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Destrinchando os usos do NFT

Executivas da InspireIP e EVE contam suas experiências com a tecnologia junto as marcas e na arte


2 de junho de 2022 - 20h29

(Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

As particularidades dos diferentes usos dos NFTs foram debatidas no palco deste segundo dia de ProXXIma. Livia Elektra, fundadora da EVE, comentou que esta é uma tecnologia que já existe desde meados de 2015, mas foi a forma de atrelá-lo à arte e a diferentes tipos de contratos que popularizou e chamou a atenção sobre o tema.  

Caroline Nunes, CEO da InspireIP, conta que a empresa trabalhou inicialmente com blockchain e, no ano passado, lançou a plataforma de NFT. E, apesar de não ter sido lançada para o uso das marcas, elas começaram a procurar a empresa de tecnologia para entrar nesse universo.  

A CEO alerta que um dos maiores erros que as marcas podem cometer é querer trabalhar com a tecnologia apenas pela popularidade da novidade, sem pensar em longevidade, criação da comunidade e contato com o mercado secundário. Porém, ela afirma que a marca que consegue criar experiências junto as NFTs e ao metaverso tem a possibilidade de formar um acervo digital e se conectar aos clientes de uma forma que não era viável antigamente.  

“Tem marcas gigantes que já fizeram campanhas com NFT. Fizemos uma com o SBT, que deu uma repercussão gigantesca. Eu chamo isso de marketing inteligente: não usamos nada de tráfego pago e a ação gerou um retorno de mídia espontânea de R$ 10 milhões”, conta.  

A especialista explica que a tecnologia pode ser usada de diversas formas. Como exemplo, ela explica que se o Lollapalloza tivesse vinculado seus ingressos aos NFT teria um lucro maior ainda, com a quantidade de pessoas que revenderam seus ingressos.  

Arte e NFT  

Livia conta que vincula a sua arte aos NFTs junto à estratégia de escassez, apesar do modelo de colecionáveis estar bem popular. Ela explica que, como fotógrafa, muitas vezes tinha dificuldade de encontrar clientes que aceitavam pagar R$ 4 mil por um ensaio fotográfico. Porém, agora, ela possui clientes ao redor de todo o mundo pagando até mesmo US$ 22 mil por uma foto. 

Ela também contou que, apesar de trabalhar com a tecnologia há apenas um ano e quatro meses, já teve oportunidades que nunca nem havia sonhado, como expor uma de suas fotos na Time Square. “Vi a minha arte sendo valorizada de uma forma que eu nunca vi na vida real, acho que foi isso que fez o NFT crescer tanto”, revela.   

Descomplicando a tecnologia  

As especialistas debateram também sobre a complexidade dos NFTs. Para elas, as marcas e usuários em geral não compreendem, incialmente, por ter um interesse apenas em navegar a onda e não em estudar e entender a tecnologia em si e suas oportunidades. 

“Já há muitos termos difíceis atrelados ao NFT e algumas pessoas sentem que nunca vão entendê-los. Acho que se a pessoa pegar mesmo um tempinho para ler sobre, ela vai ver o quão incrível é, e vai querer se aprofundar”, afirma Lívia.  

Para além disso, Caroline comenta que quanto mais descentralizada, pior a experiência do usuário, e, por isso, a InspireIP está tentando pensar em modelos que auxiliem a quebrar essa barreira.  

“Estamos começando a construir um market place onde a pessoa tem acesso aos NFTs pagando em real. Se a pessoa quiser sacá-lo, ela pode também, mas já estará em outro nível de conhecimento desse universo”, aponta. 

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