O futuro do business de luxo: 5 tendências promissoras para 2024

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Opinião

O futuro do business de luxo: 5 tendências promissoras para 2024

Um balanço do que tenho ouvido, lido e estudado sobre as tendências mais promissoras, especialmente no segmento da beleza


26 de março de 2024 - 6h25

(Crédito: skyNext/Adobe Stock

Antecipar tendências e buscar captá-las é algo fundamental para qualquer negócio, de modo a manter a relevância e a competitividade das marcas. Passado o carnaval, enfim, o ano começou e, na coluna deste mês, vou trazer um balanço do que tenho ouvido, lido e estudado sobre as tendências mais promissoras para o business de luxo, especialmente no segmento da beleza, em 2024.

Fragrâncias de luxo: um mercado dinâmico global

A perfumaria é um mercado que segue em expansão. A receita da categoria de perfumes deve aumentar 15,7% em todo o mundo até 2028, chegando a um montante de US$ 67,4 bilhões. Os itens de luxo devem responder por cerca de 28% desse faturamento, segundo dados da consultoria Statista.

Claro que, para crescer, para além do marketing e de uma operação de venda eficiente, as marcas precisam investir em um portfólio forte de inovações, dos ingredientes ao frasco. Líder mundial em fragrâncias de luxo, o Grupo L’Oréal, por exemplo, tem investido fortemente em como acelerar a temática de sustentabilidade para a categoria. Destaque para os frascos refiláveis – algo impensável na perfumaria de luxo há poucos anos! -, como o do perfume Paradoxe, da Prada, bem como uma nova tecnologia que permite a extração do cheiro exato de um ingrediente, preservando sua integridade, sem utilizar água e com baixo gasto energético.

TikTok, de rede vizinha à rede que dita tendências

Surgida na pandemia como a rede das dancinhas, hoje o TikTok é um canal que vem se fortalecendo e ampliando representatividade dentro da estratégia digital de muitas marcas de luxo graças a sua linguagem descontraída, autêntica e que gera muita conexão com as pessoas. Já ouviu falar de tendências como “lip combo”, “clean girl aesthetics” ou “mobwife”? Pois bem, todas elas nasceram no TikTok e já contabilizam bilhões de visualizações na plataforma. Muito mais do que número de seguidores, o que importa para a plataforma é a qualidade do conteúdo.

No Brasil, vemos potencial para todas as categorias de beleza na plataforma, mas a de maquiagem lidera as conversas sobre beleza nas redes sociais, tanto em termos de visualizações quanto de engajamento.

Diversidade é essencial: luxo exclusivo, mas não excludente

O mercado de luxo há 10 anos era muito focado em ostentação, o que eu gosto de chamar de um luxo “blingbling”. Na contramão disso, veio à tona a tendência do “quiet luxury”, ou luxo silencioso. Isso vai ao encontro do desejo de consumidores que estão mais preocupados com questões como sustentabilidade, diversidade e acessibilidade do que com chamar a atenção para o seu poder de compra.

Eu já disse aqui em outra coluna que, cada vez mais, “o luxo deve ser exclusivo, mas não excludente”. Nesse sentido, as marcas precisam continuar buscando formas de não só facilitar esse acesso, mas de atender aos desejos dos mais diversos consumidores. No Brasil, 56% da população se autodeclara negra. Destes, 19% compõem as classes A/B. Ou seja, são os consumidores targets das marcas de luxo. Precisamos falar com essa população, criar produtos para ela, gerar conexão e identificação.

Tecnologia a favor da personalização e experiência do cliente

Uma das ferramentas que tem permitido o luxo ser cada vez menos excludente é, justamente, a tecnologia. O mercado de beleza de luxo tem se tornado cada vez mais Beauty Tech. Com recursos como inteligência artificial, realidade aumentada e conhecimento de dados, conseguimos oferecer experiências de beleza mais personalizadas, inclusivas e integradas, e acabamos criando laços emocionais duradouros com as pessoas. Isso porque elas desejam não apenas produtos de alta qualidade, mas também experiências únicas e adaptadas às suas necessidades individuais.

Digitalização, e-commerce de luxo e o consumo “o + o + o

Pegando o gancho da digitalização, a fusão do online e offline aponta para uma tendência de pensarmos em serviços e experiências que unem o online, o offline e o omnicanal, o que tem sido chamado de estratégia “o + o + o”. As marcas que investirem em plataformas online sofisticadas, realidade aumentada para facilitar a experimentação virtual de produtos e estratégias de marketing digital criativas serão capazes de alcançar uma base mais ampla de consumidores e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.

Animados para ver o que 2024 nos reserva?

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