6 macro forças tecnológicas que impactarão as organizações
Tendências fornecem estrutura para evolução contínua das empresas em direção a estratégias sustentáveis e inteligentes, segundo a Deloitte
6 macro forças tecnológicas que impactarão as organizações
BuscarTendências fornecem estrutura para evolução contínua das empresas em direção a estratégias sustentáveis e inteligentes, segundo a Deloitte
Victória Navarro
24 de novembro de 2023 - 11h34
Experiências imersivas, inteligência artificial, automação de processos no multinuvem, modelos híbridos e remotos de trabalho, ecossistemas e arquiteturas descentralizadas e aprimoramento de tecnologias modernas prometem tornar as operações mais ágeis. O estudo Tech Trends 2023, realizado pela Deloitte, oferece insights e inspirações para a jornada digital de líderes de negócios.
As macro forças tecnológicas, juntas, são capazes de fornecer ima estrutura para a evolução contínua das empresas em direção a estratégias de simplicidade, inteligência e abundância. Cada tendência oferece oportunidade para as organizações aprenderem e transformarem seus negócios e missões.
Conheça as tendências que prometem impactar as empresas:
Ao longo dos anos, as telas reduziram de tamanho. Entretanto, especialistas em tecnologia reconhecem que a internet não pode ter sua complexidade reduzida, ainda mais em tempos de experiências imersivas como o metaverso.
“Quando o mercado tomou conhecimento que eventos de jogos atraiam centenas de milhares de pessoas e que em um destes eventos, por exemplo, 82% dos participantes realizaram uma compra física ou virtual, rapidamente passou a experimentar o metaverso. Primeiramente, como uma iniciativa para reforçar a marca, simplesmente por estar presente. Logo em seguida, buscando novas formas de crescimento e geração de valor”, diz Rodrigo Moreira de Oliveira, sócio de technology strategy and transformation da Deloitte.
Enquanto ferramentas de inteligência artificial crescem, poucas empresas percebem o ganho por trás do algoritmo. Muitas organizações julgam a IA como crítica para o seu sucesso. Porém, há algumas preocupações sobre transparência e ética que ainda não permitem que as empresas extraiam o máximo potencial dessa tecnologia.
A inteligência artificial está presente, globalmente, em mais de 40% das organizações. Levando em consideração pilares relacionados a essa tecnologia como implementação, inovação e investimento, o Brasil está em 39º lugar. No ranking entre os países que contam como uma maior de disponibilidade de profissionais especializados no tema, o Brasil está em 31º lugar. Os dados são de estudo da Tortoise Media, que analisou 140 indicadores em 62 países.
“A transparência que as empresas buscam é sobre como os modelos podem justificar claramente suas decisões, qual a finalidade e o uso dos dados que estão sendo coletados e qual a acurácia das decisões. Passamos os últimos dez anos tentando fazer com que as máquinas nos entendessem melhor. Agora, parece que os próximos dez anos serão sobre inovações que nos ajudarão a entender melhor as máquinas”, explica Moreira.
Cerca de 85% das empresas estão utilizando dois provedores de nuvem ou mais, afirma Moreira. Ou seja, a multinuvem é uma realidade e ao mesmo tempo uma dor para as organizações, à medida que traz complexidade de gestão. De acordo com a pesquisa da Deloitte, serviços de cloud promovem acesso às ferramentas e técnicas exclusivas para reduzir a complexidade da automação de processos.
O metacloud envolve a criação de uma nuvem privada em cima de uma infraestrutura de nuvem pública. Permite melhorar a segurança, já que conta com uma camada de abstração sobre os provedores; reduzir custos, ao eliminar serviços desnecessários; e possibilita que as organizações centralizarem não só a gestão e tomada de decisão como ofereçam autosserviço aos usuários.
Nos últimos anos, a forma de trabalho mudou. Exige-se mais flexibilidade e habilidade. A pesquisa Global Tech Leadership Survey 2023, realizada pela Deloitte, mostra que 85% das organizações de tecnologia da informação (TI) permanecerão em um modelo híbrido ou totalmente remoto de atuação. Ao mesmo tempo que a transformação digital ocorre a passos largos e os profissionais de tecnologia têm se tornado escassos, as empresas têm buscado por profissionais inclusive globalmente.
Além disso, as companhias têm flexibilizado contratos de trabalho, pacotes de remuneração, realizado treinamentos em novas competências (reskilling), aperfeiçoado as competências atuais (upskilling), realizado job rotation e bootcamps para seleção e treinamento de profissionais. Tudo com o objetivo de atração e retenção de talentos.
Entretanto, o desafio está “justamente em não existir fórmula única. O círculo se fecha quando a tecnologia é a ferramenta para alavancar a força de trabalho, com o uso da automação, IA, chatbots e inovação de modo geral”, explica o sócio de technology strategy and transformation da Deloitte.
As organizações preocupam-se, cada vez mais, com seus relacionamentos no ecossistema. Empresas envolvidas em escândalos chegaram a perder de 20% a 56% de seu valor de marcado, diz Moreira. O blockchain tem sido utilizado para garantir uma maior confiança digital.
“Uma grife de luxo está utilizando blockchain para garantir a autenticidade de seus produtos, em todos os processos de sua cadeia. O governo japonês está utilizando essa tecnologia para realizar o rastreamento da força de trabalho empregada na colheita e produção do cacau importado, garantindo, assim, que não há mão-de-obra infantil empregada no processo”, exemplifica o executivo.
As companhias não buscam apenas substituir sistemas, mas também os aprimorar. “Até hoje, nos deparamos com tecnologias que ao mesmo tempo são tidas como obsoletas, mas, indispensáveis”, diz.
O sócio de technology strategy and transformation da Deloitte dá como exemplo os mainframes, computadores de alto desempenho normalmente usados no processamento de dados em larga escala. O estudo Hello Mainframe, Our Old Friend 2021, da Deloitte, mostra que, mesmo com a dificuldade na contratação de talentos, 90% dos executivos de TI têm a expectativa de aumentar o uso do mainframe em suas operações.
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