“Estamos no início, ainda há potencial de descoberta”, diz CCO da Droga5

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“Estamos no início, ainda há potencial de descoberta”, diz CCO da Droga5

Para Neil Heymann, CCO global da Droga5, apesar das diferenças culturais com a Accenture, aquisição pode alçar agência a voos maiores


22 de julho de 2020 - 6h00

Neil Heymann, CCO global da Droga5 (Crédito: Paul McGeiver)

Primeiro profissional a ocupar a função de CCO global da Droga5 – a criatividade da agência até então sempre havia sido chefiada pelo fundador e chairman criativo, David Droga – Neyl Heymann não nega que haja diferenças culturais com a Accenture, que adquiriu a operação em abril de 2019. No entanto, ele afirma que, com o acordo, a agência ganhou potencial para ser mais influente.

Na visão de Neil, que cresceu em Johannesburgo, Sydney e há 12 anos mora em Nova York, a criatividade deve ir além do marketing: precisa resolver problemas de maneiras únicas ao mesmo tempo que desafia o status quo. Nos últimos meses, a Droga5 redesenhou toda a experiência de compra do Ihop, rede de restaurantes de panquecas, e, para Hennessy, marca de conhaque, criou o programa Unfinished Business, que promove assistência aos pequenos negócios de negros, asiáticos e latinos.

Meio & Mensagem – Já faz pouco mais de um ano desde a aquisição da Droga5 pela Accenture. De lá para cá, o debate sobre consultorias versus agências se esgotou?
Neil Heymann –
Quando aconteceu, a sensação é de que a indústria foi tomada por ondas de choque e houve uma visão polarizada a respeito de onde estávamos indo. Ouvimos tudo desde “a morte da criatividade” ao “nascimento de uma nova indústria”. Essa evolução vai levar tempo e nenhuma dessas duas coisas aconteceu ainda. Estamos procurando todas as oportunidades para criar novas formas de trabalhar, de nos comunicar com as pessoas e de fazer as marcas aparecerem no mundo. Culturalmente, obviamente há diferenças, mas ambas as culturas são muito fortes e sentimos que há muito respeito da Accenture Interactive pela cultura interna da Droga5 e temos um senso de proteção muito grande em relação a isso. Estamos tentando descobrir como ser mais do apenas uma de nossas partes.

M&M – A Accenture tem números de receita mais expressivos do que os das holdings. Além do aspecto financeiro, quais são as outras vantagens de fazer parte da companhia?
Neil –
Não finjo ter todas as repostas sobre o aspecto econômico do negócio, mas não há dúvida que temos uma vantagem em termos infraestrutura, conexão com outras indústrias, outras formas de trabalhar, capacidades técnicas que não teríamos a credibilidade para acessar sem essa parceria. Abriu um espectro do que podemos fazer como agência, mas a sensação é a de que ainda estamos no início, ainda há muito potencial de descoberta.

M&M – Como está sentindo a relação dos clientes com os investimentos em comunicação e marketing no momento?
Neil –
Cada cliente e indústria está lidando com seu próprio combo de novas condições. Estão ajudando seus próprios clientes a navegar por meio disso. Com o tempo, veremos como os negócios evoluirão. Definitivamente, alguns de nossos clientes se tornaram mais conservadores, cortaram budgets, mas outros começaram a fazer mais comunicação porque é mais relevante para seus negócios, que não foram tão afetados. Em termos de previsões, acho que haverá uma evolução mais acelerada para muitos negócios. Espero que consigamos acompanhar nossos clientes à medida que eles descobrem o que será esse “novo normal” para eles.

A íntegra desta entrevista está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que até o fim do mês pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo, onde é possível consultar ainda todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.

*Crédito da imagem no topo: iStock

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