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Opinião

Mulheres têm plena capacidade para cargos de CEO

Tanto é assim, que o sucesso delas já é uma realidade


27 de setembro de 2024 - 8h00

Nessa semana, a declaração de um empresário renomado, fundador de importantes companhias, sobre ser contra sua mulher ocupar o cargo de CEO em uma empresa, gerou grande repercussão. “Deus me livre de mulher CEO”, afirmou em seu Instagram. Tal visão desatualizada contrasta com o que os dados, estudos e exemplos concretos têm demonstrado: as mulheres são plenamente capazes de liderar grandes empresas e têm feito isso com êxito.

A capacidade de liderar uma empresa, independentemente do seu tamanho ou setor, não depende de gênero. A liderança eficaz exige uma combinação de habilidades que incluem estratégia, gestão emocional e capacidade de tomar decisões. Essas competências são adquiridas ao longo de uma trajetória profissional, por meio de estudos, experiência e desafios enfrentados. E, ao contrário do que alguns ainda acreditam, as mulheres demonstram essas habilidades com excelência.

Pesquisas recentes corroboram essa realidade. De acordo com o Peterson Institute for International Economics, empresas que possuem mulheres em cargos de alta liderança apresentam melhores resultados financeiros. Isso não é coincidência. As mulheres líderes tendem a fomentar ambientes mais inclusivos e colaborativos, criando espaços onde a diversidade de ideias e perspectivas é valorizada, o que naturalmente promove inovação e eficiência.

Além disso, o sucesso de CEOs como Mary Barra, da General Motors, e Jane Fraser, do Citigroup, mostra que as mulheres podem conduzir grandes corporações com uma visão estratégica e resultados expressivos. Barra tem liderado a GM com foco na inovação e na sustentabilidade, enquanto Fraser tem transformado o Citigroup com práticas éticas e sólidas, demonstrando que mulheres à frente de grandes empresas têm um impacto significativo no sucesso corporativo.

Para além dos resultados financeiros, empresas lideradas por mulheres costumam adotar políticas mais inclusivas e sustentáveis. Essa visão de gestão tem mostrado ser crucial para o futuro das corporações, que enfrentam desafios cada vez mais complexos em um mundo em constante transformação. Além disso, as mulheres que alcançam posições de destaque inspiram as gerações futuras e ajudam a quebrar estereótipos ultrapassados sobre quais papéis são “adequados” para elas. Cada passo dado por uma mulher na liderança torna esse caminho mais acessível para quem vem depois.

Limitar a possibilidade de mulheres ocuparem cargos de CEO é abrir mão de toda a riqueza que a diversidade de gênero traz para as empresas. Os benefícios vão além do financeiro: um ambiente de trabalho diverso melhora a inovação, a colaboração e o engajamento dos colaboradores. As empresas que têm mulheres em posições de liderança tendem a ser mais preparadas para lidar com problemas complexos e a criar soluções mais criativas e eficazes.

Associar competência a gênero, além de ser algo ultrapassado, também é prejudicial tanto para o ambiente empresarial quanto para a sociedade como um todo. Precisamos superar esses preconceitos e valorizar a diversidade e a capacidade. As mulheres têm não só o direito, mas também a capacidade de ocupar qualquer cargo de liderança, incluindo o de CEO. E o sucesso de tantas mulheres nesse papel já é uma realidade incontestável.

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