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Opinião

Metaverso, criptomoedas e redes neurais

Campanhas cruzam fronteira entre o real e o virtual para engajar, capacitar e valorizar os colaboradores e os times de venda das grandes companhias


10 de março de 2022 - 15h00

Empresas de diversos setores já estão montando estratégias de atuação no metaverso, um ambiente virtual compartilhado e hiper-realista, onde as pessoas podem usar avatares customizados em 3D para conviver entre elas, com acesso por meio de óculos especiais e outros equipamentos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a gigante do fast food McDonald’s pretende abrir uma loja no metaverso para que os pedidos feitos no mundo virtual sejam entregues no mundo real. A Nike, desde novembro, usa a nova tecnologia como vitrine, para que os usuários possam vestir seus avatares hospedados na plataforma Roblox com roupas da marca. E até o mercado imobiliário viu as transações de imóveis virtuais ter um boom e atingir a marca de U$ 500 milhões em 2021.

Com a efervescência e a curiosidade geradas pelo tema, a tendência é que campanhas de marketing de incentivo também cruzem a fronteira entre o real e o virtual para engajar, capacitar e valorizar os colaboradores e times de venda das grandes companhias.

Os próximos passos estão voltados para o metaverso, com o objetivo de mesclar as experiências do mundo físico com o digital de forma mais imersiva. Em uma campanha de incentivo ou relacionamento para times de venda de empresas de alimentos ou bebidas, por exemplo, o participante poderá ter seu avatar em 3D e ser treinado em um ambiente virtual, que replica exatamente o ponto de venda.

No universo digital, as premiações pelas metas conquistadas também serão outras. Muito em breve teremos criptomoedas sendo utilizadas em campanhas de incentivo, onde as premiações corporativas serão oferecidas em bitcoins ou outros ativos digitais, como NFTs, por exemplo.

Mas a tecnologia futurista já começa a estar presente em campanhas de incentivo desenvolvidas no Brasil. No caso do uso de Inteligência Artificial, dá para destacar projetos que avaliam o posicionamento dos produtos no PDV usando redes neurais.

Leituras de milhares de fotografias enviadas pelas equipes de merchandising até hoje são interpretadas por recursos humanos, ou seja, pessoas, que passam o dia analisando e classificando o material recebido. Um trabalho gigantesco e demorado, principalmente, para uma grande companhia que possui muitos produtos com distribuição nacional e diversos canais. Fica caro, passível de erro e gera pouco engajamento, pois o retorno da avaliação demora.

No caso da rede neural, desenvolvida pela agência de marketing de incentivo e relacionamento Digi, a tecnologia é ajustada a cada campanha para efetuar a leitura de milhares de imagens do PDV e devolver o resultado ao participante em tempo real. São leituras digitais que analisam exposição (de produtos), planograma, ruptura, invasão nas gôndolas, entre outras, que além da agilidade e eficiência, praticamente zeram as fraudes.

Em um mercado data driven (orientado por dados), outra grande tendência é utilizar a tecnologia de machine learning para interpretar os números, definir padrões e destacar oportunidades.
Essa técnica de inteligência artificial, que cria análises preditivas e prescritivas, ajuda a definir metas de vendas mais assertivas, para entender quais produtos são mais adequados para serem ofertados no mix, visando o aumento de frentes e, consequentemente, positivando.

Outra vantagem do machine learning é interpretar os dados de comunicação, entendendo quais são os canais mais adequados para cada perfil de participante da campanha – sempre cruzando essas informações com os resultados de vendas e confirmando o crescimento.

Empresas como Cargill e Arcor, que já utilizaram esta tecnologia em campanhas de incentivo, tiveram resultados significativos. No caso de Cargill, por exemplo, a campanha “Veste a camisa”, que utiliza Inteligência Artificial para definir metas de venda mais assertivas, teve 18% de crescimento em positivação, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Houve diminuição no valor total de premiação (redução de 43%), mas a quantidade de premiados aumentou em 12%, ou seja, a ação no período teve melhor distribuição dos incentivos. Em 2021, foi registrado um aumento, na média, em sell-out de 4% nos meses com a nova meta.

Vale ressaltar que os ótimos resultados derivaram do uso de novas tecnologias e, também, da constante superação e dedicação dos colaboradores envolvidos nas campanhas. O futuro do marketing de incentivo e relacionamento já começou.

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