O que você quer de 2024?
Finais de ano são momentos de pensar no que fizemos ao longo do ano e, acima de tudo, refletir sobre o que queremos para o ciclo seguinte
Finais de ano são momentos de pensar no que fizemos ao longo do ano e, acima de tudo, refletir sobre o que queremos para o ciclo seguinte
19 de dezembro de 2023 - 6h38
Trecho do filme “Nyad”, disponível no Netflix (Crédito: Reprodução/Netflix)
2023 está chegando ao fim.
O primeiro sinal foi ver os panetones no supermercado ainda em novembro. O segundo, a chegada da temporada que chamamos de “dezembro festivo”, semanas em que temos quase um evento por dia — almoço, happy hour, jantar. Não há cintura (e fígado!) que resistam a tantas comemorações, desabafos e reencontros 😉
Mas pra mim, para além de todas as delícias, finais de ano são momentos de reflexão. De pensar no que fizemos ao longo do ano, reconhecer nossas evoluções e conquistas, deixar o luto das perdas. E, acima de tudo, de pensar o que queremos para o ano seguinte.
E se você que está me lendo agora está procurando inspiração pra sua reflexão de fim de ano, compartilho aqui uma excelente fonte de inspiração que recebi de uma amiga: o filme “Nyad”, que está disponível no Netflix. Spoilers a seguir!
Annette Bening e Jodie Foster estrelam essa história maravilhosa, baseada na vida de Diana Nyad, uma nadadora que depois de muitas tentativas consegue fazer a travessia a nado entre Cuba e Key West. Um trajeto de 177 quilômetros de distância, que para ser coberto leva mais de dois dias e duas noites na água, sem paradas para dormir.
Mas essa é a parte “fácil” da façanha — porque Diana nadou no mar aberto, sem gaiola de segurança para tubarões, e porque não podia usar aquela roupa de corpo inteiro de Neoprene –, pois ela esteve exposta às criaturas mais mortíferas e venenosas que existem: as vespas-do-mar. Um tipo de água-viva mortal, que tem até um metro de tentáculos venenosos pra atacar suas presas.
E também porque, ao contrário do que pode pensar uma pessoa que não viu o filme e não conhece a história dela (eu não conhecia), ela não fez isso aos 30 anos de idade, mas sim aos 64 anos. Sim, SESSENTA E QUATRO.
Vocês acham que ela conseguiu grandes patrocínios para ter uma baita estrutura de apoio? Ou será que as grandes marcas que a patrocinaram quando ela tentou a primeira vez, aos 28, e falhou simplesmente não a apoiaram porque se ela não conseguiu atravessar quando jovem, #imaginaaos64?
E é esta, justamente, a beleza da história. Diana junta um time de parceiros que acreditam no sonho dela (navegador, médico, treinadora, espantadores de tubarão…), supera uma picada de vespa-do-mar e, depois de 4 tentativas, samba na cara da sociedade. Termina o filme saindo da água em Key West com o rosto inchado por passar dois dias no sol e na água salgada. E diz 3 coisas:
– Nunca desistam (de algo que vocês querem e sonhem fazer);
– Nunca somos velhas demais para correr atrás dos nossos sonhos;
– (Nadar) Parece um esporte solitário, mas não teria conseguido sem um time.
Qualquer semelhança com o discurso de Michelle Yeoh no Oscar deste ano não é mera coincidência.
É com este conjunto de provocações que eu termino meu ano.
Escolham as de vocês. E que 2024 traga mais conquistas, mais sucesso, e mais felicidade às mulheres deste mundão.
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