Executivas e autoras: conheça livros de lideranças femininas

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Executivas e autoras: conheça livros de lideranças femininas

Ana Couto, Danielle Torres, Deborah Wright, Karla Felmanas e Rachel Maia são algumas das mulheres que escreveram obras autobiográficas e guias práticos


23 de abril de 2024 - 7h47

Desempenhar um bom papel de líder depende de uma série de fatores. Desde a experiência acumulada no mercado à bagagem pessoal, além da capacidade de gestão de pessoas e soft skills, a cadeira de comando requer não apenas habilidades profissionais, mas também uma compreensão abrangente de elementos como relacionamentos interpessoais, tecnologia, estrutura organizacional e finanças.

A gestão do tempo também é uma habilidade valiosa entre lideranças. Quando falamos de mulheres, o desafio é ainda maior diante de elementos como maternidade, carga mental e outras atividades geralmente acumuladas para elas. Algumas, no meio de tantas funções, ou após saírem delas, ainda encontram tempo para escrever seus próprios livros. Seja sobre suas trajetórias ou sobre conhecimentos técnicos, são obras que servem como ferramentas para lideranças de diferentes gêneros e perfis.

O Women to Watch compilou uma seleção de livros de lideranças femininas para inspirar carreiras e vidas. Confira a lista abaixo.

Ana Couto, “A” (R)evolução do Branding” (Ed. Gente)

Nome por trás de marcas como Cosan, iFood e Brastemp, a especialista de branding Ana Couto, CEO da agência com seu próprio nome, mostra no livro “A (R)evolução do Branding” como criar um branding forte e quando identificar o momento certo para um rebranding. A empresária, responsável por desmistificar o a prática no Brasil, fez com que as empresas entendessem que branding não é apenas um gasto de marketing e, sim, um alinhamento de marca, negócio e comunicação.

Na obra, Ana Couto destaca ainda a importância de incorporar a gestão de valor no cotidiano operacional das companhias, utilizando o “Valometry”, uma ferramenta desenvolvida por sua agência para gestão de valor, que promete visibilidade das ações e resultados. A executiva também propõe o aprendizado com exemplos reais, sejam eles de sucesso ou fracasso, utilizando casos globais e brasileiros como fontes valiosas de ensinamento.

Danielle Torres, “Sou Danielle” (Ed. Planeta)

Sócia da KPMG, Danielle é uma mulher trans e se afirmou como tal quando já ocupava um cargo de diretor na empresa em que trabalhava e está até hoje. Até então, ela era o “Torres”. Seu empregador não apenas apoiou institucionalmente as mudanças pelas quais a executiva passou como a convidou posteriormente para se tornar parte de seu quadro societário.

Como apenas 4% da população trans está empregada no mercado formal brasileiro e o cenário para essas pessoas no Brasil é o pior possível, visto que somos o país que mais mata essa população no mundo, Danielle, como um case, conta que seu sucesso profissional e o privilégio de ter nascido numa família de classe alta nunca a pouparam de humilhações na vida social e de um profundo sofrimento psíquico.

Para falar desta vivência, ela escreveu o livro “Sou Danielle”, onde revela agressões que sofreu na infância, relacionamentos afetivos equivocados da juventude, bulimia, ataques de pânico, desconforto com o corpo e os muitos anos de terapia na maturidade até se tornar a primeira executiva trans do Brasil.

Deborah Wright, “Senhora de Si” (Ed. Labrador)

Deborah Wright diz que já era ativista do empoderamento feminino antes mesmo de esse conceito existir. Durante muitos anos, foi a única mulher na mesa de reuniões, das quais muitas foram na cadeira de comando, pois esteve à frente de companhias como Kibon, Kraft Suchard Foods, Tintas Coral e Parmalat. 

Neste livro, ela conta sua trajetória profissional de maneira direta, leve e pessoal. Reflete sobre o erro, que, segundo ela, é o momento em que mais se aprende, pois o sucesso pode levar à acomodação e à complacência. Diz que a maior motivação na vida é nunca parar de aprender. Além dos aprendizados, o texto destaca ainda alguns vinhos que marcaram momentos importantes na sua carreira.

Edna Maria Honorato, “Simples Assim” (Ed. Primavera)

Ao longo de 304 páginas, a executiva, que faleceu em 2023, escreve sobre a infância simples na roça até as duas décadas em que atuou como diretora executiva, já que esteve presente no Consórcio Magalu, do grupo Magazine Luiza, desde seu surgimento, em 1992. “Três coisas que cada pessoa deve fazer durante sua vida: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Por isso, me sinto uma pessoa totalmente realizada, pois, a obra ‘Simples Assim’ foi a realização de um grande sonho”, disse.

