Criar um legado positivo é a missão de Carolina Buzetto
Satisfação para a CEO e Cofundadora do WPP Media Services é investir em pessoas e vê-las crescendo
Criar um legado positivo é a missão de Carolina Buzetto
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Amanda Schnaider
21 de agosto de 2023 - 9h34
Ao observar a trajetória profissional de Carolina Buzetto, que possui mais de 20 anos de experiência, é surpreendente pensar que a CEO e cofundadora do WPP Media Services, um dia, pensou em ser médica. Mas foi a Publicidade e Propaganda que acabou conquistando o seu coração, mais especificamente a área de mídia. Ela começou sua carreira como estagiária na Agnelo Pacheco. “Na mídia, entrei na área de pesquisa, que era muito mais analítica, de insights, estratégia, que fazia muito a ponte entre o plano estratégico e o departamento de mídia”, relembra.
Ainda em pesquisa da mídia, Carolina trabalhou na Leo Burnett, Lowe e F/Nazca S&S. Mas, foi na WMcCann, que saltou direto da área de pesquisa de mídia para o posto de diretora de um grupo de contas da agência. “Eu era boa de estratégia, de conexões, mas não era boa de operação. Fiz o caminho contrário. Como diretora, fui aprender toda a base da operação”. Depois de ter passado por diferentes agências criativas e ganhado experiência em cuidar de grandes contas, Carolina sentiu a necessidade de uma experiência imersiva na área digital. Foi nesse momento que seguiu para a Isobar. “Ali, preenchi a última lacuna que precisava. Já tinha bebido de criatividade, de estratégia, mas precisava dessa experiência imersiva em digital”, reforça.
Em 2018, ela deixou a Isobar para entrar no grupo WPP. Dois anos depois, ajudou a fundar a WPP Media Services, empresa criada para centralizar a inteligência de mídia das operações da holding no Brasil. Atualmente, Carolina responde como CEO da companhia, liderando uma equipe com mais de 500 funcionários, ao lado de outra mulher, a CFO Katherine Matsumura.
Meio & Mensagem – O que motivou a criação da WPP Media Services?
Carolina Buzetto – Na verdade, quando vim para o WPP, o grupo já estava começando a fazer alguns movimentos diferentes. Vim para liderar uma operação da Unilever, que era uma centralização de mídia das nossas agências. Tinha, na época, JWT, Fbiz e Ogilvy, que trabalhavam para a Unilever com mídia e criatividade, mas criamos um núcleo central de mídia para poder ter troca de dados, que trabalhava com as agências criativas. Não sabíamos, na época, que isso poderia ser uma semente, mas foi, de certa forma, uma semente do que o WMS é hoje. Quando você olha o mercado de mídia, principalmente, isso reflete em outras disciplinas. Ele mudou muito nos últimos anos. Antigamente, um plano de mídia não tinha tantas fragmentações. Era TV, OOH, print ou, no máximo, banner na internet. Quando esse ecossistema era mais simples, super funcionava uma área de mídia estar embaixo de uma agência criativa, de um CEO criativo. Porque ele não precisava entender tecnicamente, o que ele entendia era o suficiente para tomar decisões tanto de estratégia quanto do staff de mídia. Só que, a mídia foi se fragmentando e hoje não consigo nem contar quantos veículos de mídia ou formas de compra de mídia têm disponíveis. Com essa fragmentação, é difícil para as agências, que têm uma área de mídia interna, conseguirem fazer essa gestão de talentos e ter senioridade em todas essas disciplinas. Como é que você mantém esse time todo atualizado com as frequentes mudanças que acontecem? Foi isso que o WMS criou.
M&M – Desde o início de sua carreira, quais trabalhos mais te orgulharam?
Carolina – Sou muito crítica comigo mesma. O que me motiva estar onde estou são as pessoas. Realmente acredito que conseguimos criar um legado positivo e influenciar positivamente as pessoas que trabalham conosco. Se escuta muito no nosso mercado que a nossa indústria é um moedor de carne. Toda vez que escuto essa frase, pergunto: quem é o mercado? Todos nós somos o mercado, independente se você é uma assistente ou um CEO, o pedacinho que você faz ali contribui para esse mercado. O que tenho feito ao longo da minha carreira em todos os grupos que administro e, hoje, no WMS, é muito isso, essa balança entre pessoas e negócios. Como é que fazemos que seja bom para os dois lados? Porque onde a balança está certinha é que o resultado vai ser melhor, com certeza, para todas as partes envolvidas.
M&M – Que planos você tem para a sua vida profissional e pessoal?
Carolina – Essa pergunta é difícil. Profissionalmente, quero viver esses próximos anos de transformação que o nosso mercado está passando e vai passar. São anos muito importantes de uma mudança da nossa indústria, principalmente quando se fala da área de mídia no Brasil. Estou muito ansiosa e trabalhando para posicionar o WMS nessa mudança. E, pessoalmente, é, cada vez mais, conseguir equilibrar a minha vida pessoal com a profissional. Tenho feito exercícios de me cobrar menos, porque mulher tem isso também. Sempre entregamos um pouco mais para as pessoas nos comparem no mesmo nível do outro. Estou fazendo um trabalho comigo mesma de equilibrar. Até porque isso também vai fazer bem para o meu próprio negócio. Quando vivemos só para o trabalho, você não oxigena, não conhece coisas. Então, para mim, isso é super importante. Tenho uma casa no meio do nada. Adoro ir para lá. Para mim é esporte entrar em contato com a natureza
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