Opinião

Quem entende de varejo, entende que IA é estratégia, não moda

A tecnologia automatiza o operacional, leva o lojista a pensar grande e transforma a experiência do cliente

Caito Maia

Fundador da Chilli Beans 22 de agosto de 2025 - 14h00

O varejo, mais do que nunca, é sobre pessoas. Por trás de cada venda tem um consumidor cada vez mais ligado, exigente e em busca de experiências mais simples, personalizadas e inesquecíveis. E é aí que a inteligência artificial entra com tudo.

Antes, tecnologia era sinônimo de automação. Hoje, a IA virou peça estratégica. Ela entende o comportamento do cliente, antecipa o que ele quer e ajuda o lojista a tomar decisões mais rápidas e certeiras. 

E tem um conceito aqui que faz todo sentido: olhar de dono, que valoriza quem tá ali na linha de frente, que abre a loja cedo, cuida da galera, do estoque, do caixa… e que muitas vezes não tem tempo de pensar no estratégico. A IA vem pra isso: automatizar o que é operacional e liberar o empreendedor para fazer o que só ele pode,  pensar grande, agir como dono. 

A personalização já deixou de ser tendência. Virou obrigação. Com IA, dá pra cruzar histórico, preferências e comportamento e recomendar o produto certo, no canal certo, na hora certa. Resultado? Mais conversão e uma experiência de compra muito mais fluida. 

Na loja física, a IA também tá jogando junto. Imagina o vendedor com informação na mão para sugerir tamanho, cor, modelo ou promoção, com base no histórico do cliente. Isso é relacionamento de verdade, é venda com propósito.

No atendimento, a coisa também evoluiu. Chatbots que funcionam de verdade, respostas rápidas, menos retrabalho. O consumidor é bem atendido e o varejista economiza tempo e dinheiro. 

Estoque? Esquece chute. Agora tem algoritmo analisando tudo: venda, sazonalidade, comportamento. Evita desperdício, evita faltar produto. Margem no final do mês agradece.

E o principal: a IA ajuda o lojista a olhar pro futuro. Identificar padrão, prever comportamento, mudar rota se precisar. Isso é competitividade. É inteligência a favor do negócio.

Aqui no Brasil, onde o varejo tem suas particularidades e desafios, usar tecnologia com inteligência faz toda a diferença – tira o peso da burocracia e coloca o lojista no controle do que importa. 

Porque no final das contas, o cliente não quer só comprar. Ele quer se conectar. E para isso acontecer, o lojista precisa de tempo e visão. 

A IA tá aí pra dar essa força. Quem usar tecnologia com olhar de dono, vai sair na frente e ficar na frente.