Assinar

Metaverso: do inspiracional ao concreto

Buscar

Metaverso: do inspiracional ao concreto

Buscar
Publicidade
Opinião

Metaverso: do inspiracional ao concreto

Após muito ser discutido em eventos de inovação e tecnologia, o metaverso aparece novamente, mas dessa com exemplos reais em marcas de luxo


18 de janeiro de 2022 - 10h35

(Créditos: Edge Creative/shutterstock)

No último domingo, tivemos a abertura da NRF Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo. Após ser realizado de forma online no ano passado, devido à pandemia, a NRF voltou ao formato presencial, com todos os cuidados, apesar do aumento de casos na cidade de Nova Iorque. Não poderia estar mais feliz de marcar presença pela quinta ou sexta vez aqui no evento – confesso que não me lembro exatamente. Talvez o que seja mais motivador para esta edição são os temas que irão permear os próximos dias: metaverso, NFTs, ESG e pós-pandemia.

Creio que o primeiro dia não poderia ter começado melhor, pois supriu, exatamente, todas as minhas expectativas com relação ao conteúdo. As primeiras palestras da manhã foram incríveis, com um conteúdo empolgante e que deu forças para acompanhar ao máximo a ótima agenda preparada para o domingo. A abertura do evento foi feita por Mike George, CEO do Qurate Retail, e contou com um auditório cheio (mas seguro, visto que havia distanciamento entre as cadeiras do palco principal). George abordou, primeiramente, o quanto a pandemia acelerou o varejo e isso, inevitavelmente, causou uma grande transformação digital  algo que poderia levar anos e anos , mas que, devido às novas necessidades de mercado, precisou ser readequada para suprir incontáveis necessidades.

Na sequência, o tema que eu mais amo ouvir: pessoas e a cultura people centric. A discussão foi trazida pelo CEO da Target, Brian Cornell, e Matthew Shay, CEO da NRF. A Target, desde o início da pandemia, preza por três pilares para se manter crescendo e evoluindo: cuidar, crescer e vencer juntos. Isso traz à tona até um viés de sustentabilidade, que valoriza a proteção dos colaboradores antes de qualquer coisa. Isso é cultura people centric na veia.

Já no final da manhã e começo da tarde, outro tema que me brilha os olhos: metaverso. Ouvi bastante sobre ele nas palestras da Kate Ancketill, CEO da GDR Creative, e também da Emma Chiu, Diretora Global da Wunderman Thompson. Sou um verdadeiro aficionado por inovação e gosto de entender, ao máximo, tudo quando um novo tema surge. Quero testar, experimentar, conhecer… Desde a minha ida ao WebSummit, em novembro do ano passado, o assunto ainda parecia muito nebuloso, principalmente quando falávamos de negócios e oportunidades para empresas. A ida à NRF pode trazer algo mais palpável, pois já foi possível visualizar como as marcas de luxo estão fazendo para mostrar o seu produto. Escutei diversos exemplos de aplicações funcionais no metaverso, e com utilização de NFTs, e isso, para mim, foi uma delícia. Posso listar algumas marcas, como The Fabricant Studio, Nikeland, Decentraland e Dolce & Gabbana.

Algo que as pessoas precisam entender sobre o metaverso: ele não vai substituir o e-commerce, ele será mais um canal de venda, não é algo com intuito revolucionário para desbancar mídias. E vou usar uma palavra que foi muito falada no primeiro dia de NRF para tranquilizar: isso é omnichannel, não tem mais separação. Não existe físico ou digital, é físico E digital. Unidos. Juntos.

Quando falamos em metaverso, omnichannel, redes sociais, live commerce, online junto com offline, entende-se que tudo é a visão holística integral. E é isso o que o metaverso representa. Muita diversidade, inclusão, priorização e atenção ao consumidor.

Estou empolgado com o que vem pela frente, justamente porque, no final, todos os temas rondam pessoas. Precisamos de um mundo melhor com a tecnologia, mas não podemos deixar as responsáveis por girar os negócios de lado. E é o que eu costumo adotar, quase como um mantra: não podemos separar a pessoa do profissional. No final, é tudo sobre pessoas.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Quando menos é muito mais

    As agências independentes provam que escala não é sinônimo de relevância

  • Quando a publicidade vai parar de usar o regionalismo como cota?

    Não é só colocar um chimarrão na mão e um chapéu de couro na cabeça para fazer regionalismo