Futebol e demais esportes usam IA e machine learning como facilitadoras
Desde o futebol até os jogos olímpicos, tecnologia auxilia profissionais a tomarem decisões mais assertivas em processos variados
Futebol e demais esportes usam IA e machine learning como facilitadoras
BuscarDesde o futebol até os jogos olímpicos, tecnologia auxilia profissionais a tomarem decisões mais assertivas em processos variados
Valeria Contado
10 de outubro de 2024 - 6h03
O futebol e demais esportes têm usado inteligência artificial (IA) e machine learning como facilitadoras
A tecnologia foi aprimorada dentro e fora das arenas, seja para medir o desempenho desses atletas, por meio de dados, ou aprimorar questões de arbitragem; ou fora das competições, em que as emissoras responsáveis (Globo e CazéTV) puderam usar a tecnologia como parte de sua cobertura.
Com isso, a Globo foi capaz de transformar fotos e vídeos de Paris em projeções 3D no estúdio da emissora no Rio de Janeiro.
Já a CazéTV utilizou modelos do ChatGPT, da OpenAI, com informações oficiais sobre os Jogos Olímpicos.
No entanto, essa tecnologia não é direcionada apenas a grandes eventos – como os jogos que acontecem de quatro em quatro anos – mas também são recursos utilizados no dia a dia
A Sociedade Esportiva Palmeiras, por exemplo, trata a tecnologia como recurso que pode melhorar o atendimento aos torcedores, análise e clusterização de dados comportamentais do torcedor.
“A IA está presente como facilitadora de trabalho em escala. Uma machine learning bem estruturada, treinada, ajuda demais no mundo do esporte, muito por conta do dinamismo que o próprio futebol requer”, afirma Camila Nóbrega, coordenadora de marketing e inovação do clube.
Assim como em outras áreas, a tecnologia pode ser grande aliada dos esportes para o desenvolvimento de insights para o desenvolvimento de experiências.
Exemplo disso é o que já acontece na National Basketball Association (NBA), que apresenta solução de IA focada no entretenimento com base em dados coletados.
Esse recurso ajudará a liga a personalizar a forma como apresenta o conteúdo para cada expectador. Henrique Borges, CEO da Somos Young, afirma que todos os esportes caminham para desenvolver projetos baseados em IA.
“Uma IA generativa aprende padrões de comportamento a partir de uma base de dados existentes. A partir daí, escala o resultado para eficiência e exatidão impossível de se alcançar com a capacidade humana”, diz.
No entanto, mesmo com a previsibilidade sendo um fator importante e facilitador para a digitalização dos esportes e aprimoramento dessa tecnologia, Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma, atenta para o fato de que o aspecto humano deve ser considerado em todo o processo e que o comportamento e contradição fazem parte do desenvolvimento.
“Não podemos desconsiderar o aspecto humano nessas análises: em determinado momento, por exemplo, um ser humano pode apresentar condições atípicas de humor, de variação metabólica e comportamentos emocionais que fogem do mapeamento preditivo feito por uma ferramenta”, diz.
Além do planejamento estratégico para as ações de comunicação e marketing, a tecnologia pode entrar em campo e auxiliar em diversos aspectos técnicos.
Um deles é no aspecto tático para capturar insights sobre os times, entender como as equipes adversárias se posicionam e suas estratégias, por meio da coleta de dados com o uso de dispositivos wearables.
“A IA tem diferentes aplicações no esporte. Desde o treinamento de atletas até o gerenciamento de saúde, análise de jogo e criação de estratégias”, avalia Vitor Roma, CEO da Keeggo.
Para Roma há, ainda, a possibilidade de aprimorar questões de arbitragem, na velocidade e qualidade das tomadas de decisões, e de captura de talentos.
O Palmeiras, por exemplo, atua com planejamento baseado em neurociência por meio de capacetes com eletrodos.
Essa ferramenta é capaz de ampliar as correntes no cérebro com o objetivo de estimular e potencializar a recuperação física.
Para Bruno Maia, da Feel The Match, há diversas formas de encarar a tecnologia nos gramados.
“Existem novas formas para pensar as informações que existem e poder avançar. Fato é que se o uso é bom ou ruim, depende de interferência humana sobre a IA e as projeções para o futuro na área de esportes podem ser muitas”, afirma Maia.
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