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Políticos também querem jogar no Super Bowl LIV

Presidente Donald Trump e pré-candidato Michael Bloomberg travam batalha para roubar a cena no big game com investimentos de US$ 20 milhões


30 de janeiro de 2020 - 6h00

Juntos, Trump e Bloomberg investirão US$ 20 milhões no Super Bowl (Crédito: reprodução/Adage)

Durante 60 minutos, no próximo domingo, 2, Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers batalharão em campo pelo título da NFL na disputa do Super Bowl LIV. Enquanto isso, um outro jogo está se desenrolando há muito mais tempo, e deve utilizar o big game como campo de comunicação: as eleições presidenciais americanas de 2020.

Tanto o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como o ex-prefeito de Nova York e pré-candidato às primárias do Partido Democrata para a presidência, Michael Bloomberg, compraram mídia no espaço mais valorizado da publicidade mundial. Neste ano, o anúncio de 30 segundos no Super Bowl foi comercializado pela Fox, em média, por aproximadamente US$ 5,6 milhões. Segundo o The New York Times, ambos políticos desembolsaram US$ 10 milhões cada por 60 segundos de filme no grande evento de domingo.

Inicialmente, o diretor de comunicação da campanha de Trump, Tim Murtaugh, afirmou que sua equipe estava “elevando o nível da campanha” do presidente, candidato a reeleição, o que “inclui iniciativas sem precedentes para eleitores latinos, negros e mulheres”. No entanto, pelo teor dos últimos investimentos em comunicação de Trump nas últimas semanas, não está descartada a possibilidade de que o comercial tenha um viés anti-impeachment, já que neste período está acontecendo o processo de julgamento do presidente no senado.

O time de comunicação de Bloomberg, por sua vez, já afirmou em diversas ocasiões que o comercial do pré-candidato do Partido Democrata para a presidência fará um ataque direto a Donald Trump. Ainda não se sabe se esses 60 segundos de ambos serão utilizados em um único comercial ou diluídos em dois filmes.

Também não há informação se os anúncios dos políticos vão aparecer mais para o início da partida ou no intervalo final. De acordo com o Advertising Age, o que se sabe é que a Fox pretende isolar os comerciais de Trump e Bloomberg, em relação aos anúncios de marca, já que muitos anunciantes demonstraram preocupação antecipada com a questão. Em entrevista para a NBC, Harris Diamond, diretor executivo da McCann Worldgroup, que tem Verizon e Microsoft como clientes, afirmou que os clientes estão discutindo o impacto de comerciais políticos e seus efeitos nas conversas de mídia antes e depois do jogo.

Anúncios com teor político não são exatamente uma novidade no Super Bowl. Basta lembrar que neste ano a própria NFL decidiu abordar um assunto espinhoso, sobre violência policial direcionada a homens negros, em um comercial transmitido durante as finais de conferência. O mesmo filme será exibido novamente no próximo domingo. A surpresa, no entanto, é que mensagens esse viés mais político, ainda que em raros casos, era puxada apenas por marcas e não figuras políticas.

Em 2017, a temática ganhou uma escala mais avançada para as marcas no Super Bowl LI, poucos dias após a posse de Trump. Na ocasião, o Airbnb mostrou um filme que promove a tolerância religiosa, dez dias depois de um decreto anti-imigração ter sido assinado pelo presidente. Já a empresa de materiais de construção, 84 Lumber, exibiu um filme que mostra duas imigrantes se deparando com uma parede intransponível, supostamente o muro que Trump desejava construir.

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