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Opinião

O valor dos prêmios e o fiel da balança

Aumento no número de plataformas de mídia e da complexidade nas entregas justifica o crescimento de categorias, mas também fundamenta a crítica dos que veem nas premiações uma indústria com fins apenas lucrativos


28 de janeiro de 2019 - 10h49

Crédito: divulgação

A matéria de capa da edição impressa 1845, caro leitor, é a derradeira de uma tradicional série de reportagens produzidas para o mês de janeiro pela equipe de Meio & Mensagem, sob a batuta do editor-chefe Alexandre Zaghi Lemos. Um aficionado dos fatos, como todo jornalista que se preza, mas também da matemática, algo já não tão corriqueiro entre os colegas de profissão, Alê gosta tanto de contas quanto de manchetes.

Fazem parte deste cardápio especial de começo de ano: a edição de perspectiva, que revelou pesquisa exclusiva sobre o comportamento profissional da chamada geração Z; os rankings de melhores agências em novos negócios e o das marcas mais punidas pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar); o índice de representação de mulheres nas áreas criativas das agências de publicidade; e o Ranking Meio & Mensagem de premiações.

A lista consolidada das campanhas, agências, anunciantes e produtoras de maior destaque nos principais festivais nacionais e internacionais de publicidade é a mais longeva. Os resultados aferidos ao longo de 2018 compõem a décima primeira edição do ranking, cuja apuração e checagem é feita pelo time de anuários de Meio & Mensagem, chefiado por Amanda Rocha. A AlmapBBDO ficou com a primeira colocação pela décima vez — a exceção aconteceu na lista que registrou os resultados de 2013, quando a histórica campanha multipremiada “Retratos da real beleza” colocou a Ogilvy no topo.

As sucessivas vitórias da Almap são uma constante em um universo em transformação, considerando tanto a indústria da comunicação como um todo, quanto apenas as premiações em si. O aumento no número de plataformas, da quantidade de peças e da complexidade nas entregas justifica, de certa forma, o crescimento de categorias e, consequentemente, de premiados nos grandes eventos. Mas também fundamenta em boa parte a crítica dos que veem nos prêmios uma indústria com fins apenas lucrativos.

Nos últimos anos, a maior conexão com os resultados de negócios dos clientes tem norteado a busca por renovação e mais credibilidade nos festivais. Alvo preferencial dos que rejeitam a oferta massiva de troféus, o Festival Internacional de Criatividade de Cannes não recuou quanto ao número total de categorias. Mas tem ampliado o espaço para o entretenimento e a execução estratégica na composição dos Leões distribuídos todo mês de junho no sul da França. O Effie Awards, por sua vez, vem ganhando relevância no Brasil e na América Latina, especialmente junto aos anunciantes, que se veem atraídos pelos indicadores ligados à eficiência que norteiam os critérios a definir seus vencedores.

Se tais mudanças ampliam o escopo de variáveis a serem avaliadas, a fim de estabelecer valores para viabilizar a comparação objetiva entre uma campanha e outra, certos pontos a serem observados têm lugar cativo nesse check list, independentemente de formatos ou canais. “A ideia boa é compartilhável”, resumiu o chefe de criação, sócio e chairman da Almap, Luiz Sanches, em entrevista à repórter Isabella Lessa — a quem coube a tarefa de transformar o ranking dos mais premiados na reportagem publicada nas páginas 14 e 15 da edição impressa.

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