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Opinião

Por favor, um minuto de sua atenção?!

A chave para as pessoas se envolverem com o conteúdo é uma narrativa atraente combinada com visuais e diálogos estimulantes


26 de setembro de 2019 - 15h20

(Crédito: Gearstd/istock)

O maior desafio do marketing é prender a atenção do público, convencê-lo que sua ideia ou produto são ótimos, e converter tudo isso em compra, novo seguidor ou fã. Sim, isso não é nenhuma novidade, mas será que os profissionais de vendas, marketing e publicidade estão conseguindo ou, pelo menos, estão próximos deste objetivo?

Em 2013, a Microsoft Canadá realizou uma pesquisa para mensurar o tempo de atenção de jovens entre 18 e 24 anos e adultos acima dos 65 anos. Para a surpresa ou não dos pesquisadores, o resultado foi oito segundos, menos do que a memória de um peixinho dourado. A conclusão é que o nível da atenção humana foi reduzido, assim como a percepção em relação à seleção e apresentação do conteúdo, e sobre a capacidade dos envolvidos em “visualizarem” multitelas.

Nos dias atuais, será que essas pessoas continuam com “atenção reduzida ou seletiva”? E o comportamento no ambiente de trabalho, é o mesmo? Diante desses questionamentos, a Prezi e o Kelton Research resolveram investigar, afinal, se conseguimos passar horas assistindo a uma série e fazer maratonas, algo deve estar sendo retido.

O Relatório de Estado da Atenção de 2018 avaliou os sentimentos em relação ao envolvimento, a eficácia de conteúdos e identificou como as diferentes abordagens de apresentação afetam os profissionais de negócios em todo território americano, incluindo millennials, geração X e boomers. A pesquisa mostrou que a atenção humana passou por uma evolução e que “a chave para as pessoas se envolverem com o conteúdo é uma narrativa atraente combinada com visuais e diálogos estimulantes”.

Esse estudo também apontou que, em 95% dos escritórios, são realizadas múltiplas tarefas ao mesmo tempo e 49% admitiram que se tornaram mais seletivos em relação aos conteúdos que consomem.

Jennifer Aaker, professora de marketing de Stanford, é uma das defensoras do poder da narrativa. Ela defende que as histórias conseguem persuadir e são 22 vezes mais lembradas do que os fatos ou números isolados. E, ainda, reforça que efeitos visuais e abordagens incomuns tendem a dar ainda mais força ao que está sendo narrado.

Então, como as marcas e empresas conseguem obter sucesso frente a esse cenário? Precisamos otimizar a jornada do usuário e do profissional e oferecer a melhor experiência possível.

Snapchat, Facebook, Instagram e outros canais sociais fazem sucesso com tantos usuários porque utilizam recursos visuais para contar uma história, usam movimento, interação. Não podemos pensar nos recursos de vídeo e imagem de forma isolada. Eles fazem parte da história. E quando falamos do ambiente de negócios ou da relação do consumidor no ponto de venda, devemos partir desse mesmo princípio. O cliente só comprará o que está sendo oferecido ou o funcionário somente será engajado se houver um diálogo bilateral, ou seja, uma interação entre a empresa e seu público-alvo.

A atenção existe, é seletiva e só é conquistada a partir de recursos visuais, um storytelling diferenciado e diálogo aberto entre os envolvidos.

O relatório de benchmarketing do Content Marketing Institute, lançado no início deste ano, já apontava que os profissionais de marketing passaram a usar mais recursos audiovisuais (64%) na produção de conteúdo em relação a 2018. Coincidência? Acredito que não.

**Crédito da imagem no topo: reklamlar/istock

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