10 motivos para aplicar IA ao marketing digital
Daniel Levy, da Road, aborda o impacto da IA na mídia, para CMOs, criatividade e para a publicidade online
10 motivos para aplicar IA ao marketing digital
BuscarDaniel Levy, da Road, aborda o impacto da IA na mídia, para CMOs, criatividade e para a publicidade online
Sergio Damasceno Silva
21 de março de 2024 - 6h03
Os 10 motivos para se aplicar IA no marketing digital: com base em pesquisa, a Road elaborou a lista.
Assim, o Growth Report de 2023, da Twilio Segment, que é um estudo realizado com 2.450 líderes empresariais, mostrou que o Brasil é líder na adoção de inteligência artificial (IA) na América Latina.
E que 98% das empresas experimentam a tecnologia em canais de marketing.
O fundador e CEO da Road, Daniel Levy, destaca 10 motivos para se aplicar IA no marketing digital.
Dessa forma, o executivo concedeu a entrevista a seguir na qual aborda o impacto da IA na mídia, para CMOs, criatividade e para a publicidade online
ProXXIma – Além dos impactos da IA sobre o marketing digital, quais são os impactos na mídia programática?
Daniel Levy – A IA aumenta a assertividade e o potencial preditivo na mídia programática, aprimora a tomada de decisões em campanhas, permite interpretação mais eficiente de dados e melhora para anunciantes pela otimização de custos e segmentação.
Portanto, a automação e assertividade nas negociações de espaços publicitários em tempo real são potencializadas pela programática graças à IA.
Assim, o uso da ferramenta libera profissionais de marketing para focarem em tarefas estratégicas como planejamento e criatividade e gerando eficiência e redução de custos operacionais.
ProXXIma – Para acompanhar esses impactos, quais são as estratégias que os CMOs devem adotar? Como se mantêm alinhados a essas mudanças?
Levy – Há muito se fala sobre personalização de conteúdo multicanais e estratégias omnichanel e agora, mais do que nunca, existe a oportunidade de acelerar os testes de campanhas e o retorno de dados da audiência.
Em segundos, podemos criar dezenas de criativos para validar uma tese de comunicação.
De fato, é contexto propício para otimizar a gestão do orçamento, usando a verba de forma mais eficiente e tendo mais clareza do que funciona e o que pode ser evitado.
Além disso, terão novo momento onde poderão automatizar processos e leitura de dados usando a IA para insights e sugestões do que apenas criar com base no histórico de resultados.
Ainda, outra oportunidade é se concentrar não só em ações que buscam trazer resultado.
E sim potencializar a criatividade em que conceitos e campanhas podem ser criados para atingir o posicionamento de marca que buscam alcançar.
No SXSW, CMOS da Pfizer Delta etc. disseram que estão estimulando o time a exercitar o uso das ferramentas de IA disponíveis.
Portanto, o time precisa se acostumar a colocar isso nos seus hábitos e, para isso, estão estimulando uma parte da carga horária para se dedicarem a essa adaptação.
ProXXIma – Para a publicidade digital, assim como para o marketing, a IA já tem causado alguns impactos. Como ver isso como oportunidade, e não como ameaça?
Levy – A IA é uma extensão da nossa capacidade que ajudará a acelerar muito o operacional e estimulará ainda mais o lado criativo.
Temos a verdadeira oportunidade de concentrar na parte humana de criar.
Assim, usar a IA para realizar tarefas repetitivas possibilita executar mais testes, nos abastece de dados mais claros e libera o nosso tempo para nos concentrarmos em questões mais amplas e humanas.
É um momento oportuno para ter mais insights e respostas, para liberar mais tempo da equipe e não para substituí-la.
O humano se torna um curador do andamento da estratégia e das criações.
ProXXIma – No MWC e no SXSW, muito se falou da conexão humana em oposição ao mundo movido por IA e por machine learning. Mas é o homem, criativo, que ainda faz a “curadoria”. Como manter essa conexão humana, ou humanizar a tecnologia e, simultaneamente, manter o controle da criatividade?