Edna era ainda fundadora da clínica de tratamento ambulatorial para dependência química Amarja Recanto Janaina.

Fátima Pissarra, “Profissão Influencer” (Ed. HarperCollins Brasil)

A CEO da Mynd e especialista em marketing digital buscou, com o livro, trazer a fórmula secreta da influência ao analisar os maiores perfis de influenciadores do Brasil. A obra virou uma espécie de manual para os criadores de conteúdo em busca de dicas para transformar suas vidas e seus negócios e crescer como influenciador, uma das profissões mais desejadas e, ao mesmo tempo, romantizadas do momento. “Como transformar propósito em conteúdo de valor e ser visto por grandes players”, cita a sinopse do livro.

Karla Marques Felmanas, “Oi, Tchurma” (Ed. Companhia Editora Nacional)

Na autobiografia, a VP da Cimed compartilha sua experiência de vida com a “tchurma”, expressão que usa para chamar seus milhões de seguidores nas redes sociais. A obra fala ainda da importância de assumir a liderança não apenas da própria vida, como, também, dos negócios, de maneira inteligente e responsável. Karla aborda temas como realização pessoal, liderança feminina, família e maternidade, elementos que compõem sua carreira na farmacêutica e sua trajetória como influenciadora digital.

Magali Leite, “Mulheres no Conselho” (Ed. Leader)

Magali Leite, que tem passagens por empresas como Globo, Claro e Grupo Bandeirantes, é presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) e CEO da Espaçolaser.

No ano passado, a executiva brasiliense lançou seu novo livro “Mulheres no Conselho”, onde usou a experiência, ao lado de outras 32 executivas de sucesso que integram conselhos de administração de empresas, para falar sobre ser mulher no mundo corporativo, que, ainda hoje, é um ambiente majoritariamente dominado pelos homens, mas tem aberto, aos poucos, espaço para a diversidade.

Maria Silva Bastos Marques, “Vontade Inabalável” (Ed. Primeira Pessoa)

Maria Silvia Bastos Marques foi pioneira em muitas áreas pelas quais passou. Foi a primeira diretora e presidente do BNDES, secretária municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, presidente da siderúrgica CSN, da seguradora Icatu Seguros e do banco de investimentos Goldman Sachs.  

Nascida no interior do estado do Rio, única filha entre três irmãos, precisou vencer a resistência do pai à sua mania de inventar novos caminhos. Não queria que sua vida se resumisse a tocar piano, ser professora, casar e ter filhos, então sonhou grande e foi estudar na capital. Formada em administração, com mestrado e doutorado em economia, em determinado momento da vida disse estar preparada para enfrentar os desafios que teria pela frente. No livro “Vontade Inabalável”, Maria Silvia conta como sua forma de trabalhar evoluiu, trata da formação e motivação de equipes e fala abertamente de seus fracassos e vitórias.

Rachel Maia, “Meu Caminho Até a Cadeira Número 1” (Ed. Globo)

Conquistar um cargo executivo é algo distante para a maioria das pessoas. Quando se é mulher, negra e periférica, o feito é ainda mais distante. Caçula em uma família de sete irmãos, Rachel Maia estudou a vida toda em escola pública e dividia um quarto da casa com todas as irmãs. “Meu pai me ensinou que os estudos e a preparação são fundamentais. Minha mãe me mostrou que a coragem e a sensibilidade me levariam longe.”

Em “Meu Caminho Até a Cadeira Número 1″, a executiva, hoje presidente do conselho administrativo do Pacto Global da ONU, conta como construiu uma trajetória de sucesso em importantes empresas globais, como Tiffany & Co., Pandora e Lacoste. 

Renata Spallicci, “Admirável Mundo Louco” (Ed. Gente)

Apesar de situações estressantes serem comuns à nossa existência e ocorrerem diariamente de maneiras distintas em intensidade e frequência, é essencial estarmos atentos aos sinais de alerta que nosso corpo nos transmite, além de buscar ajuda profissional quando necessário, são caminhos para manter uma vida em equilíbrio em meio ao caos da modernidade.

Em “Admirável Mundo Louco”, a vice-presidente da Apsen e conselheira Renata Spallicci mostra, por meio de estudos e vivências, que é possível trabalhar na velocidade e com os desafios que os tempos modernos nos impõem, mas, para isso, é necessário cuidar da saúde da mente.

Tatiana Gracia, “Empatia, Humanização Além do Marketing” (Ed. UBK Publishing House)

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