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Opinião

Produção de conteúdo e o marketing de performance

O cenário atual pede calma e estratégias criativas para continuar as atividades


23 de abril de 2020 - 13h27

(Crédito: Visual Generation/ iStock)

Afirmar com precisão o cenário dos próximos meses para o mercado global, durante a pandemia da Covid-19, é uma tarefa bastante difícil. Com a recomendação da quarentena, estratégias ligadas ao digital terão relevância ainda maior uma vez que, com as restrições de ir e vir no mundo físico, as pessoas passarão mais tempo conectadas à internet. Entre as possibilidades existentes de trabalho com marketing de afiliados, uma se destacará: a parceria com influenciadores digitais.

O mercado sempre trabalhou com a expectativa em torno do desenvolvimento da economia. Diante do imponderável, é preciso cautela e a criação de estratégias que minimizem os efeitos que serão sentidos ao longo dos meses com a recessão que, inevitavelmente, atingirá todo o globo, segundo já estima o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A economia de confinamento mudará o comportamento de compra das pessoas. Quem antes não comprava itens essenciais online, passará a comprar. A pesquisa Marketing de Influência em tempos de Pandemia de Covid-19, realizada pelo Youpix e a Brunch, mostra que 71% dos consumidores pretendem aumentar o volume de compras online neste período.

Nesta perspectiva, espera-se que as vendas por e-commerce ultrapassem as vendas físicas no Brasil, especialmente nos mercados de varejo, alimentação, educação e atividade física. Com mais pessoas navegando pelas redes sociais, o marketing de afiliados torna-se ainda mais atrativo, tanto para anunciantes quanto para publishers, em especial pela facilidade de rentabilizar o conteúdo e ter um investimento proporcional à receita para quem anuncia.

Parcerias com social media influencers podem gerar oportunidades de conexão com as marcas, uma vez que as pessoas procuram por informações confiáveis nas mídias sociais. Ainda segundo a Youpix e a Brunch, 77,5% das marcas acreditam que creators e influencers podem ser bons aliados para falar sobre o assunto Covid-19. As marcas que compreenderem isso certamente sairão fortalecidas desta crise.

Outro comportamento online relevante foi apontado por um levantamento feito com a rede global da Rakuten Advertising, no mês de março: apesar da crise, os consumidores continuaram se engajando com publicidade, clicando até 20% mais do que o normal em anúncios.

Para se ter uma ideia da força do digital, o Brasil tem 140 milhões de usuários ativos de mídias sociais, segundo relatório Digital in 2020, realizado pelo We Are Social e a Hootsuite. O levantamento mostrou que entre os internautas com idades entre 16 e 64 anos, 94% deles têm um smartphone. O tempo médio gasto com internet por dia no País era de 9h17min em janeiro, das quais 3h31min, em média, eram utilizadas nas redes sociais.

Quase todos os participantes (98%) afirmaram consumir conteúdo online em vídeo, o que aumenta ainda mais a relevância de redes como o Tik Tok e o Instagram – este último, por exemplo, teve desempenho de audiência maior do que o Facebook, no último trimestre de 2019, segundo dados do Socialbakers, com base nos 50 perfis das maiores empresas do mundo.

Apostar na produção de conteúdo, torna-se um caminho natural. O estudo O Brasil e os Influenciadores Digitais, realizado pelo Ibope Inteligência, com dois mil internautas, mostrou que 52% dos usuários de internet seguiam algum digital influencer, em 2019. Entre as razões apontadas para seguir alguém, 74% afirmaram fazê-lo pelo conteúdo com informação relevante, 53% porque as ideias ou pensamentos eram parecidos e metade afirmou já ter comprado algum produto ou serviço indicado por um influenciador.

No contexto de todas essas variáveis, é importante reforçar que o marketing de afiliados é um tipo de investimento de mídia que gera receita com custos proporcionais, e que funciona muito bem com os influenciadores. O cenário atual pede calma e estratégias criativas para continuar as atividades. Diante de tantas incertezas, ao menos uma previsão é certeira: a transformação digital das empesas e dos modelos de negócio andará a passos largos nesta crise e será preciso estar alerta para não ficar para trás.

*Crédito da foto no topo: Trendobjects/ iStock

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