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Opinião

Por que agências de publicidade estão se integrando às relações públicas?

Com o encolhimento do jornalismo tradicional e a rápida ascensão de canais digitais de comunicação, seguidos de uma forte demanda por presença digital para marcas e pessoas, as formas de apresentar uma empresa ou marca não podem mais se restringir, na área de PR


31 de agosto de 2022 - 6h00

(Créditos: Shutterstock)

Representar marcas para seus diferentes públicos em múltiplos canais não é tarefa fácil. Ter uma empresa ou marca ominichannel é emergente e tem suas vantagens, mas é trabalhoso e envolve riscos. Sustentar a presença em multicanais amplia potencialmente a oferta de um produto e a lembrança da marca para o consumidor, mas também aumenta os pontos de contato com as interfaces, o volume de respostas imediatas e cria mais cenários de exposição pública para as marcas. Isso é mesmo excelente – se bem administrado.

Uma estratégia de comunicação brilhante, apoiada por uma bela campanha, pode ter um ótimo efeito no território controlado e dirigido do broadcast. Com empresas e marcas sendo construídas e moldadas o tempo todo pela internet, não basta seguir os melhores indicadores de business intelligence para o negócio ou dirigir-se à persona perfeita com a mensagem correta. É preciso ter o tempo todo a percepção pública exata sobre o impacto criado e buscar sempre a validação de órgãos respeitados e credenciados sobre as ações de uma marca.

Invenção, criatividade e imaginação, ingredientes capazes de mexer com o desejo sobre um produto, precisam caminhar lado a lado com comprovação social, reconhecimento público, posicionamento institucional correto, responsabilidade e gentileza na relação com clientes.
Nesse contexto, o PR tornou-se um pilar importante para marcas, em suas estratégias de comunicação e branding, estando hoje totalmente vinculado aos propósitos e objetivos das empresas. Por esse motivo, essa área passou a integrar cada vez mais as áreas de competências das agências de comunicação, marketing e publicidade. A área das Relações Públicas surge como um dos alicerces numa estratégia de comunicação 360. E os departamentos de marketing das empresas e marcas mais atentas estão cientes disso e, muitas vezes, esperando que propostas disruptivas de comunicação partam das práticas do PR.

Além disso, no cenário contemporâneo de comunicação digital, passaram a se aclimatar adequadamente debaixo do guarda-chuva da área de PR uma série de novas funções, a exemplo de marketing de influência, presença digital, produção de conteúdos para novas plataformas (de YouTube a podcasts, passando por redes sociais e blogs), recursos interativos, entre outras novas formas de comunicação, que incorporam elementos da internet, do entretenimento e do audiovisual. Isso sem abrir mão das práticas validadas da boa e já conhecida assessoria de imprensa, que há muito tem sido responsável por tornar marcas, empresas, pessoas e instituições mais conhecidas em suas áreas de interesse e por parte de seu público-alvo, por meio dos diversos canais de mídia. Dessa herança, restaram à área de PR excelentes recursos, como a boa redação e a colaboração para um jornalismo de qualidade, a importante operação de gestão de crise e proteção de marcas, o treinamento de porta-vozes e outras variadas funções, em um trabalho sério e de relevância.

Com o encolhimento do jornalismo tradicional e a rápida ascensão de canais digitais de comunicação, seguidos de uma forte demanda por presença digital para marcas e pessoas, as formas de apresentar uma empresa ou marca não podem mais se restringir, na área de PR, apenas à produção de press releases, muito embora a elaboração de boas pautas continue sendo muito importante. As Relações Públicas têm o propósito de representar, seja marcas ou empresas, pessoas, institutos etc., da melhor forma para seus públicos de interesse, em qualquer contexto e canal. Isso exige desde a criação de planos gerais de ação bem estruturados, formação de “key messages”, discursos e outras formas de apresentação até a execução de práticas rotineiras de ativação do cliente representado, que passam por relacionamentos, eventos (especialmente digitais, hoje em dia) e outras formas de aproximação com pessoas de interesse, seja presencialmente ou digitalmente.

Embora não esteja vinculada diretamente à promoção de vendas para um produto ou marca, as Relações Públicas não devem ser desconsideradas para o propósito de geração de leads, abertura de mercado e formação de público consumidor – especialmente, quando estamos tratando de produtos digitais ou empresas com e-commerce, por exemplo. Associada às melhores práticas de análise de dados, aplicação de técnicas de marketing de conteúdo e iniciativas na área de branded content mediadas por uma agência de RP, uma marca ou produto podem ir direto ao ponto e acertar no alvo o seu objetivo de ganhos, com todo o amparo da responsabilidade e transparência que é inerente ao trabalho de PR.

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