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Opinião

O novo capítulo da criatividade

A inteligência artificial como aliada, os criadores de conteúdo no centro da produção de entretenimento e o que mais esperar para 2024


1 de março de 2024 - 7h10

(Crédito: Adobe Stock)

Como uma grande entusiasta em ver o poder da criatividade transformando negócios, acredito que as empresas têm a capacidade de acelerar mudanças na sociedade. Tenho o orgulho de testemunhar esse sonho tomando forma e acho crucial que os líderes de seus negócios estejam comprometidos para que suas visões se tornem realidade. É por isso que valorizo muito as ‘cartas do ano’ escritas por CEOs, mas também fico atenta para ver se essas visões se concretizam.

Aproveito esse início do ano, ainda com um começo aquecido, para compartilhar a pergunta que mais tenho recebido: o que o YouTube espera para 2024?

De criadores em seus quartos a cineastas de smartphones, vimos cerca de quase duas décadas de pessoas ousando dar um passo à frente e compartilhar suas histórias. Esse movimento cresceu muito além de seus humildes começos. Fico encantada em acompanhar a trajetória de diferentes negócios que surgiram, seja no mundo da educação, da saúde, do jornalismo, dos games, entretenimento, no conteúdo infantil, nos podcasts, nas lives. 

Das histórias que exploram os diferentes ‘Brasis’ e ajudam a transformar a vida de milhares, milhões de pessoas todos os dias. Eu me alimento dos diferentes artistas, empreendedores, criadores, e do resultado das contribuições para o país e a geração de empregos direta e indiretamente. É sobre impacto vivo e pulsante.

Como a Rafaela Xavier, criadora de conteúdo, empresária, historiadora mineira e trancista. Ela compartilha vídeos para ensinar outras pessoas a fazerem tranças. Tudo começou quando ela quis fazer uma renda extra enquanto estudava e depois de fazer um curso, começou a trançar cabelos em casa. Após criar o canal e terminar a faculdade, ela decidiu seguir empreendendo e também criou outros negócios e programas para ajudar empreendedoras a terem sucesso na área.

Nesse novo capítulo, estamos acompanhando a ascensão da Inteligência Artificial generativa e a chance de quebrar barreiras criativas para um oceano de novos criadores, com demasiada responsabilidade.

O ecossistema criativo do YouTube é vasto, contando hoje com mais de 3 milhões de canais no Programa de Parcerias, que oferece aos criadores maneiras de ganhar dinheiro, pagando mais do que qualquer outra plataforma de monetização para criadores: destinamos mais de 70 bilhões de dólares a criadores, artistas e empresas de mídia nos últimos três anos.

Trago aqui um resumo do que esperamos para 2024:

A IA capacitará a criatividade humana 

Estamos abordando os avanços da IA com o mesmo olhar de quando lançamos o YouTube anos atrás: temos a missão de ajudar todos a criar. A IA deve capacitar a criatividade humana, não substituí-la. Queremos garantir que a IA esteja a serviço da criatividade, trabalhando com setores criativos na implementação de funcionalidades com tecnologia de IA e desenvolvendo oportunidades e proteções adequadas.

Os criadores devem ser reconhecidos como estúdios de última geração

Ao longo dos anos, os criadores conquistaram uma reputação. Eles entretêm pessoas ao redor do mundo, ensinam, informam. Mas eles desempenham outro papel ainda maior. Os criadores estão redefinindo o futuro da indústria do entretenimento com narrativas de alto nível que não podem ser classificadas simplesmente como “conteúdo gerado pelo usuário”. Os criadores são verdadeiros empreendedores, e nosso objetivo é ajudar a diversificar as formas de gerar receita no YouTube. Este ano, vamos mostrar aos legisladores e parceiros de todo o setor o valor econômico e de entretenimento dos criadores. Ser criador é um trabalho de tempo integral com um público internacional, mas a maioria dos governos não contabiliza essa profissão nos seus dados trabalhistas. Acreditamos que os criadores devem ser reconhecidos pelo seu trabalho, e aqueles que chegaram ao topo precisam ser reconhecidos nos principais fóruns do setor.

A próxima fronteira do YouTube é a sala de estar

Costumava-se pensar no conteúdo dos grandes estúdios e dos criadores como coisas totalmente distintas, mas hoje essa divisão desapareceu. Os criadores estão pensando em como otimizar seu conteúdo para a sala de estar, e é fácil entender o motivo: lá é onde o público está assistindo! Nos últimos três anos, o número de criadores que tiveram a maior parte do tempo de visualização na tela grande aumentou mais de 400%. De conteúdo infantil, grandes shows de música a números impressionantes nas partidas de futebol. Estar na tela grande da TV não é somente uma grande conquista nos negócios, mas também na transformação da forma como consumimos os conteúdos que nos atrai.

Proteger a economia dos criadores é fundamental

À medida que trabalhamos em todas essas prioridades, nosso compromisso número um continua sendo proteger de forma responsável a comunidade que temos no YouTube. Por exemplo, é crucial criarmos uma experiência online saudável para as crianças. Como mãe, também percebo quantas famílias acessam o YouTube todos os dias para ajudar as crianças em tudo, desde trabalhos de casa até tutoriais para aprender novos penteados. Como uma plataforma que alcança mais de 100 milhões de jovens ativos todos os meses, é nossa prioridade também acompanhar o desenvolvimento de crianças e adolescentes de maneira cuidadosa e em coordenação com famílias e especialistas em saúde mental. 

Estamos atentos à evolução e adaptação acelerada quando surgem novos desafios, e vamos fazer isso novamente à medida que a IA generativa possibilita a criação de deepfakes mais sofisticados e levanta novas questões. Todas as nossas políticas atuais se aplicam ao conteúdo gerado sinteticamente, mas também vamos adicionar novas camadas de transparência e proteções. Por exemplo, nos próximos meses, vamos adicionar etiquetas que informam aos espectadores quando o conteúdo realista que estão vendo é sintético.

A revolução criativa é emocionante, estimulante e confesso, um tanto assustadora, tudo ao mesmo tempo. Tem a ver com mais do que apenas vídeos. Trata-se de nivelar o campo, redefinir a expressão artística e as responsabilidades que devemos compartilhar com criadores, usuários, marcas. Acredito que com a visão desse novo capítulo na criação e uma direção prudente, 2024 será um outro salto na construção de um mundo criativo mais acessível e responsável.

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