A percepção da comunicação nas redes sociais
O desafio é posicionar os produtos e serviços como facilitadores do dia a dia
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O mundo mudou. Acelerado, complexo e desafiador, trouxe à tona uma série de questões que há tempos já mostravam precisar ser parte de um amplo debate sobre a ligação entre sociedade e mercado. Nos últimos anos, foram vários termos adotados na busca de refletir a necessidade de uma relação próxima entre empresas e pessoas. “Economia da Empatia”, por exemplo, foi um dos mais utilizados. Nenhum deles, porém, consegue definir com exatidão o momento e os desafios que estamos vivendo. Mais do que isso, o que ainda está por vir e qual é o papel da comunicação neste cenário.
A situação global pela qual estamos passando reforça a necessidade de a indústria se posicionar como parceira da sociedade e não apenas como fornecedora. As pessoas enxergam as companhias como peça fundamental no quebra-cabeça para o desenvolvimento social, identificando nas organizações um agente de transformação e fonte de conhecimento e informação. Este desejo é refletido, principalmente, na camada da população formada por millennials (nascidos a partir do início da primeira metade da década de 1980) e geração Z (nascidos a partir da segunda metade da década de 1990).
Diante deste contexto, a comunicação tem um papel essencial, sendo o grande elo entre empresas e pessoas. Assim, é imprescindível criar ações diretamente conectadas ao público-alvo, com linguagens adaptadas e inseridas de maneira bastante assertiva nos ambientes em que estas pessoas estejam. E, em um período em que a tecnologia está posicionada como um pilar de sustentação da sociedade, atuando como fonte de manutenção das relações interpessoais e da força de trabalho, onde essas pessoas estão? Nas redes sociais, é claro.
Uma pesquisa divulgada pela Kantar Barômetro COVID-19, na última semana de abril deste ano, mostrou um crescimento muito relevante do uso das mídias sociais neste período. Entre os millennials e a geração Z, 35% afirmaram que o isolamento aumentou o tempo passado no TikTok. Em relação a Instagram e YouTube, esses números são ainda maiores, com aumentos respectivos de 69% e 87%, potencializados pelas lives da indústria de entretenimento que ocorrem nestas plataformas.
Ao mesmo tempo em que este cenário de uso das redes sociais é desafiador para as empresas, é também um caminho transparente e simples para o diálogo com o público, com opções variadas de abordagem. É indispensável a realização de um forte trabalho direcionado à percepção de como as pessoas estão interagindo nas redes sociais e, a partir disso, projetar ações. Sempre levando em consideração a naturalidade, de acordo com a linguagem já existente naquela plataforma.
No TikTok, é possível criar desafios de danças, dublagens ou indicação de filmes e séries para gerar engajamento, por exemplo. No Instagram, trabalhar em conjunto com influenciadores identificados e relacionados aos interesses do público, seja em lives sobre maternidade durante o isolamento, educação e tecnologia, ou para demonstrar, na prática, como determinados produtos podem auxiliar as pessoas em suas rotinas. No YouTube, por meio de lives, vídeos com tutoriais para utilização de soluções tecnológicas ou campanhas.
Há anos, as redes sociais são fundamentais para o setor de comunicação. Entretanto, este período acelerou a percepção das pessoas sobre os benefícios que a tecnologia pode oferecer no cotidiano. O desafio, agora, é posicionar os produtos e serviços como facilitadores do dia a dia. A cada ação, o ponto a ser questionado desde o início deve ser: “como este produto trará benefícios ao usuário?” E a comunicação é o elo para destacar sua utilidade à sociedade.
*Crédito da foto no topo: iStock
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