Neosaldina e Endrick: parceria pode gerar problemas?

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Neosaldina e Endrick: parceria pode gerar problemas?

Medicamento tem substância que é proibida pela Agência Mundial Antidoping, mas marca garante que a parceria foi feita respeitando as regras


14 de dezembro de 2023 - 16h19

Parceria entre Endrick e Neosaldina tem previsão de cinco anos (Crédito: Divulgação)

Atualizado 15/12, às 9:23.

Na última sexta-feira, 8, a Neosaldina anunciou uma parceria com o jogador Endrick, do Palmeiras. O acordo prevê que o camisa 9 será embaixador da marca pelos próximos cinco anos. A parceria poderá render ao atacante um valor superior à R$ 12 milhões até o final da parceria.

No entanto, uma matéria produzida pelo site Máquina do Esporte apontou que o medicamento tem, em sua fórmula, isometepteno, substância considerada doping pela Agência Mundial Antidoping (Wada). A restrição está apontada na página 14 da última lista de substâncias proibidas da entidade, no item S6 B ao lado de outras substâncias, segundo a reportagem.

Posicionamento da marca

Em resposta ao questionamento feito sobre o assunto, a Neosaldina, junto com a Roc Nation – agência que gerencia a carreira do atleta – enviaram comunicado à reportagem de Meio & Mensagem pelo qual garantem que o contrato foi firmado de acordo com as regras das agências antidoping do Brasil. Além disso, a marca reforça que o objetivo não é mostrar o atleta ingerindo o remédio. Veja o comunicado abaixo:

“Endrick e Neosaldina seguem muito felizes com a parceria firmada para os próximos 5 anos. A campanha da marca enfatiza a personalidade e a forma alegre e ao mesmo tempo potente e responsável com que buscam atender seus objetivos.

Neosaldina e as agências que cuidam da carreira do atleta têm absoluta convicção de que essa parceria foi feita respeitando todas as regras das agências antidoping e desportivas no Brasil e no mundo.

Por último, é fundamental reforçar que Endrick e Neosaldina são firmes em defender o jogo limpo e o respeito às regras no campo e fora dele”.

Procurado pela reportagem para analisar o assunto, Ricardo Fort, fundador da Sport by Fort Consulting, consultoria voltada investidores, patrocinadores, detentores de direitos e atletas a construir as parcerias esportivas, acredita que essa situação pode não ser boa para a imagem da parceria.

“Não é bom para a imagem do jogador se associar a um produto que é de uso proibido para os atletas. Não é uma categoria que ele deveria ter priorizado nessa fase da carreira”, avaliou.

Já para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos de patrocínios, inclusive a de Endrick, a busca é por contratos de longa duração que contribuam com a imagem do jogador. “Há dois anos, nós temos executado um plano estratégico de posicionamento de imagem que possui as seguintes premissas: contratos de longo prazo, histórias verdadeiras e um número limitado de marcas. Nós buscamos troca de atributos. O nosso foco não é financeiro, buscamos a construção de imagem do Endrick”.

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