Retrospectiva 2022: 15 mulheres que se destacaram no ano
Nas indústrias de publicidade, audiovisual, tecnologia, finanças ou jornalismo, elas ditam qual é o “lugar da mulher”
Retrospectiva 2022: 15 mulheres que se destacaram no ano
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Meio & Mensagem
14 de dezembro de 2022 - 14h09
Empreendedoras, diretoras, apresentadoras, atrizes, executivas e principalmente, mulheres. Pautadas pela vontade de fazer a diferença, muitas profissionais se destacaram no ano de 2022 ao estarem à frente da mudança de cenário no mercado de trabalho. As mulheres desta lista atuam em diferentes áreas: são apresentadoras e atrizes que debatem temas como raça e gênero; são empreendedoras de negócios de impacto; criativas à frente de grandes empresas; executivas que lutam pela presença feminina na alta liderança; ou, ainda, profissionais mulheres que ocupam espaços predominantemente dominado por homens.
Nesta lista, o Women To Watch traz 15 mulheres que merecem ser reconhecidas pelos seus trabalhos realizados durante o ano e que prometem causar mais impacto no futuro. São personalidades como elas que demonstram como o lugar da mulher pode ser diverso e múltiplo.
Influenciadora, atriz e apresentadora. Luana Xavier vem ganhando espaço no mundo digital e na televisão como parte do elenco do programa Saia Justa, do GNT. O teatro em sua vida sempre teve destaque, principalmente por carregar o legado de sua avó, a atriz Chica Xavier (1932-2020), que participou de novelas como “Sinhá moça”, “Dancin’ days”, “Pátria minha” e “Renascer”. Luana se transformou em uma grande inspiração ao abordar assuntos delicados e importantes como a negritude, racismo, autoestima, saúde mental, corpo livre e a religião umbanda, também influência de sua avó. No Women to Watch 2022, ela foi moderadora do painel “Ser Feliz ou Ter Razão”, que contou com a presença da psicanalista Maria Homem.
A CEO da SoulCode Academy ganhou um reconhecimento importante em 2022: ela, juntamente com outras três brasileiras, recebeu o prêmio “Rise and Raise Others”, promovido pela ONU Mulheres dos Estados Unidos. Vencedora da categoria “Educação de Qualidade”, Carmela Borst fundou a edtech com o objetivo de combater o desemprego, oferecendo formação em tecnologia por meio de cursos online e gratuitos. A profissional tem uma longa trajetória do meio da tecnologia, com passagem como VP da AON e da Oracle, além de atuar como conselheiras em ONGs como a Gerando Falcões, Casa do Zezinho e o Instituto Ser+.
Ela virou referência na pauta de igualdade racial, tanto pelo seu trabalho como empresária, quanto por seus textos como escritora. Luana Génot é fundadora do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), que combate a desigualdade racial no país, principalmente no mercado de trabalho. Com a campanha “Sim à Igualdade Racial”, a iniciativa desenvolve ações para engajar a sociedade civil e organizações. Luana também é autora dos livros “Mais Forte” e “Sim à Igualdade Racial”, que trazem suas reflexões e estudos sobre inclusão racial no mercado de trabalho. Em 2022, Génot foi uma das quatro brasileiras escolhidas pelo Fórum Econômico Mundial para integrar o programa Young Global Leaders, rede de lideranças dedicadas a promover mudanças positivas no mundo.
Empresária e conselheira, Jandaraci é o nome do momento no mundo dos negócios. Pautada pela inclusão racial e de gênero, ela ajudou a fundar a Conselheira 101, que promove a inserção de mulheres negras em conselhos administrativos no país. Neste ano, sua carreira deu uma guinada quando assumiu o cargo de CFO da 99jobs, startup de recursos humanos. Anteriormente, trabalhou na Subsecretaria de Empreendedorismo, Micro, Pequenas e Médias Empresas do Estado de São Paulo. Além do novo cargo, 2022 foi o ano em que ela entrou para os conselhos administrativos da WCD Brasil (Women Corporate Directors), o Instituto Inhotim e o Future Carbon Group. Jandaraci foi uma das convidadas brasileiras para falar no evento do Pacto Global da ONU durante o painel “SDGs in Brazil”, que ocorreu este ano em Nova York. O evento reuniu diferentes lideranças brasileiras para discutir os objetivos de desenvolvimento sustentável para 2030 e, assim, integrar a nova agenda das Nações Unidas.
Após ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Paulo, o ano de 2022 trouxe para Patrícia Ellen um novo desafio. Ela assumiu a presidência das operações brasileiras da Systemiq, uma consultoria internacional que auxilia empresas de grande porte na transição para a economia de baixo carbono. Agora, ela se dedica a promover a pauta ESG e incentiva a iniciativa privada a tomar a liderança da discussão no Brasil.
Ela é criadora de conteúdo, publicitária e Diretora de Criação e Conteúdo na Publicis. Deh Bastos também é a responsável pelo projeto “Criando Crianças Pretas”, rede de famílias e conta no Instagram que debate a educação antirracista. Do seu trabalho e a partir da sua vivência como mãe, a criativa ajudou a escrever o livro “Maternidades Plurais”, do selo Fontanar, da Cia das Letras. Em novembro de 2022, Deh foi uma das homenageadas pelo Instituto Maurício de Souza no projeto Donas da Rua, que retrata mulheres de destaque como personagens da Turma da Mônica.
