NFTs: como usar em bancos, para direitos autorais e de propriedades

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NFTs: como usar em bancos, para direitos autorais e de propriedades

Do possível fim dos cartórios a recriação de problemas e soluções, o metaverso pode ser a internet do futuro ainda em 2023?

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5 de janeiro de 2023 - 6h03

As vantagens de usar dessa tecnologia na validação é a descentralização do acesso, consulta e geração desse códigos de barras (Crédito: Shuttestock)

Há quase um ano, as redes sociais foram inundadas por versões do token não fungível (NFT) comprado pelo camisa 10 da seleção brasileira, Neymar Jr. O macaco rosa em fundo laranja é o mais famoso das três peças adquiridas pelo jogador que fazem parte da coleção Bored Ape Yancht Club no valor de R$ 6,48 milhões. Todavia, com o passar do tempo, o mercado de criptoativos expandiu os horizontes na integração dos NFTs em produtos que vão além do mundo artístico.

Para a CEO da Evlos, empresa de soluções financeiras voltadas à digitalização, Sarah Almachar, os NFTs são códigos individuais que facilitam e democratizam a rastreabilidade de qualquer tipo de produto. “Os NFTs nada mais são que tokens rastreáveis, ou seja, uma espécie de RG ou código de barras gigante e único que pode ter seu criador encontrado”, comenta. As três peças compradas por Neymar, por exemplo, são registrados como #5269, #6633 e #10953.

As tecnologias atuais ligadas à internet proporcionam múltiplas possibilidades. No decorrer do ano passado, foram testados diferentes caminhos para o metaverso, os NFTs e os códigos em blockchain. “O metaverso é a internet do futuro que está sendo testada pelas grandes e pequenas empresas”, diz Sarah.

O que fazer com NFT?

As possibilidades do uso dos tokens não fungíveis no mercado financeiro perpassam, sobretudo, a verificação da legalidade de acordos. Por exemplo, a integração entre direito creditório – que são valores que pessoas físicas ou jurídicas têm para receber provenientes de cheques, parcelas de cartão e contratos, dentre outros – associados aos tokens rastreáveis. Com a implementação dos códigos rastreáveis, as instituições financeiras poderão gerenciar de modo ainda mais preciso os passos e caminhos da rede de crédito.

Segundo Sarah, a partir dessa lógica de rastreabilidade, os NFTs podem ser usados também em direitos autorais e de propriedade, no geral. Na seguinte hipótese, se o artista A vende o direito vitalício de ouvir a canção B ao comprador C, um diretor de cinema que almeje colocar a música na trilha sonora do filme terá que alugar esse produto do comprador C para que as pessoas possam ter o ‘direito’ de ouvir.

As vantagens de usar essa tecnologia na validação é a descentralização do acesso, consulta e geração desse códigos de barras. Os tokens não fungíveis funcionam, em alguma medida, como procurações de cartório na medida que garantem a confiança e a legitimidade das transações financeiras. “O NFT gera o registro do contrato por um código numérico que pode ser consultado por qualquer pessoa que tenha acesso à internet e pelo blockchain”, afirma a executiva. Entretanto, Sarah ressalta que é preciso tomar cuidado com as medidas de segurança que as redes de validação e NFT fazem uso. “Assim como no balcão do cartório qualquer um pode chegar e pedir alguma coisa, na internet, corre também esse risco”, complementa.

O que fazer no metaverso?

Este ano, por enquanto, existem algumas possibilidades de produzir informações pela internet. Usualmente, é possível consumir produtos através de códigos escritos (letras, símbolos e números), códigos imagéticos (fotos e ilustrações) e códigos em audiovisual, como filmes e músicas. A partir da implementação do metaverso as experiências sensoriais exploram a camada tridimensional dos sentidos na qual será possível recriar o mundo real.

Ao menos, essa foi a promessa que a Meta fez ao anunciar a inovação no ano passado. Sarah avalia que o metaverso tem o potencial para elevar o modo de consumo porque nesse universo paralelo haverá a possibilidade de recriar problemas, soluções e produtos que serão consumidos de forma multissensorial.

Entretanto, nada é mágico ou repentino. “É extremamente trabalhoso produzir um ambiente no metaverso que requer muita capacidade de processamento, horas de tecnologia e pessoas trabalhando nisso”, diz. A Evlos oferece em seu catálogo de serviços financeiros a elaboração de ambientes virtuais limitados que sejam capazes de gerar experiências para amplificar os serviços de entidades financeiras.

Em suma, a CEO da Evlos ressalta que é preciso entender todas as possibilidades não só das tecnologias e dos sistemas que se popularizam cotidianamente, mas, sobretudo, sobre como usar as ferramentas com exclusividade de forma integrada às expectativas de negócio da empresa.

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