O impacto das estratégias de engajamento nas redes sociais nos resultados de negócios

12 de março de 2025 - 11h09

A terça-feira no SXSW foi marcada por uma imersão profunda no impacto da creator economy e no papel das redes sociais na construção de marcas e conexões reais com o público. O grande desafio das empresas hoje é compreender que não existe uma fórmula exata para o sucesso. Uma estratégia planejada com base em dados e pesquisas pode ser tão eficaz quanto um meme de um gato dormindo que viraliza espontaneamente. A diferença está na autenticidade e na capacidade de experimentação genuína por parte das marcas.

Billy Jones, VP de Brand Experience & Design da HootSuite, trouxe provocações essenciais sobre como as empresas devem encarar a presença nas redes sociais. Ele destacou que ir além das tendências momentâneas é fundamental para um impacto real nos negócios. A inteligência social se tornou uma ferramenta essencial para monitorar não apenas o que está em alta, mas também para compreender nichos e subculturas que podem ser cruciais na formação de comunidades leais.

O case da Champion ilustrou bem esse ponto: ao se conectar com a comunidade de dança no TikTok, a marca conseguiu impulsionar não apenas o engajamento, mas também a inovação em seus produtos. Do outro lado, a Starbucks soube usar a análise de tendências macro para ajustar seu portfólio e conquistar recordes de vendas. A chave, segundo Jones, é criar mecanismos de identificação precoce de mudanças culturais e econômicas, ao invés de apenas reagir quando as vendas já começaram a cair.

A discussão também tocou no papel dos influenciadores e creators, que hoje dominam o conteúdo das marcas. Apesar do amplo alcance que oferecem, o desafio é garantir que essa audiência esteja realmente interessada nos produtos e serviços promovidos. O quanto os movimentos sociais, políticos e econômicos afetam essa estratégia? A reatividade do público e a volatilidade das plataformas exigem um olhar muito mais sofisticado do que simplesmente contratar alguém com muitos seguidores.

Outro ponto relevante mencionado foi o impacto da inteligência artificial na criação de conteúdo e na relação entre marcas e consumidores. A IA pode ajudar a decodificar tendências, segmentar públicos e refinar estratégias, mas ainda é a combinação entre dados e criatividade humana que define o sucesso.

Empresas que integram inteligência artificial à escuta social e à compreensão das mudanças culturais conseguem se posicionar à frente, evitando surpresas e capturando oportunidades antes da concorrência.

O SXSW segue trazendo reflexões valiosas sobre como as marcas devem navegar nesse ecossistema digital imprevisível. Mais do que entender quem é o público, a verdadeira pergunta é: o que ele realmente quer consumir? A resposta para essa questão é o que separa conteúdos comuns de estratégias verdadeiramente potentes.