Social commerce: quais são os prós e contras?

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Opinião

Social commerce: quais são os prós e contras?

No passado, Instagram e Pinterest estavam focados, exclusivamente, em metas de branding, agora, focam também no desempenho


29 de agosto de 2019 - 12h04

(Crédito: Georgia de Lotz/ Unsplash)

Após uma longa espera, 2019 tem se consolidado como o ano em que o social commerce se torna realidade. Isso se deve, principalmente, a duas novas tendências: a primeira é que o Instagram agora permite que se faça compras por meio de postagens. A outra é que o Pinterest acaba de lançar anúncios “shop-the-look” (ferramenta que permite a compra de itens a partir de fotos).

Em outras palavras, ambas as plataformas possibilitam a venda direta de produtos pelas redes sociais, sem a necessidade de acessar lojas online. Tal oportunidade gera possibilidades de compra quase ilimitadas. Entretanto, pode despertar certa cautela por parte de marcas e varejistas.

Do branding às vendas

No passado, Instagram e Pinterest estavam focados, exclusivamente, em metas de branding. Agora, focam também no desempenho. Tal evolução já era esperada. Afinal, as duas redes sociais se estabeleceram como um forte ponto de contato com a web. Portanto, é natural que hoje também sejam utilizadas para compras.

Claro que esse tipo de mudança não ocorre de maneira despretensiosa. Muito ao contrário. O objetivo é sempre maximizar os lucros a partir de novas ofertas. Até porque ambas as plataformas sempre recebem porcentagens nas vendas que viabilizam.

Contudo, o que realmente deve preocupar empresas do varejo, com o passar do tempo, é o fato de que tanto o Instagram quanto o Pinterest sempre procuram combinar a oferta de conteúdo com diferentes possibilidades de acesso. Tudo com o intuito de manter os usuários dentro de seus ecossistemas pelo maior tempo possível e evitar que acessem outros sites de compras online.

Deste modo, não é exagero dizer que, no futuro, essas redes sociais lutarão não só pela venda de espaços publicitários, mas também pelo tempo em que os usuários navegam em cada uma delas. Vale destacar que, até pouco tempo, a Amazon controlava grande parte das transações nos Estados Unidos e na Europa. Agora, Instagram e Pinterest têm entrado em ação, buscando transformar sua interface em pontos de compra.

Este ataque direto às gigantes do comércio eletrônico mundial também configura desafios ao restante do e-commerce, existente fora do ecossistema das quatro principais estrelas da tecnologia atual, também chamadas de GAFA (Google, Amazon, Facebook e Apple). Isso porque, ao colocar plataformas como Instagram ou Pinterest em contato direto com os clientes, os varejistas acabam ficando em segundo plano, o que os torna fornecedores simples e de longo prazo.

A chave do negócio

Neste contexto, a possibilidade de estabelecer contato direto com o cliente é o ativo mais valioso para marcas e varejistas. Afinal, é preciso conhecer os compradores muito bem para oferecer os produtos e serviços que cada um deles realmente precisa e deseja.

Como sabemos, as plataformas de mídia social retêm muita informação sobre os usuários e os seus respectivos interesses. Por isso, quando as compras ocorrem por meio de aplicativos, por exemplo, todo o conhecimento sobre o cliente é estendido às marcas e varejistas. Porém, a longo prazo, é possível que as lojas fiquem condicionadas a essas mesmas plataformas.

Portanto, antes de investir nestes canais, é importante fazer a si mesmo as seguintes perguntas: como recursos desse tipo poderiam contribuir para minhas metas futuras à medida em que a sua influência aumenta? Posso realmente considerar essas plataformas como canais de vendas? Como uma estratégia multicanal me ajudaria a alcançar meus objetivos?

Com a transformação digital, as redes sociais tornaram-se canais de marketing com um ROI muito alto. Assim, para encontrar um equilíbrio no social commerce, deve-se levar em consideração os custos de aquisição de clientes e a receita. Além dos custos dos anúncios, as plataformas também poderiam aumentar uma participação na porcentagem de lucros de vendas no futuro. Como resultado, é essencial que as marcas e os varejistas analisem com regularidade e precisão os gastos com publicidade em relação à margem de vendas.

Não há dúvida de que quem utilizar Instagram ou Pinterest como plataformas de vendas online terá acesso a canais de alto desempenho. Afinal, o benefício não é apenas monetário. Elas também agregam valor à medida em que possibilitam contato direto com os clientes. Desse modo, o melhor é que varejistas e marcas mantenham uma ampla estratégia multicanal. Ou seja, um conjunto de táticas entre as quais está, por exemplo, a criação de canais de mídia social que possam redirecionar compradores para as suas respectivas páginas na internet. Caso contrário, sempre haverá o risco de perder independência.

*Crédito da foto no topo: Freestocks/Org

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