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Opinião

Plataformas de entretenimento marcam tendências

Para as marcas executarem suas estratégias de publicidade ao longo de 2019, precisarão ser flexíveis e abertas a mudanças


31 de janeiro de 2019 - 15h56

 

(Crédito: Freestocks Org/Unsplash)

Indagações sobre o que está por vir no mercado publicitário em 2019 são inevitáveis. De que maneira a Amazon se estabelecerá no novo cenário neste ano? A Netflix lançará um serviço suportado por anúncios? Será que vamos ver o 5G ter um impacto no ecossistema de serviços?

Com o surgimento de novas plataformas de entretenimento que promovem diferentes comportamentos de consumo, muitos se perguntam se a TV, da forma como a conhecemos, continuará evoluindo. A resposta é não, pois a forma de consumir conteúdo audiovisual está mudando radicalmente.

As empresas de TV e empresas de telecomunicação tentarão se tornar os hubs que definem o mercado para a compra e venda de programação via suas plataformas over-the-top (OTT), trabalhando duro para integrar programação de TV a produções originais e exclusivas por OTT, para uma audiência multiplataforma.

Para as marcas executarem suas estratégias de publicidade ao longo de 2019, precisarão ser flexíveis e abertas a mudanças. Isso significa diversificar os seus gastos com publicidade entre o cenário tradicional de TV e OTT, investindo em tecnologia para ativar e dar valor aos dados de sua audiência. Ao mesmo tempo, precisam se adaptar aos processos atuais, obedecendo às leis de privacidade de dados específicas de sua região e país.

Do lado da oferta, os provedores de OTT e outros participantes — como MVPDs virtuais e empresas de telecomunicações — buscarão expandir para novos mercados globais. Como desafio, porém, terão que ser criativos e encontrar maneiras de aumentar o valor dos seus conteúdos.

Estamos diante de um momento em que os editores de todos os tipos de mídia devem reavaliar seus investimentos em tecnologia para garantir que essas parcerias lhes permitam aproveitar efetivamente os dados e aumentar o valor de seus inventários.

Para emissoras de TV e redes de cabo, o uso de dados e tecnologia de gerenciamento de audiência não será mais reservado a orçamentos de inovação. Ele se tornará uma parte indispensável de seu core business gerando maior valor não apenas para seus anunciantes, mas também para a distribuição do seu conteúdo.

Em 2019, existe uma sinalização no cenário global de que a receita via OTT, suportada por anúncios, irá ultrapassar a receita por assinatura e se tornará o modelo de monetização padrão do meio. Enquanto a Netflix captura a maioria das receitas OTT baseada em assinatura, o surgimento de diversos players de conteúdo fomentados por publicidade irá disponibilizar um conteúdo gratuito também de qualidade, o que poderá atrair um público que não está disposto a assinar serviços, que mesclam as duas estratégias de monetização, vide o que está se passando nos serviços de TV por assinatura.

Mais de 75% dos assinantes de TV a cabo nos EUA já usam um serviço de streaming de TV e 30% dizem que encerrariam assinatura a cabo se o streaming transmitisse esportes, eventos e notícias. Neste ano, é quase certo que o Amazon Prime Video lançará uma oferta apoiada em anúncios.

Outra grande mudança na indústria publicitária será a disponibilidade do 5G e, principalmente, o ecossistema de serviços criado em torno dele. A proliferação e a acessibilidade de vídeo foram possíveis graças ao 4G, e acredito que veremos um efeito similar quando o 5G aparecer em novos serviços que nascerão em torno de dados indo e vindo muito mais rápido. Mesmo com essa tendência demorando um pouco mais para chegar ao Brasil e se tornar realidade, é sempre importante entender os efeitos dessa mudança.

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