Netflix e Warner: o império dos dados contra-ataca
Modelo que sustentou Hollywood começa seu fim, dando espaço a um entretenimento movido por dados e previsões algorítmicas
Se você ainda acha que a fusão entre Netflix e Warner é apenas mais um negócio de Wall Street, você não está prestando atenção.
Não estamos falando de uma aquisição.
Estamos falando de uma disrupção histórica.
O modelo que sustentou Hollywood por um século começa seu fim. E agora, e cada vez mais de agora em diante, entretenimento será dados, algoritmos e métricas de conversão.
Pela primeira vez em toda a história, temos constituída uma cadeia do entretenimento integralmente conectada do estúdio de cinema à possibilidade de compra de um produto na ponta da exibição no streaming.
Fizemos na Macuco DAO Group uma análise, quase uma autópsia, desse negócio de US$ 82,7 bilhões. E desvendamos o enredo de uma nova era.
O site que colocamos no ar é um resumo executivo disso. Um vislumbre do futuro do entretenimento (do cinema em particular), da TV, da CTV e do streaming, da mídia, do marketing, e porque uma parte importante disso nunca mais será a mesma.
Tudo em alguns capítulos:
- Anatomia da operação – US$ 82,7 bilhões em detalhes estruturais e financeiros
- Novo mapa competitivo – Tier system com Netflix-Warner, Amazon, Disney
- Reação das Bolsas – Análise do impacto financeiro imediato
- Análise Regulatória – Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês), antitruste e o fator Trump/Ellison
- Morte do estúdio independente – Por que Warner não sobreviveu standalone
- O Destino dos Catálogos – Fusão de bibliotecas e reimaginações de IPs
- Cenários para o Cinema – O futuro das salas e janelas de exibição
- Revolução da publicidade – De US$ 2 bilhões para US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões até 2030
- Brasil e Globoplay – Impactos no mercado local
- Recomendações Estratégicas – Dicas para agências e anunciantes
Netflix já define temas, estilos narrativos e fórmulas de storytelling dos seus futuros hits por algoritmos. Os mesmos que nos oferecem look alikes quando terminamos de assistir algo por lá.
Agora, vai fazer isso com o cinema. Que vai ser um apêndice do streaming. Ligado a ele umbilicalmente.
Tudo será algoritmo.
Anunciantes e agências precisam entender isso.
Do ponto de vista de marketing de conteúdo, a combinação Netflix + Warner cria um “supergrafo de IP”: franquias clássicas somadas à capacidade de lançar hits de dados (como já faz com séries globais) permitem construir universos narrativos e experiências transmedia das marcas com grande previsibilidade de engajamento.
Netflix está lançando sua própria tecnologia de publicidade internamente e estabelecendo parcerias com empresas de mensuração (como VideoAmp e Nielsen) para oferecer transparência e comprovação de valor aos anunciantes.
Campanhas na plataforma já mostraram aumentar o reconhecimento da marca e o engajamento em níveis significativamente superiores aos benchmarks do setor, divulgou Netflix.
Não sei se é verdade. Mas tem tudo para ser.
Dá uma boa navegada pelo site e assista à pré-estreia do fim do cinema como o conhecíamos e o Apocalipse Now da nova Era do Streaming.