Levy – A IA é uma extensão que amplia as capacidades humanas, por enquanto, e não as substitui.
Assim, devemos aproveitar a IA para realizar tarefas operacionais como análise de dados e liberar o ser humano para focar em tarefas criativas e planos estratégicos que a tecnologia não consegue ter a sensibilidade da realidade como uma pessoa.
Criar com empatia, intuição e pensamento crítico. Usarmos histórias e conteúdo que reflitam experiências humanas reais e promovam conexões emocionais, explorar a diversidade e o indivíduo.
Dessa forma, se colocarmos o humano no centro da IA, poderemos avançar com tecnologia mais humana, tendo o foco na necessidade das pessoas, nos desejos e experiências.
Isso significa criar interfaces intuitivas e experiências personalizadas que reverberem emocionalmente.
Além disso, tem um lado de transparência e ética: deixarmos claro sobre como estamos usando e coletando os dados dos usuários.
Assim, o conteúdo divulgado tem forma de legitimidade da informação, trazendo a fonte.
Contudo, sou pessimista de que consigamos atingir esse nível como sociedade, pois isso ajudaria e muito a resolver questões como as fake news.
Mas essas práticas fortaleceriam a confiança do usuário e assegurariam que tudo está sendo usado de maneira responsável.
O CEO da Road elenca dez motivos para aplicar IA no marketing digital:
1 – Análise de dados e insights do consumidor:
Utilização de algoritmos de IA para analisar grandes conjuntos de dados de consumidores, identificando padrões e tendências que podem informar estratégias de marketing mais eficazes.
2 – Segmentação de audiência:
Uso da IA para segmentar audiências com base em comportamentos, interesses e características demográficas específicas, permitindo campanhas de marketing mais direcionadas.
3 – Personalização de conteúdo:
Implementação de sistemas de IA para personalizar o conteúdo de sites, e-mails, anúncios e outras comunicações com base nos interesses e histórico de interações dos usuários.
4 – Assistência virtual e chatbots:
Integração de chatbots alimentados por IA em sites ou aplicativos para fornecer suporte ao cliente em tempo real, responder a perguntas frequentes e direcionar os usuários para recursos relevantes.
5 – Otimização de SEO:
Algoritmos de IA para analisar padrões de pesquisa, concorrência e comportamento do usuário, a fim de otimizar estratégias de SEO e aumentar a visibilidade do seu site nos resultados de pesquisa.
6 – Previsão de tendências e demanda:
Modelos de IA para prever tendências de mercado e demanda do consumidor, ajudando a ajustar a estratégia de marketing e o estoque de produtos de acordo com as necessidades futuras.
7 – Automação de campanhas de marketing:
Automatização de processos de marketing, como o envio de e-mails, publicação de mídia social e segmentação de anúncios, com algoritmos de IA que podem otimizar o tempo e os recursos necessários.
8 – Análise de sentimentos:
Técnicas de processamento de linguagem natural para analisar o sentimento dos clientes em relação à marca, produtos ou campanhas de marketing, permitindo uma resposta proativa a feedbacks positivos ou negativos.
9 – Recomendações de produtos personalizadas:
Sistemas de recomendação baseados em IA em site ou aplicativo, sugerindo produtos relevantes com base no histórico de compras, preferências do cliente e comportamento de navegação.
10 – Monitoramento de mídia social:
Ferramentas de IA para monitorar menções à marca nas mídias sociais, identificar tendências emergentes e gerenciar a reputação online de sua empresa por meio de análises avançadas de sentimentos e engajamento.
Compartilhe
Veja também
IBM e expectativas para 2025: sustentabilidade, segurança e automação
Com IA como carro-chefe, executivos da empresa de tecnologia falam sobre as tendencias tecnológicas para o ano que vem
10 tendências de publicidade digital para 2025, segundo a US Media
Bruno Almeida, CEO da empresa, destaca temáticas como IA, programática e social commerce