Setembro Amarelo lidera em volume de buscas
Pesquisa da Tunad revela que consistência e autenticidade podem mobilizar o consumidor e moldar sua percepção

Setembro Amarelo lidera volume de buscas entre causas relacionadas à saúde (Créditos: Reprodução/Agência Brasil)
Campanhas de conscientização em saúde são capazes de moldar o comportamento de busca do consumidor na internet. É o que revela uma pesquisa da Tunad, empresa especializada em engajamento de marca e inteligência de mídia.
O levantamento avaliou, durante três anos, o desempenho de três dos principais movimentos de saúde do calendário nacional: Setembro Amarelo (preveção ao suicídio), Outubro Rosa (prevenção ao câncer de mama) e Novembro Azul (combate ao câncer de próstata).
Entre eles, o Setembro Amarelo lidera em volume de buscas, refletindo a crescente atenção do consumidor a questões ligadas à saúde mental. A procura ganha força já a partir de agosto, atingindo picos de interesse em setembro.
O Outubro Rosa, por sua vez, apresenta um engajamento mais consistente ao longo do ano, com crescimento gradual no volume de buscas.
Já o Novembro Azul registra picos menores e menos consisentes em relação as demais datas, apresentando maior engajamento no mês voltado à causa. A pesquisa registrou forte oscilação no mercado publicitário: enquanto em 2022 foram apenas duas inserções relacionadas ao tema, em 2023 o número saltou para 434. No entanto, no ano passado foram registrados apenas 82 inserções, o que demonstra uma dificuldade de manter a consistência da pauta.
Segundo a pesquisa, campanhas contínuas, como as do Setembro Amarelo, tendem a gerar maior atenção, mobilização e mudança parte do público do que ações pontuais, como observado com as outras pautas.
Outro ponto destacado é que a consistência na comunicação desempenha papel decisivo para que a mensagem gere impacto real, seja em anúncios na televisão, rádio ou mídias digitais. A pesquisa alerta, no entanto, que altos índices de engajamento andam lado a lado com campanhas consistentes e autênticas.
David V. Bydlowski, CEO da agência Rosh, destaca o risco do chamado “cause washing”, quando marcas se apropriam de uma causa apenas por engajamento, sem compromisso genuíno. Para o executivo, a prática pode gerar graves danos à reputação de uma marca.