empresa fabricante de bonecas – que tinha os modelos mais desejados – ou com a marca de chocolates que tinha os jingles mais grudentos nos comerciais de TV.
Quando estamos do outro lado, trabalhando para marcas que possuem produtos e serviços voltados para os pequenos, essa possível conectividade entre marca e criança pode e deve ser usada como estratégia na hora de criar campanhas de marketing. As empresas que conseguem fazer isso bem se destacam bastante no mercado, por uma razão bem simples: nenhum pai, mãe ou responsável resiste a um sorriso no rosto de seus filhos, netos, sobrinhos.
Um levantamento deste ano da Kids Corp. apontou que o que as crianças e adolescentes mais valorizam nas marcas que consomem é a capacidade de fazê-las felizes (30%) e de se divertirem (30%). Além disso, a mesma pesquisa mostrou que o poder de persuasão das crianças sobre os pais ultrapassa 70% na América Latina. Portanto, quando uma marca consegue verdadeiramente agradar o público infantil, a probabilidade é que os pais sejam convencidos que ela é a marca certa para presentear seus filhos.
Contudo, a cada ano que passa, o jeito de colocar o sorriso nos rostinhos precisa mudar, porque o crescimento das crianças é desenfreado. Elas esticam sem parar por meses, começam a gostar de um novo brinquedo e, de repente, estão cansadas dele, amam algo e depois não ligam e depois amam de novo. Quem é pai ou mãe sabe que é uma loucura!
Mas existem empresas que se dedicam a entendê-las e a criar produtos e serviços que as acompanham em todas as fases da vida. Essas marcas são como um porto seguro para as crianças, um lugar onde elas sempre podem encontrar algo que as faça felizes.
Para que essa relação aconteça, é preciso conhecer muito bem o público, e nesse caso, isso acontece através de dois caminhos: entender a criança e entender o responsável.
Um sistema de Gestão de Relacionamento com o Cliente (conhecido como CRM) pode ser o primeiro passo para se aliar a uma estratégia de mídia paga, já que ele gerencia todos os dados dos clientes, facilitando o acompanhamento de alterações e evoluções, se transformando em uma fonte de insumos. Por exemplo, se uma pessoa compra roupas para bebês de até um ano, em pouco tempo ela precisará de novas peças para bebês de um a dois anos. Ela poderia buscar em qualquer loja, mas a marca pode se adiantar e mostrar que também está lá para essa próxima etapa.
Esses dados são de extrema importância para um plano consolidado de mídia. A compra de um brinquedo, por exemplo, informa a faixa etária da criança, seu gosto no momento e a faixa de preços que o adulto costuma gastar em presentes. Se houver um cadastro mais completo, dá até para saber o aniversário e a idade exata da criança.
Depois, a marca deve buscar informações de mercado, como tendências e modas entre os mais jovens, para estabelecer uma “linha do tempo” que inclua várias idades e os interesses mais comuns em cada uma.
Daí entra o remarketing, uma estratégia que foca em gerar impacto novamente para a mesma pessoa, o que inclui tanto quem interagiu com a marca e não fez nenhuma compra quanto clientes antigos, que são o nosso foco aqui. Por meio de campanhas em diversas plataformas de mídia, é possível alcançar esses consumidores para lembrá-los que a marca também está presente para as novas fases pelas quais toda criança passa.
Como profissional de marketing, digo que o que a marca precisa é analisar constantemente esse público, ver o que está em alta, e principalmente ter a alegria dele como objetivo principal. Já como profissional de marketing e mãe, afirmo que o que uma empresa precisa é tornar-se, verdadeiramente, uma companheira para a criança e ajudá-la a criar memórias felizes e duradouras. Assim, a marca vai crescendo junto, ano após ano, tornando-se um elo de confiança entre a criança e o mundo, através de produtos e serviços pensados especialmente para ela em todos os momentos.
Compartilhe
Veja também