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Impactos da inteligência artificial nas relações humanas

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Evento ProXXIma

Impactos da inteligência artificial nas relações humanas

No palco do ProXXIma 2023, Frederico Battaglia, CMO da Stellantis América do Sul, compartilhou seus aprendizados sobre IA obtidos em eventos como o SXSW e Web Summit Rio


1 de junho de 2023 - 11h24

O tópico inteligência artificial permeou quase todo o evento ProXXIma 2023 e foi o assunto central da apresentação do chief marketing office da Stellantis América do Sul, Frederico Battaglia.

O CMO utilizou seu espaço no evento para destacar os aprendizados sobre a questão da inteligência artificial e seus impactos nas relações humanas obtidos em eventos, como South by Southwest e Web Summit Rio, que aconteceram no início deste ano.

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Frederico Battaglia, CMO da Stellantis América do Sul, dividiu seus aprendizados do SXSW e Web Summit Rio (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Battaglia dividiu seus aprendizados em três capítulos, nos quais destacou iniciativas, empresas e pessoas que estão fazendo a diferença nessa seara. Confira todos a seguir:

1 – Quais são os impactos da IA? Desafios e implicações da inteligência artificial

O primeiro destaque foi para Greg Brockman, presidente e cofundador da OpenAI, dono do ChatGPT, que esteve presente no SXSW, acalentando as angústias do público em relação à ferramenta. Ele reforçou que o objetivo da OpenAI é ajudar a “mover a agulha” para o lado positivo e pró-humanidade. Brockman também ressaltou que as máquinas têm uma performance que é proporcional a pessoa que está atrás delas pilotando. “Então, parte da nossa responsabilidade, hoje, é obviamente trabalhar para alimentar essas máquinas e fazer com que elas consigam nos levar na direção do bem e isso é uma missão não só de reguladores de governos, mas também de nós, da sociedade civil”, completa Battaglia.

A plataforma Artifact também chamou a atenção do CMO da Stellantis América do Sul, durante o South by Southwest. Criada pelo cofundador do Instagram, Kevin Systrom, a plataforma funciona como um integrador de notícias, centrado em um feed de artigos personalizados ao gosto de cada leitor. Mas o que mais chamou a atenção de Battaglia é que a ferramenta usa IA para filtrar o que é notícia falsa.

A visão de John Maeda, tecnólogo, líder de experiência de produto e vice-presidente de design e inteligência artificial da Microsoft, sobre a inteligência artificial vai de encontro com a de Battaglia. Durante o SXSW, o tecnólogo enfatizou que a IA conseguirá separar um pouco melhor as coisas legais, das coisas chatas, sendo que as coisas chatas ficarão a cargo dela. “Vamos ter mais tempo para nos dedicar os nossos prazeres”, completa o CMO da Stellantis.

Outros destaques indicados por Battaglia foram: NotCo, empresa que aplica inteligência artificial para transformar, para criar comida a partir de plantas, que esteve presente no primeiro Web Summit Rio; a união entre a computação quântica e a inteligência artificial como a última invenção do homem, ideia pontuada por William Hurley, fundador da Strangeworks; e o Superhumans, pessoas que se submeteram a uma cirurgia de implantes cerebrais, que a partir de uma interface matriz, conseguem executar tarefas usando apenas o pensamento.

Ainda nesse tópico, o CMO da Stellantis, destacou a palestra da futurista, Amy Webb. Nela, a CEO do Future Today Institute falou que é o fim da internet como se conhece hoje. “A defesa dela é que precisamos focar para conduzir essa próxima revolução de um jeito melhor do que fizemos na anterior”, salienta Battaglia.

2 – Para onde o futuro está indo? Eu-outro: reflexões sobre a dimensão relacional

Na segunda parte de sua apresentação, o CMO focou em como a inteligência artificial tem impactado as relações humanas. Dentro disso, ele destacou a apresentação da psicoterapeuta Esther Perel, durante o SXSW. Na ocasião, ela a se referiu a IA como “intimidade artificial”. “Ela fala que gente hoje trabalha pouco na manutenção da qualidade das nossas relações”, complementa o CMO.

A participação de Amy Gallo, especialista em dinâmicas de trabalho, no South by Southwest, também atraiu a atenção de Battaglia. Segundo ela, a felicidade é diretamente proporcional a qualidade das relações.

Outros destaques pontuados por Battaglia foram: o Dr. Deepak Chopra, que estudou como tratar doenças crônicas com psicodélicos, e a Alua Arthur, fundadora da Going with Grace, que se define como uma doula da morte.

3 – O que podemos fazer por nós? As histórias que contamos podem mudar o mundo

“Por fim, não tem como falar de futuro sem falar de proteção do ambiente e de para onde está indo o nosso planeta”, alerta o CMO. O maior destaque dentro desse tema foi o CEO da Patagonia, Ryan Gellert, que durante sua participação no SXSW, afirmou que as pessoas perderam o direito de serem pessimistas e que passou a hora de agir.

“Do ponto de visita prático, eles [Patagonia] doam praticamente todos os lucros para ONGs que cuidam do planeta, doam roupas usadas, consertam roupas sem custos e criaram o maior parque nacional do mundo no Chile”, enfatiza Battaglia.

O CMO da Stellantis América do Sul também ressaltou a palestra de José Andrés, fundador da World Central Kitchen, ONG que distribui refeições para refugiados e vítimas de desastres naturais. Ele diz que as pessoas podem mudar o mundo a partir das histórias que contam.

Na questão automobilística, Battaglia afirma que não há uma solução perfeita e adequada para tudo. “O que defendemos é que descarbonização não precisa ir diretamente para eletrificação. Na América Latina, a descarbonização passa, por exemplo, pela hidridização a álcool”, completa. Segundo o CMO, é importante buscar soluções adequadas para cada especificidade, indústria e local.

“Voltei do SXSW com essa quase que vontade/missão de ser uma das pessoas que contribui, colabora, trabalha para que tenhamos um futuro melhor”, conclui.

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