O papel do Conselho Consultivo para startups, scale-ups e PMEs
O Conselho Consultivo é uma das principais ferramentas para implementação de Governança Corporativa para todo tamanho de empresa, mas em especial para as startups, scale-ups e PMEs
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15 de fevereiro de 2022 - 19h00
Crédito: PopTika-shutterstock
Tendo avaliado e ajudado dezenas de empresas nos últimos anos e após analisar os resultados e múltiplos de valor de venda, posso assegurar que aquelas que têm implementado um sistema de governança conseguem uma melhor performance em ambos os indicadores. O Conselho Consultivo é uma das principais ferramentas para implementação de Governança Corporativa para todo tamanho de empresa, mas em especial para as startups, scale-ups e PMEs, incluindo empresas familiares. Este espaço que reúne profissionais independentes, que trazem suas experiências multidisciplinares nos mais variados setores e funciona como uma espécie de mentoria, tem sido cada vez mais procurado por empresas que estão se lançando no mercado. Uma empresa só nasce uma vez e o Conselho Consultivo pode ajudar a traçar as metas na partida e também ensinar os fundadores a olhar não apenas para o próximo ano, mas para os próximos cinco anos do seu negócio.
Ao contrário do Conselho de Administração, que é uma obrigação legal para as empresas de capital aberto, o Consultivo é uma iniciativa da própria empresa. O papel do Conselho Consultivo é de orientação; aconselhar, dar opinião. Seus integrantes não estarão no dia a dia do negócio, e sim na orientação de boas práticas de governança com sugestões e usando toda a experiência de seus membros para ajudar os sócios a tomarem as decisões mais acertadas. Outro ponto estratégico importante dos Conselhos Consultivos é que eles podem ser a maneira mais consistente para uma empresa aderir a esse novo momento do mundo dos negócios que é o ESG ((Environmental, Social and Governance, em português, Ambiental, Social e Governança). Essas três letras apontaram uma nova rota de gestão de negócios que foi seguida pelos investimentos globais.
Os desafios das startups e PMEs são cada vez maiores. Precisam ser disruptivas, inovadoras, fazer gestão de pessoal e ainda ter uma estratégia de ESG para o negócio. E para serem tudo isso ao mesmo tempo, as empresas precisam de governança para terem foco e acabar gerando valor para a empresa. O Conselho Consultivo pode auxiliar nessa jornada de várias maneiras, desde analisar o mercado e apontar tendências até recomendar inovações tecnológicas, sugerir novos produtos. Com esse boom do ESG, as startups- e as empresas em geral- serão cada vez mais cobradas pelo mercado e pelo consumidor por suas práticas. Não há mais espaço para argumentos como “estamos começando, podemos errar agora e acertar a rota mais tarde.”
Uma boa governança é capaz de trazer o equilíbrio entre a ânsia do empreendedor de crescer rápido e a necessidade de ordenar os negócios num ritmo mais adequado ao seu mercado, sua demanda e seus concorrentes. Portanto a governança deve fazer parte do DNA das empresas para que consigam crescer com solidez, atraindo assim investidores, pois isso vai aumentar o seu valor. Esse papel de drone, que consegue ter uma visão ampla, com o distanciamento necessário, do negócio, é muito bem exercido pelos Conselhos Consultivos pela sua própria essência já que são formados por profissionais altamente capacitados, experientes, com milhas e milhas de gestão de crise e desafios de crescimento nos mais variados setores.
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