Em outubro de 2022, Valéria Nunes assumiu a Diretoria de Recursos Humanos da Mynd, uma das maiores agências de influenciadores e entretenimento do Brasil. Com 30 anos de experiência, a nova diretora chegou para alavancar o trabalho da companhia no âmbito da diversidade, inclusão e equidade, além de traçar novas estratégias de desenvolvimento profissional dos colaboradores.
Homenageada do Women To Watch 2022, Raquel Virgínia tem se destacado continuamente na área da comunicação. Depois de se consagrar no meio musical, a artista do grupo As Baías e a Cozinha Mineira decidiu empreender e fundar uma consultoria em diversidade e inclusão, a Nhaí. A agência, criada em 2021, já conquistou espaço e trabalhou com grandes marcas como Avon, Pinterest, Menos 30Fest (Globo), Converse, Amazon Prime Vídeo e MAC. Além de ser uma homenageada e colunista do Women To Watch, Raquel também recebeu o prêmio Game Changers 2022, do Meio & Mensagem, e, claro, foi indicada duas vezes ao Grammy Latino, sendo a primeira mulher trans a alcançar o feito.
Co-fundadora da Conta Black, Presidente da AfroBusiness Brasil, Conselheira Administrativa no Instituto C&A. Líder de diversidade da Associação Brasileira de Fintechs e Embaixadora Rede Ibero Americana de Mulheres em Fintech. Fernanda Ribeiro é tudo isso e um pouco mais. Sua atuação no momento foca na inclusão financeira e profissional da população negra. A começar pela Conta Black, fintech que busca democratizar os serviços financeiros, e a AfroBusiness, organização que integra empreendedores e profissionais liberais pretos. Este ano, Fernanda Ribeiro também foi uma das brasileiras escolhidas para palestrar no Pacto Global da ONU, pautando a equidade racial dentro das empresas.
Outra premiada pela “Rise and Raise Others”, da ONU Mulheres EUA, sob a categoria de promoção da equidade de gênero, Marienne Coutinho recebeu a honraria pelo seu trabalho na Conselheira 101 e no Women Corporate Directors do Brasil. A advogada tem quase trinta anos de experiência e é sócia da KPMG. Dentro da consultoria, Marienne começou como trainee e se tornou a segunda sócia mulher. Hoje, ela trabalha para que mais mulheres estejam membros de conselhos administrativos no Brasil.
Após anos de luta por maior espaço no jornalismo esportivo, as mulheres finalmente conseguiram garantir mais vagas para a cobertura da Copa Mundial de Futebol no Catar. Renata Silveira se consagrou como a primeira mulher a narrar um jogo da Copa, sendo responsável pela locução da partida entre Dinamarca e Tunísia na Globo. Além deste marco, ela já havia estreado como a primeira narradora de futebol masculino, fora da Copa, no SporTV e na TV aberta.
Em novembro de 2022, Luciana Haguiara foi promovida como Diretora Executiva de Criação da Media.Monks para a região da América Latina, assumindo o comando das equipes do México, Colômbia, Brasil e Argentina. Antes, atuava como diretora da área nacionalmente, e, agora, lidera 45% da força de trabalho da agência no mundo. A promoção seguiu sua nomeação como presidente do júri na categoria “Digital Craft” do Cannes Lions, além de ter comandado o programa “See It, Be It Latam”, que busca aumentar a presença de mulheres criativas no Festival.
Outra promoção importante deste ano foi a de Juliana Cury, que passou a ser Vice-Presidente de marketing e vendas da BK Brasil, que contempla as franquias do Burguer King e Popeyes no país. Na companhia desde 2021, ela já atuava à frente da área de marketing e inovação. Com uma longa trajetória, Juliana passou por agências como Africa, McCann e DM9DDB, além dos doze anos em que trabalhou no Itaú. Ela foi a responsável por lançar projetos como o BK Original e o Stranger Menu, uma parceria da hamburgueria com a Netflix para a caracterização de um cardápio e um restaurante inspirados na série Stranger Things.
Atriz e empreendedora, Maria Gal é a fundadora da Move Maria, uma produtora que desenvolve filmes e séries de TV alinhados com a temática do empoderamento negro e feminino. Na TV, Gal foi intérprete de Gleyce na novela “As Aventuras de Poliana”, para o SBT, além de ter atuado na série “Sob Pressão”, da Rede Globo, no filme “Dona Flor e seus Dois Maridos”, “3%”, da Netflix, entre outras novelas, séries e filmes. A empresária recebeu o Prêmio Tarsila do Amaral deste ano, na categoria de “Empreendedora Revelação”, e também foi reconhecida pelo prêmio Maria Filipa, que homenageia mulheres que se destacam na luta contra o racismo, realizado na sua cidade natal, Salvador. Ainda em 2022, a apresentadora estreou o talk show “Preto no Branco” na Band News, em que traz a discussão racial para a pauta da emissora.
Outra mulher de destaque no audiovisual é Juliana Vicente. Ela é diretora, cineasta e fundadora da Preta Portê Filmes, produtora focada em narrativas com temáticas preta, indígena e LGBTQIAP+. Desde 2009, quando criou a empresa, já foram 40 filmes e mais de 100 prêmios pelo mundo. Em novembro deste ano, Juliana dirigiu o documentário “Racionais: das ruas de São Paulo pro mundo”, sobre o grupo de rap, lançado na Netflix. Anteriormente, a diretora trabalhou no programa “Espelho”, de Lázaro Ramos. Agora, ela se prepara para dirigir a próxima novela das 21h na Globo, “Terra vermelha”, de Walcyr Carrasco.
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