Comunicação

Conar reforça regras para combater greenwashing

Conselho de Autorregulamentação incentiva o detalhamento das iniciativas socioambientais embasada em dados nas campanhas

i 28 de outubro de 2025 - 12h15

Conar greenwashing

(Crédito: Shutterstock)

A prática de greenwashing, quando uma empresa tenta transmitir aos consumidores uma imagem de preocupação ambiental e ecológica sem, contudo, adotar práticas de fato sustentáveis, estará mais na mira do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

Nessa segunda-feira, 26, o Conselho de Ética da associação aprovou uma nova versão do artigo 36 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária e também do Anexo U.

Os dois textos determinam algumas normas éticas para as campanhas e ações publicitárias com apelo de sustentabilidade ou responsabilidade ambiental.

O que muda?

De forma prática, a nova redação dos artigos passa a incentivar a utilização de características socioambientais positivas nas campanhas e mensagens publicitárias das marcas, desde que as empresas respeitam as regras e princípios tanto do Conar quanto da legislação do País.

Da mesma forma, o Conar incentiva que as marcas passem a mencionar em suas mensagens publicitárias as iniciativas e cuidados que tenham com a biodiversidade, mudanças climáticas e aspectos socioambientais.

Para auxiliar nesse tipo de mensagem, o Código do Conar também passa a orientar o uso de termos técnicos adequados nas campanhas.

Há, ainda, a determinação da inclusão de preâmbulo e definições, destacando a importância da divulgação verdadeira de ações sustentáveis e compreensíveis ao consumidor.

O Conar também veda, de forma absoluta, o uso de alegações genéricas em campanhas, estimulando que as empresas indicam com precisão e veracidade, por exemplo, o alcance das práticas socioambientais implementadas.

Não há contudo, a proibição da divulgação de metas socioambientais, desde que elas estejam embasadas em planos estabelecidos e que a informação possa ser facilmente localizada pelos consumidores.

Por fim, as alterações também sugerem que as empresas abordem informações sobre destinações de resíduos ou de medidas para a contenção da emergência climática.